O
DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA
COMPLEMENTO PARA
TRADUÇÃO TOTAL DO ESTUDO
Blog
de complementação para a tradução total (final) do texto do endereço www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com
, que só foi possível até o parágrafo de número 108... Traduza para o idioma dos
108 parágrafos lidos no Blog anterior.
109
Também nesse processo e maneira de fazer
há três nichos de procedimento que são indevidamente usados, que são: o
tratamento psicológico, aí está o erro teológico; junto a problemas familiares,
também quanto ao uso de drogas; quando fazem literalmente procedimentos de
psicólogos e psicanalistas, e alguns até
o são; num claro exercício ilegal da profissão, se avaliado o que realmente se
pode fazer do ponto de vista evangélico. Que confesso serem esses como evangelistas,
ótimos psicólogos e psicanalistas, sem o ônus do perigo de erro profissional,
que é remetido para Deus no motivo da falta de fé do crédulo inocente útil. De
igual modo, os casos que deveriam ser tratados por psiquiatras; são remetidos
para ser tratado como possessão demoníaca, quando qualquer sintoma com essa
semelhança ─ entendendo que existem casos verdadeiros de
possessão ─, o racional, inteligente e
correto é e seria remeter primeiramente essa pessoa a um profissional da
psiquiatria, o qual, não sendo o caso da pessoa problema patológico irá
identificar isto, porque Deus não é Deus de confusão... Diferentemente, quando
de fato existe ação diabólica, sabemos que Jesus e seus apóstolos trataram isto
de maneira sumária, com um simples de Jesus, saia! Ou por parte dos apóstolos, saia
em nome de Jesus! Entretanto, as entrevistas e o mandar façam isto ou aquilo ─
numa analise inteligente de conivência ─, é perfeitamente conveniente àquele que é
pai da mentira, Satanás; porquanto a ele convém esse joguinho de projetar como
semideus o líder exorcista e ao mesmo tempo iludir os crédulos inocentes úteis...
E se você não sabe como tratar com Satanás, primeiro tome ciência do que foi
dito por Paulo em Romanos 16. 20 ─ E o
Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés... O
problema quanto ao estudo e interpretação do que se lê é muito sério ─
tanto que se identificou e se classificou desde a terceira década do
século passado (século XIX) o entendimento do chamado analfabetismo funcional ─; ou seja, muitos de nós temos lido vários
livros e outras obras escritas, e não as temos entendido. Quando isto acontece
com relação à Bíblia, a coisa se torna muito séria, porquanto envolve fé e
assertivas ou não quanto a procedimentos e a nossa relação com Deus; que no
caso de Satanás, essa fala de Paulo e o que se tem concluído sobre ela, num
determinado cântico, inclusive de melodia péssima, isto é até repugnante; e o
lamentável e perigoso é interpretar e entender que nós podemos pisar em Satanás,
quando o texto diz de forma objetiva: Deus esmagará, tempo futuro, que
ainda não aconteceu, passados quase dois mil anos, conforme Apocalipse 20.
7-15, do qual transcrevo somente o versículo 10
─ e o Diabo (Satanás), que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso
profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos...
Quanto ao adjetivo breve (com a idéia de curto tempo), isto foi
exatamente o desejo e expectativa de Paulo, aqui externada. Após a explicação
acima é fácil concluir não haver a mínima possibilidade de seres humanos
brincarem com Satanás, como parece fazer os exorcistas de plantão na Mídia,
conforme Zacarias 3. 2 Mas o anjo do
Senhor disse a Satanás: Que o Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor
que escolheu Jerusalém, te repreenda! Também na carta II Pedro 2.
11 ─
enquanto que os anjos, embora
maiores em força e poder, não pronunciaram contra eles juízo blasfemo diante
do Senhor. E na epístola de Judas 1. 9
Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a
respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição,
mas disse: O Senhor te repreenda. Esses três textos concluem de
maneira decisiva não ser correto e possível o teatrinho que se faz nessas ditas
igrejas de líderes exorcistas, cujo objetivo é validar o líder caça-níquel, com
a plena concordância do pai da mentira, Satanás.
110
Do exposto, se pode explicar com toda
racionalidade e de forma didática o quanto é perigoso e ao mesmo tempo
ridículo, quando, nós inocentes úteis, nos deixamos levar por essas coisas...
Se entendermos que só por Deus, o Pai e em nome do Senhor Jesus se poderá
contrapor a Satanás, então se faz necessário analisar o que de fato acontece ou
está acontecendo no momento que alguém num pretenso trabalho de libertação
(exorcismo); quando aquele liderzão se dirige ao dito possesso de demônio, lhe
cobrando entrevista, mandando que faça isso ou aquilo (até coisas degradantes
para o indivíduo) e depois, como que num passe de mágica, ele ordena que o
demônio vá embora. Você e eu, nós os crédulos inocentes úteis; fatalmente
ficaremos amedrontados e sem a mínima condição de dizer não a esse líder, ainda
que ele nos peça para lhe dar até a nossa roupa do corpo, coisa essa que está
acontecendo, quando pessoas retiram poupança, transferem propriedade de
veículos e de imóveis para dar às igrejas desses.
111
Se eu estou denunciando isto é pelo
elementar fato de que realmente está acontecendo e pessoas têm reclamado sobre
esse tipo de coisa; preciso também explicar como é possível que esses líderes
possam dar a entender que têm e tenham esse poder; se há centenas, senão
milhares de relatos, nos quais, parece que Satanás foi vencido. Isto acontece,
pelo fato de que quem não tem discernimento espiritual e até pouca inteligência
acaba sendo enredado por Satanás; que segundo Paulo, se transfigura em anjo luz
(II Coríntios 11.13-15) quando lhe interessa e é ardilosamente sagaz para
interagir em eventos cuja conclusão seja contrária ao que a Bíblia ensina
e conseqüente vontade de Deus. Não sei
se você esta se lembrando de eventos na TV, em algumas igrejas e em algumas
casas, nas quais, o líder ungidão (indevido esse status de unção, como vou explicar em trabalho posterior) brinca
com a pessoa possessa, inclusive numa ação ilegal e constrangedora para a
pessoa possessa; manda que o demônio faça isso ou aquilo buscando mostrar-se “o
poderoso servo de Deus” que faz quer do Diabo e seus demônios, também quando
mandam usar isso ou aquilo para que o demônio saia, inclusive, ungindo-o com
óleo. Expedientes estes que não têm nenhum poder sobre os demônios, entretanto,
na maioria dos casos que se conhece são os que aparentemente dão certo; porque
a maioria das pessoas acredita nisto e os espertos da fé sabem que Satanás
adora este tipo de cumplicidade. Porquanto o espertalhão fica importante como quem
manda no Diabo, e o Diabo fica com a implantação da nova heresia, que acontece
também no caso do dito servo de Deus inocente útil, aquele que crê naquilo que
viu e entendeu errado e não no ensinado pela Bíblia.
112
Caminhando um pouco mais neste ponto
específico, como você já deve ter visto em filmes e nos noticiários na Mídia.
Há muitos casos de lutadores que são subornados para perder a luta, ou seja,
recebem dinheiro daquele com quem vai lutar, para que perca e aquele seu
opositor seja vencedor... É algo mais ou menos parecido com isto que acontece
com essa espécie de show; nos quais, os exorcistas espertos de plantão que
sabem não ser Deus mesquinho, e de outro modo
plenamente misericordioso, que só pedirá contas do que fazemos de errado
no juízo final ; sabem da possibilidade
de fazer este tipo de teatro para conseguir fama e dinheiro, também agrada a
Satanás, fazer com esses uma espécie de cumplicidade (como comparei com o
suborno aos lutadores); em que, com total facilidade, zombaria e prepotência. Esses
ditos ungidãos mandam e desmandam (em cumplicidade) nos demônios que estão
perturbando alguma pessoa; entretanto, sendo isto muito comum acontecer
aqui e ali, deveria servir de alerta para querer saber o que está por traz de
tanta facilidade, porquanto, quando, de fato um verdadeiro servo de Deus
expulsa um demônio, sempre o demônio resiste por algum tempo. Justamente na
tentativa de desacreditar a pessoa séria que o está expulsando, diferentemente,
quando se trata de alguém que usa métodos não bíblicos, ensina heresias aos
fiéis e não é espiritual. Como que, numa espécie de passe de mágica, em
cumplicidade o Diabo e seus demônios agem de forma dócil e obediente para dar
credibilidade a este, pois lhe interessa o ter como aliado na divulgação de
heresias. Devemos ter todo o cuidado com estes pretensos grandes líderes que
zombam do Diabo (quando os anjos de Deus assim não fazem e ensinam não fazê-lo,
senão veja Zacarias 3. 1-2 e Judas 1. 8-13), derrubam pessoas com paletós, com
sopro e usam uma série de coisas que já enumerei, inclusive, óleo para unção. O
expulsar demônios é pura e simplesmente dizer: Saia em nome de Jesus! O que
passar disto deve ser encarado com todas as restrições e exame, segundo o
discernimento que Deus nos dá para tal.
113
Você que esta lendo este estudo,
considere tudo o que eu disse até agora, estude a Bíblia, seja mais contestador
como os crentes de Beréia (Atos 17. 11), não permitindo que lhe enfiem por
goela abaixo toda e qualquer heresia, e comece a lembrar, não para temer o
poder de Satanás e dos demônios, porquanto eles estarão sempre subordinados ao
poder maior de Deus como estão todos os anjos e nós que somos humanos. Ninguém se deixe levar por informações erradas
de pregoeiros da feitiçaria e até de religiões que se dizem evangélicas;
entretanto difundem todas essas coisas sem base bíblica, e se dizem preparados para
lutar contra elas, sendo esta causa de Satanás cada vez mais dispor de meios
para agir dentro desse mar de heresias.
114
A partir daí (nos casos de cura); eu ou
você, inocentes úteis, que estamos ouvindo e/ou vendo este show-man da fé;
usamos a fé que o Espírito Santo de Deus nos deu, e é por este motivo que a
cura acontece, senão veja-se o que Jesus disse sobre isto: A TUA FÉ TE SALVOU!
Do que podemos listar alguns casos que mostram isto no Novo Testamento: A cura da mulher que tinha fluxo de sangue: Mateus 9. 22,
Marcos 5. 34, Lucas 8. 48. O cego de Jericó: Marcos 10. 52, Lucas 18. 42. A
mulher Cananéia: Mateus 15. 28, Marcos 7. 29.
O cego de Betesda: Marcos 22-26, nos quais relatos é claro por parte de
Jesus a construção da conseqüência psicossomática naquele homem cego.
115
Aproveito
aqui, para com todo respeito, reconhecimento e apreço agradecer de todo meu
coração, como ser humano e cidadão, aos chamados Doutores do riso pelo brilhante e importante trabalho, feito aqui e
ali na visão de solidariedade humana; quando agregam a essa nobre coisa o
conhecimento científico, no uso do que chamo, me permitam: Terapia psicossomática concomitante do riso; trabalho esse que tem
se mostrado reconhecidamente eficaz do ponto de vista médico, e maravilhoso na
sua conseqüência lúdica, que gera felicidade e vontade de viver nos pacientes,
inclusive, evolução eficaz no tratamento, e quiçá, a cura... No que, esses
homens e mulheres ─ seres humanos como cada um nós ─, dedicam tempo de suas vidas e habilidades
cognitivas a gerar esta coisa, digo novamente, maravilhosa, que já se constitui
em patrimônio doado por todos eles (as) a nós seres humanos.
116
Dando seguimento ao que parei para a
justa menção e agradecimento aos Doutores
do Riso. Lamentavelmente o que acontece é que eu e você e muitas outras
pessoas endeusamos esses que usurpam a glória de Deus, nos tornando seus fiéis
contribuintes, inclusive, financiando a construção de templos da religião que
estes são uma espécie de Papas ─ coisa essa que dizemos repudiar com relação à
Igreja Católica... Ainda, há milagres que valeria a pena serem investigados e
alguns testemunhos também; e com relação a isto bom seria que você que está
lendo este estudo procurasse nas locadoras ou na internet o filme que aborda de
maneira satírica este assunto; estrelado pelo grande ator de comédias, Stive
Martin, o filme, Leap of Faith (título
original e inglês), similar (copiado) ao livro de James Randi, The Faith Herlers, cujo título em
português (do filme) é: FÉ DEMAIS NÃO
CHEIRA BEM, que satiriza essa prática abjeta muito usada nos Estados Unidos
que veio para o Brasil com força total... E quanto ao orar pela cura ou solução
de algum problema, melhor é seguir o conselho do Senhor Jesus; pelo simples
fato de não ser necessário ─ não estou dizendo que alguém sério não possa
orar por outra pessoa. Porquanto, sendo repetitivo, eu, você ou outra pessoa
podemos orar por nós mesmos ou por outrem; no entanto, tenho a preocupação de
lhe informar não haver, de maneira nenhuma, a necessária dependência do dito
iluminado servo de Deus, arrecadador de dízimos e ofertas, e sim,
preferencialmente, como Jesus ensinou, conforme Mateus 6. 5-6 E, quando orardes não sejais como os
hipócritas que gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para
serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua
recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta,
ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que te vê em secreto, te
recompensará.
117
Com relação a verdadeiros milagres e
curas feitas pela ação de alguém e não pela fé daquele que recebeu a ação de
cura, como são os ditos milagres que estão acontecendo: o da fé da pessoa que o
recebeu (a tua fé te salvou) que na maioria das vezes, é pura e exatamente cura
psicossomática (ação mental sobre o corpo). As de fato curas milagrosas, que
têm componentes e características que estão além do que é tecnicamente
possível, os anticristos não fazem ─ não estranhe eu chamar os líderes donos de
religiões de anticristos, e quanto a isto leia o Blog, endereço: www.igrejamilmembros.blogspot.com ─, porquanto
essa prerrogativa de curas e milagres é muito difícil, e só aconteceu
basicamente no início da Igreja. Que foram curas como a ressurreição de Lázaro
─ ressucitação seria o termo correto,
porquanto Lázaro morreu posteriormente e aguarda como todos nós a definitiva
ressurreição... Vou listar quatro curas (milagres) com essa característica, as
quais aconteceram por ação do próprio Jesus, e atentem para o fato, que quando
de forma diferente, os realmente milagres nunca acontecerão por mérito de quem
quer que seja, senão em nome do Senhor Jesus. As três citações são: A Ressurreição de
Lázaro (já citada acima), conforme João 11. 1-44. A ressurreição do filho da
viúva de Naim, Lucas 7. 11-17. A cura do homem que tinha a mão mirrada
(atrofiada), Mateus 12. 9-13, Marcos 3. 1-5 e Lucas 6. 6-11. O paralítico do
tanque de Betesda João 5. 1-16... Essas ações milagrosas por parte do
Senhor Jesus aqui identificadas foram plenamente de milagre, como as chamou o
grande cientista Sir. Isaac Newton (1643 ─ 1727) quanto à física, matemática,
astronomia e as ciências no geral e até lhe devemos respeito quanto à Teologia,
que disse ser milagre aquilo que quebra as leis da Natureza, ou seja,
não poderiam acontecer por efeito psicossomático para serem usadas por espertos
de plantão.
118
Precisamos, todos
nós, da maturidade de fé, grande conhecimento e sensibilidade dos expedientes
humanos existentes aqui e ali para nos enredar como inocentes úteis; inclusive,
quando argumentam que devemos simplesmente crer na obrigatoriedade dos
pagamentos dos dízimos, sistemáticas ofertas e as ofertas votivas parceladas
(as campanhas e correntes) ─ que insistem deva ser entendido como entrega no
pressuposto de ser devido ─; na tranqüila irresponsabilidade nossa de não
nos cabe questionar o uso ou apropriação desses recursos por nós pagos. Quando,
diferentemente, o judaísmo entende que depois da destruição do templo, e
Jerusalém ter sido arrasada no ano setenta, tendo com isto, feito findar o
ministério levítico, o que restou do dízimo foi o princípio de ajuda aos pobres,
muito bem praticado pelo Judaísmo no Maasser
Ani (os 10% para caridade), que é de
responsabilidade do indivíduo, inclusive, no acompanhar o sério uso dos
recursos doados. Assim age hoje o Judaísmo, de quem é oriunda a prática do
dízimo; e o Islamismo pratica o seu Zacat
(2,5% para caridade) que tem a mesma raiz do dízimo do Judaísmo; ambos entendem
que o dízimo ser devido aos levitas e ao templo é passado desde o ano 70; e o
mantêm tão-somente com princípio de ajuda aos pobres, na qual, aquele que
entrega ─ não à sinagoga ou a mesquita e
sim diretamente à pessoa necessitada ou à instituição beneficente, buscando
responsavelmente investigar o correto uso desses recursos; coisa essa,
obrigação sine qua non daquele que fez
e faz a oferta. Têm-se também neste rol as Testemunhas de Jeová que não cobram
dízimos dos fiéis para nenhum objetivo.
119
No caso dos cristãos, mais
especificamente os ditos evangélicos, que praticam com plenitude voraz o cobrar
dízimos. Não há absolutamente legitimação para essa pratica no Novo Testamento,
sendo ela ilegal do ponto de vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início
da era cristã até o sexto século não entregava dízimos; e no caso da Igreja
Católica Romana ─ que começou de fato no seu primeiro Papa Leão
I (440-461) ─; posteriormente (final do VI
século) iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa
Idade Média ─ teria a seu favor a estrutura de
Estado-religião semelhante ao Judaísmo na era da lei; porquanto, como já
comentei o Vaticano é um Estado político
─, entretanto o Catolicismo não age hoje com a
voracidade dos ramos ditos evangélicos na busca desses indevidos
recursos financeiros, embora busque
recebê-los... Do que se conclui não ter havido de forma alguma cobrança
de dízimos por parte das igrejas apostólicas... Para efeito de informação,
Idade Média começou no ano 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e terminou
em 1453 (queda do Império Romano do Oriente). O período que compreende ou marca
o final da Alta e início da Baixa Idade Média, entendo como parâmetro as oito
Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu conjunto três sérios eventos: a
ascensão política do Islamismo, o Cisma Católico em 1079 e o início da falência
do sistema feudal.
120
Quando digo que não há no Novo
Testamento legitimação para cobrança de dízimos; isto, esta afirmação, decorre
ou está baseada em não haver em nenhum relato, quer dos evangelhos, o livro de
Atos dos apóstolos (que é uma espécie de rastreamento histórico das igrejas),
nas epístolas de Pedro, Tiago, Judas. Paulo, no caso da epístola aos hebreus
(que entendo ser dele escrevendo de forma anônima), como escritor, de forma
objetiva discorre sobre o sacerdócio judaico, a findada função sacerdotal dos
levitas e o conseqüente fim do dízimo
─ por isto não fora praticado
pelas igrejas do período do Novo Testamento.
121
O escritor aos hebreus do que escreveu
dedicou ─ daquilo que foi posteriormente identificado como capítulo, isto em
toda Bíblia. A divisão em capítulos, por Hugo de Sancto-Caro em 1250, e em
versículos por Robert Stevens em 1445 (A. T.) e em 1551 (N. T), do capítulo
cinco ao capítulo nove, quando minuciosamente estudou à luz do Antigo
Testamento: O ministério exercido pelos levitas, o sacerdócio judaico, o seu
final no ministério do Senhor Jesus e o total final do antigo pacto (lei), no
qual estava também o dízimo, que nunca existiu como prática cristã e não mais
existe para nenhuma igreja que se diga cristã e com seriedade pratique os
ensinamentos de Jesus e dos seus apóstolos.
O
DÍZIMO E O NOVO TESTAMENTO
122
No Novo Testamento há a inserção da
palavra dízimo dez (10) vezes, e a partir disto os arrecadadores de plantão
buscam legitimar esta forma de arrecadação indevida... Vejamos agora com
carinho e realidade o que de fato a Bíblia (o Novo Testamento) ensina e
registrou na sua parte histórica a sua prática ou não pelos primeiros cristãos,
como consta nos relatos do evangelho de Mateus e no evangelho de Lucas.
123
Estando eu falando agora
especificamente dos evangelhos, e de um modo mais ainda específico dos chamados
sinópticos; é bom também falar de particularidades que envolvem o estudo desses
escritos para se ter maiores informações sobre como a Bíblia foi escrita, como
é entendida por essa ou aquela corrente teológica e o quanto é necessário
sabermos essas coisas para que se cumpra em nós o que disse Jesus: E conhecereis a verdade e a verdade vos (também,
nos) libertará.
124
O conteúdo dos três evangelhos
sinópticos (vistos pelo mesmo ângulo) é exatamente a narrativa da história
embrionária Igreja nascente, que passou a existir de fato pós o evento relatado
em Atos capítulo 2 (já disse isto); pela instrumentalidade dos apóstolos, que a
partir daquele momento tiveram a plena ação do Espírito Santo capacitando-os
para aquele importante e árduo trabalho, conforme os relatos desse mesmo livro
dos Atos dos apóstolos. Que tendo sido escritos no período da Igreja já
existente; alguns relatos foram influenciados por fatos posteriores, como
comentarei de maneira objetiva em livro sobre Escatologia a ser editado...
Aguardo de quem queira fazê-lo ─ veja
partes dele no Blog, endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com .
125
No prefácio do evangelho de Lucas,
precisamente no primeiro versículo, ele nos dá a idéia da feitura do seu evangelho
ser concomitante a outros relatos, e não cópia de algo existente... No segundo
versículo, ele fala da sua preocupação em ter como fonte de informação, pessoas
que foram testemunhas oculares dos fatos; que a priori afasta a possibilidade de cópia, pois Marcos não foi
testemunha ocular. Também por que o Evangelho de Lucas, e de igual modo o de
Mateus, começam as suas narrativas efetivamente desde o princípio da era
cristã: Mateus, com nascimento de Jesus, e Lucas, com nascimento de João
Batista; também não teria nenhum sentido, que Mateus sendo testemunha ocular de
todos os fatos, pois fora um dos discípulos, fosse recorrer a João Marcos que
foi informado por outro, possivelmente Pedro; também há a impossibilidade de
Lucas ter copiado a Marcos, pois isto o tornaria verdadeiro e mentiroso ao mesmo
tempo, porquanto Lucas diz que a sua base de informação foi a de pessoas que
testemunharam os acontecimentos, do versículo dois e a parte “a” do versículo
três, no qual ele diz ter feito isto de maneira cuidadosa, que contrasta com o
Evangelho de Marcos, que é resumido em relação aos outros; todavia, se o
absurdo copiar é verdade!? O prefácio do evangelista Dr. Lucas é mentiroso,
pois ele não informa que copiou e diferentemente diz que a sua fonte foi a de
testemunhas oculares; nas quais decididamente não poderia estar João Marcos,
que não viu os acontecimentos.
126
Junte a essas ponderações
anteriores, mais esses dados: Dos eventos, parábolas, ou efetivos registros nos
três sinópticos, que nas nossas Bíblias recebem subtítulos do editor. Tem-se no
de Lucas, que não foi testemunha ocular, entretanto fez um trabalho sério de
pesquisa, conforme seu prefácio. Identificando 124 subtítulos ou assuntos... No
de Mateus, que foi testemunha ocular, lemos 117 assuntos, e para Marcos, que
não foi testemunha ocular como Lucas, tem-se 77 subtítulos ou assuntos.
127
Nos 124 subtítulos de Lucas, nos 117 de
Mateus e nos 77 de Marcos; encontramos nesses três sinópticos, dentre esses
assuntos; 53 deles são comuns aos três Evangelhos. Numa comparação entre Lucas
e Mateus vemos que eles registraram 64 assuntos presentes nos relatos de um e
do outro. A comparação entre Lucas e Marcos está contemplada na comparação
entre os três, quando identifiquei 53 registros que aparecem nos três. Agora
comparando Mateus e Marcos, tem-se 13 assuntos, que são comuns aos dois, e que
Lucas não registrou.
128
Nos 53 assuntos comuns aos registros
dos três, tem-se o da parábola do semeador, que está em Mateus 13. 10-17,
Marcos 4. 10-12 e Lucas 8. 9-10, na
qual, o Senhor Jesus explica o significado dessa parábola e ressalta o valor, a
pertinência e o efetivo objetivo delas (as parábolas)... Mateus entendeu essa
ponderação do Senhor Jesus, pois registrou 14 parábolas no seu Evangelho...
Lucas levou a “sério mesmo” essa ponderação, pois no seu evangelho, tem-se o
registro de 24 parábolas no total, sendo 21 tituladas, e mais três outras sem
estar titulada pelo editor das Bíblias: Lucas 6. 39-44, Lucas 7. 40-43, Lucas
14. 31-33; já no Evangelho de Marcos, tem-se o registro de somente 5
parábolas... Creio que todas essas ponderações e as anteriores inviabilizam o
especular na direção daquilo que denominaram Proto-Marcos (o primeiro que serviu de base para os outros), algo
nada racional como foi visto até agora.
129
Vale a pena ainda analisar e ponderar
numa visão da possível construção paulatina dos escritos sinópticos... Quando
João Marcos, que possivelmente foi informado dos fatos por Pedro, como o
ponderado acima por mim também considerando a dificuldade de escrever
certo volume a partir de uma única fonte que não possa a todo tempo estar
disponível para informar, é fácil concluir, pelo menos duas condicionantes
importantes: Pedro foi informando a Marcos aos poucos, à medida que lhe era
possível com ele estar também,
certamente Marcos, por Pedro lhe ser muito próximo e uma importante liderança,
acabou tornando-se a sua principal fonte de informação ─; daí pode-se
perfeitamente entender a pequena extensão do evangelho de Marcos.
130
Mateus, tendo sido testemunha ocular
dos fatos, lhe foi possível ir paulatina e ordenadamente construindo um
evangelho extenso, se comparado com o de Marcos, o qual é mais detalhado e
resgata (mostra) o perfil judaizante do
seu autor... Que não foi maior ainda, talvez por ter Mateus somente levado em
conta o que a sua memória lhe permitiu reproduzir no
que, uma evidência para isso seria o fato de que embora Lucas não tenha sido
testemunha ocular dos fatos ─, conseguiu
escrever nos 24 capítulos do seu relato, mais do que Mateus, pois se tem na reprodução
do seu evangelho 1.151 versículos (para 124 assuntos), contra os 1.067
versículos dos 28 capítulos do Mateus (para 117 assuntos), também em função da
maior habilidade dialética da escrita de Lucas.
131
Lucas, como mostrado anteriormente da
maneira relatada no prefácio do seu evangelho, conforme Lucas 1. 1-4 ─;
informou que a feitura desse seu escrito, teve o pressuposto de primeiramente
informar-se quanto aos fatos e as suas ordenações cronológicas; o que infere
que ele inicialmente reuniu as informações conseguidas aqui e ali
buscando juntamente identificar, se as testemunhas foram oculares ou não
e se verídica as suas informações (Lucas 1. 3)
─; posteriormente, já com as informações em seu poder, construiu, com
ordenação cronológica a narrativa dos fatos que lhe foram relatados por várias
fontes oculares, 124 assuntos, contra 117 de Mateus e 77 de João Marcos... Se
você está também cuidadosamente avaliando essa minha segunda construção exegética
plenamente alicerçada na hermenêutica, certamente constatará que é sem a menor
procedência a idéia de Lucas ter copiado a Marcos... Verá de igual modo, que
tendo Lucas construído a sua versão a partir de informações de muitas pessoas;
isso lhe permitiu uma construção mais isenta, até de si mesmo e melhor
explicada, facilitando isso a sua interpretação, como podemos constatar nas
três versões da chamada A grande
tribulação (titulação indevida), que misturam juízo final com a destruição
de Jerusalém, grafadas em Mateus 24. 15-28, Marcos 13. 14-23 e Lucas 21. 20-24,
que no texto do Evangelho de Lucas é claro se tratar da destruição de Jerusalém
no ano 70. Isso mostra o pouco que entendemos sobre muitas coisas com relação à
Bíblia, e não só não entender; mas também, o sermos mal informados, e o pior e
lamentável, é que essa má informação tem se tornado senso comum e usado para
nos alienar, não para sermos conduzidos biblicamente como ovelhas (metáfora
bíblica) e sim como “gado marcado” da
crítica poética da canção do nosso Zé Ramalho.
132
Vou aproveitar essa questão Proto-Marcos ─ o entender que Mateus e Lucas copiaram a
Marcos ─, para colocar dentro desse
trabalho, a sinalização de um futuro estudo sobre o chamado discipulado, que tem vínculo direto com
a insinuada relação de dependência entre os sinópticos... Rudolf Bultmann, na sua Teologia do Novo Testamento, que poderia
ser chamada de Evolução Cultural, Sociológica
e Religiosa do Judaísmo ou ainda o Judaísmo e a sua Helenização Cristã;
caminha na direção do Proto-Marcos, e
quando vai desenvolvendo citações do Evangelho de Marcos e identifica textos
iguais nos outros dois sinópticos ele as denomina de paralelas. É inconseqüente
estranhar isto, pois o ideal e perfeitamente normal seria todas as falas de
Jesus estarem grafadas nos sinópticos exatamente iguais (por serem o mesmo
fato), no entanto cada evangelista registrou as falas na sua própria forma de
reproduzir fatos... Tem-se também nesse volumoso trabalho uma acintosa presença
de textos grafados em grego, num volume excessivo e sem a devida pertinência
quanto ao elucidar problemas de etimologia e muito menos gramatical junto à
tradução, no qual, aparecem também textos em hebraico sem a mesma pertinência...
Maiores informações sobre a improcedência do chamado Proto-Marcos será feito em estudo futuro.
133
Quem estuda com seriedade a Bíblia num
todo, encontra desconexões cronológicas em muitas narrativas, entretanto, não
creio que isto afete a legitimidade da informação. No entanto, vale à pena e é
até necessário que se comente que não há como estabelecer o momento de
determinada fala do Senhor Jesus em relação a outros eventos, como a
intitulada: Jesus censura os fariseus e
os escribas, registrada em Lucas 11. 37-54, isto com registro anterior ao
da Entrada triunfal em Jerusalém
─ como parâmetro cronológico para
identificar a seqüência de relato dos evangelistas, sem usar datas ─; no relato de Lucas do capítulo 19, quando
a mesma fala foi registrada em Mateus 23. 1-39, informada por Mateus após o
registro da Entrada triunfal em Jerusalém...
Sendo que, a informação colocada aqui por mim tem o objetivo de também chamar
sua atenção para a maneira simplista e mal-intencionada como esses líderes lhe
explicam coisas relativas à Bíblia; quando não há, absolutamente, o interesse
de lhe ensinar com segurança o que realmente o texto sagrado ensina; não lhe
motivando a estudá-lo, e sim, pura e simplesmente querem aliená-lo como crédulo
tributário.
134
A primeira menção, que tem dois textos
para a mesma fala de Jesus, conforme Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54, das
quais cito o versículo 42 ─ Mas ai
de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e da hortaliça,
e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem
deixar aquelas. O total desse texto contempla seis ais, entre elas o
dízimo, para um conjunto de treze severas repreensões, como se poderá constatar
na leitura de ambos os textos.
135
Para esta mesma fala de Jesus do texto
acima do evangelho de Lucas, a registrada por Mateus 23. 1-39 (o outro relato),
que cito o versículo 23 ─ Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do
endro, e do cuminho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a
saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer,
sem omitir aquelas. No total desse texto há oito ais, num conjunto de
trinta severas repreensões ─ afinal, este texto é da mesma fala de Jesus
registrada em Lucas 11. 37-54 ─, e no seu
todo de trinta repreensões; nos oito ais está à parte relativa ao dízimo, a
transcrita acima, que nos dois casos não é o mais importante.
136
A segunda legitimação buscada para o
dízimo no Novo Testamento é parte de uma censura indireta (por meio de uma
parábola) Lucas 18. 9-14, A parábola do fariseu e do publicano, do
qual, transcrevo o versículo 12 ─ Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de
tudo quanto ganho... Quando
disse censura indireta; isto se prendeu ao fato de Jesus ter usado uma parábola,
aqui nesta espécie de alerta; para chamar a atenção para a falta de humildade,
que no caso fariseu, a sua maneira de ser como indivíduo reunia práticas, as
quais, a juízo deles (a maioria) os credenciavam como melhores que outras
pessoas em tudo o que faziam; que a de dar o dízimo era muito importante,
inclusive, dar o dízimo e ser circuncidado era aquilo que mais movia a
jactância exacerbada de vários fariseus.
137
O que se conclui dos textos até agora
analisados ─ os quais são os que aqueles interessados nos
dízimos dos fiéis usam na busca de legitimá-lo como devido às igrejas ─, é que de maneira clara, de fato, essas
falas do Senhor Jesus não tiveram de forma alguma, como motivo dar a estender a
sua legitimação cristã ou transferir o dízimo da era da lei para a era da
graça...
138
Primeiro, pelo fato da citação do
dízimo nessas duas falas teve exatamente o motivo e objetivo de ensinar que não
se deveria fazer nada do que os fariseus apregoavam como bom e correto e/ou, em
algumas questões, as julgasse pelo procedimento deles, e quanto ao dízimo, o
não condená-lo estava exatamente em função do ensinado e comentado nessas falas
ter como universo o judaísmo e não a igreja (Jesus referiu-se a lideranças do
Judaísmo), que só passou a existir após o evento narrado em Atos capítulo 2, o
início do ministério do Espírito Santo... Também, se você observar (ler,
estudar) os três textos das duas falas de Jesus, verá que na primeira (Lucas
11. 37-54) há seis ais (repreensões mais graves) ─
advertência quanto à punição ─, em
treze graves repreensões e na segunda (Mateus 23. 1-39) as repreensões são
trinta, dentro das quais há oito ais, como o comentado anteriormente por mim.
139
Segunda, a questão de dar ênfase às
coisas visíveis foi sempre presente na visão religiosa dos fariseus e demais
líderes do Judaísmo: identificada de maneira contundente nos dois textos,
chamado pelo tradutor de: Jesus censura
os fariseus e os escribas (sendo eu repetitivo), com duas inserções para a
mesma fala de Jesus (Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54), tendo esses dois
textos 30 severas críticas do Senhor Jesus quanto a essa deformação de caráter
de mostrar-se importante por meio de ações visíveis... De igual modo, a fala de
Jesus, produzida por meio de uma parábola: A
parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18. 9-14) teve por objetivo
mostrar a importância da humildade e ao mesmo tempo censurar de maneira severa
a presunção e jactância que muitas das vezes tem-se enrustida ou flagrante,
atrás de uma pretensa santidade, como era a daquele fariseu da parábola.
140
Se você que está lendo esse estudo tem
realmente interesse em entender plenamente essa e outras questões bíblicas;
teve a devida preocupação de ler detidamente os três textos que aparecem a
palavra dízimo: o da parábola A parábola
do fariseu e do publicano, tem, como as duas da censura, um elenco de
procedimentos visíveis dos quais os fariseus se vangloriavam de praticar,
conforme já comentei... Nas duas censuras, que correspondem à mesma fala de
Jesus, no registro de cada um dos evangelistas: Mateus e Lucas, que têm na sua
soma total (considerando os dois, os de Lucas estão dentro do de Mateus) de
trinta repreensões, nas quais aparecem oito ais ─ estou sendo repetitivo
intencionalmente ─, nos quais, fica também evidente que no texto, nem para o Judaísmo
Jesus estava legitimando a prática do dízimo. Senão considerem outras
evidencias da preocupação dos fariseus com aquilo que era visível e palpável...
141
No episódio da cura do Paralítico de Cafarnaum têm-se mais uma
evidência dessa visão do satisfazer-se ou ter como referencia tão-somente coisas
visíveis por parte dos fariseus, conforme Mateus 9. 26, Marcos 2. 5-11 e Lucas
5. 20-24
─ E vendo-lhes a fé, disse ele: Homem,
são-te perdoados os teus pecados. Então
os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que
profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Jesus, porém
percebendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Por que arrazoais nos
vossos corações? Qual é mais fácil? Dizer: são-te perdoados teus pecados; ou
dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem
sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te
digo: Levanta-te toma o teu leito e vai para tua casa. Na realidade qualquer
um de nós, também, possivelmente faria conjetura semelhante, entretanto, no
caso dos escribas e fariseus havia essa exacerbada valorização do que é visível
e palpável; e no caso da fé daqueles que introduziram o paralítico pelo telhado,
a fé deles não teve a ver com o perdão e a cura daquele homem, conforme
ponderei em outros casos identificando-os como fruto de efeito psicossomático.
142
Ainda, com relação a gostar de coisas
visíveis e que poderia gerar prestígio, como se achar o importante servo de
Deus por entregar o dízimo, que é parte do elenco das trinta repreensões
contidas nos dois textos: o de Mateus 22. 1-39 e Lucas 11. 37-54; há outra
dessas coisas censuráveis, por exemplo, na série de assuntos do sermão do
monte, quando Jesus falou sobre a forma correta de jejuar ─ que
foi um dos itens da jactância do fariseu na parábola sobre ele e o publicano.
Como todo o conjunto de falas do sermão do monte, foi proferido como
ensinamento para uma multidão, e não de forma específica como a fala de censura
diretamente aos fariseus; daí, o ensinamento sobre o jejum está no ensinar o
procedimento correto àqueles ali reunidos e a menção de quem jejua de maneira
errada foi identificado como hipócritas (como Jesus chamava os fariseus),
conforme Mateus 6. 16-18 ─ Quando jejuares, não vos mostreis
entristecidos como os hipócritas, porque eles desfiguram seus rostos, para que
os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua
recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
para não mostrar aos homens que estas jejuando, mas teu Pai, que está em
secreto, te recompensará... Creio ter ficado objetivamente claro que a
inserção do dízimo nos textos chamados de Jesus
censura os escribas e fariseus, com o número de trinta repreensões, e no
meio delas a inserção do dízimo, não teve a função de legitimá-lo.
143
Nesta parte final de estudo sobre os
três textos dos evangelhos; agora objetivando não haver ─ como já informado
anteriormente ─, registros no livro de
Atos dos apóstolos e nas epístolas da prática do dízimo; pelo contrário o
registro de coletas de ofertas com fins de ajuda a irmãos pobres, que
justamente essas coletas identificavam não haver a prática do dízimo (como vou
explicar com detalhes); e a veemente contraposição do escritor aos hebreus
sobre esse assunto dízimo. Sendo que isto se apóia numa anterior informação de
Jesus, já descredenciando qualquer prática do período da lei continuar com
vigência na era da graça, quando disse, conforme Mateus 11. 13 e Lucas 16.
16 ─
As leis e os profetas vigoraram
até João, desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem
forceja por entrar nele.
144
Até agora somente trabalhei três textos
do Novo Testamento, nos quais aparece a palavra dízimo, quando busquei explicar
a finalidade objetiva daqueles textos na relação com a era da graça; quando no
detalhamento fiz algumas outras considerações buscando dar ao estudo maior
abrangência. E ainda vou caminhar um pouco mais, justamente pelo fato de; às
vezes, por ignorância e muitas outras pelo puro e simples interesse de
beneficiar-se de interpretações erradas daquilo que é bíblico; como no caso dos
líderes religiosos daquela época, quando na sua vangloria de dar o dízimo
estariam advogando em causa própria, porquanto, os sacerdotes e os escribas
eram levitas (descendentes de Levi), também os saduceus (zadoquitas),
descendentes do sacerdote Zodaque (Ezequiel 40. 46) eram, de igual modo,
levitas; restando agora identificar os fariseus, que também tinham nos seus
quadros descendentes dos levitas e/ou de outras tribos...
145
Os fariseus eram
uma facção séria de conhecedores da lei e tradições do povo judeu... Fariseu
significa: separatista, aqueles que buscavam seguir seriamente (bom se fosse
verdade) as leis de Deus, tanto que, Deus quando precisou de alguém para
ensinar objetivamente sobre o novo pacto. O Evangelho de Cristo; chamou
exatamente um fariseu, Saulo da cidade de Tarso, o nosso Paulo, conforme Gálatas
1. 1, 15-116 e Filipenses 3. 4-6... A hermenêutica (do grego, interpretar) é
coisa de muita importante; quem não considerá-la terá tremenda dificuldade em
entender corretamente tudo o que se escreve, desde literatura, leis (Direito)
até o texto bíblico (Teologia); como explico no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA
DA OBRA DOM CASMURRO, endereço ─ www.verdadedomcasmurro.blospot.com ...
Considerando o que é bíblico e a hermenêutica; o que se tem com relação à
posição defensiva e de vangloria dos saduceus, sacerdotes, escribas e
fariseus ─ os três primeiros, todos descendestes de Levi
─, e no caso dos fariseus, nem todos,
porquanto, Paulo, fariseu por excelência era da tribo de Benjamim, conforme
Filipenses 3. 5 ─ circuncidado
ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de
hebreus, quanto à lei fui fariseu, como possivelmente outros de outras
tribos, inclusive de Levi.
146
A avaliação hermenêutica da motivação
de defesa e vangloria dos líderes quanto ao dízimo remete exatamente para
interesse próprio, no que, o pagar dízimo, decorreria de primeiramente
recebê-lo como levita, conforme Levítico 23. 18-26 (transcrito no parágrafo de
número 21), dízimo dos dízimos, ou seja, para um levita pagar o dízimo,
necessário se fazia recebê-lo antes como levita, ou ainda, no entender deles era
preciso fazer propaganda da fonte de renda em causa própria, com toda certeza
assim fizeram; daí, a reprovação do Senhor Jesus registrada por Mateus e Lucas
nos textos transcritos nos parágrafos desse estudo, números: 134, 135 e 136... Do
exposto, não se reocupe com o tamanho que este estudo possa atingir em função
das ainda sete inserções da palavra dízimo, que estão dentro de pormenorizado
estudo do escritor aos hebreus: do capítulo sete ao de número dez, porquanto o
estudo já caminha para a conclusão. Daí, em atenção à promessa feita por mim
(comentada no início), anteriormente de maneira objetiva no Blog sobre
cânticos, endereço ─ www.canticosdelouvoreadoracao.blogspot.com , do qual,
transcrevo parte sobre o ministério levítico, para marcar a conclusão deste
estudo e a sinalização e evidência da promessa feita anteriormente sendo
cumprida... Início da transcrição:
147
Começarei
a fechar esse pequeno comentário com um lembrete que julgo muito importante e
oportuno; que é dizer serem levitas (como a maioria indevidamente quer
entender) no sentido figurado do Antigo Testamento; não somente aqueles (homens
e mulheres) grandes instrumentistas, grandes cantores (gogós de ouro) e grandes
compositores, mas, de igual modo o pastor, mesmo não sendo instrumentista ou
cantor e também todos os que prestam serviços no templo. Outro lembrete
importantíssimo ─ sendo os brilhantes instrumentistas, as vozes maravilhosas e
importantes, e os grandes compositores (considerando que esses dons foram dados
por Deus) se lembre de que aquele ou aquela, que vocês não têm dado muito
valor; seriam também como vocês, ditos levitas (nessa comparação do que já é
passada e não existe mais); porquanto pode acontecer que Deus atente mais para
este ou aquele levita que faz a limpeza do templo com todo amor, carinho e
respeito a Ele, o Pai e ao seu Filho o Senhor Jesus, do que para qualquer outro
dito levita seja: pastorzão, cantorzão, instrumentistazão, professorzão,
compositorzão ou qualquer outro “zão”. Ainda, considerando o meu aparente
aceitar da continuação do chamado ministérios levítico ─ o fiz tão-somente como
elemento didático de comparação ─,
entenda, e isto é plenamente bíblico: o não existir desde o início da Igreja de
Cristo, esse dito ministério levítico (que vou explicar com todos os detalhes
num trabalho futuro sobre dízimos). Não há nenhum levita no sentido da função
na era da graça (leia-se na Igreja), inclusive, não é citada nem dada nenhuma
ênfase à tribo de Levi no Novo Testamento, ou pior, o escritor aos hebreus diz
de maneira pormenorizada que esse ministério era passado. Que não aparece em
nenhuma das igrejas do Novo Testamento e é explicado pelo escritor aos hebreus
(reiterando, Hebreus capítulo 7) não mais existir todas essas coisas (inclusive
ditas promessas específicas dos judeus) pós o início do ministério do Senhor
Jesus, traz do Antigo Testamento somente os princípios morais e espirituais,
como o Senhor Jesus e os apóstolos informam de maneira clara no Novo
Testamento. Tem muitos espertalhões ávidos de projeção pessoal e ganhar
dinheiro com o Evangelho, que aí estão se intitulando muitas coisas e
prometendo muitas outras na conta de Deus e de forma concomitante se
apresentando com tesoureiros de Deus para receber o dinheiro que Ele não os
mandou pedir, como Jesus diz em Mateus 10.8
─ Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai
os demônios; de graça recebestes, de graça daí. Fim da transcrição.
148
Não existe hoje no cristianismo nenhum
cantor ou cantora levita ─ gospel, ou seja: o que se queira rotular, que
seja até levita; contudo, até pode ser
─, na premissa deste ou aquela, sendo judeus, e serem também
descendentes da tribo de Levi, entretanto, de maneira nenhuma levitas no
sentido Teológico-cristão... O serão tão-somente do ponto de vista histórico e
genealógico ─ se forem judeus da tribo de Levi. Senão,
pergunte sobre isto ao escritor aos hebreus, como também sobre o dízimo.
149
Dos dez (10) textos que aparece a
palavra dízimo ─ três deles nos evangelhos, já foram detalhadamente mostrados
por mim ─, há ainda sete outros na carta
do escritor aos hebreus, os quais ou sobre os quais, eu e você que está lendo
este estudo caminharemos de maneira tranqüila, séria e detalhada... Isto será
feito basicamente nos capítulos sete, oito, nove e dez, e os textos da palavra
dízimo que consta da carta aos hebreus são: Hebreus 7. 2 ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7. 9 (duas vezes); mas, antes identifiquemos
alguns relatos de ofertas que foram praticadas na era da graça, que é o modelo
de contribuição usado pelos crentes no período do Novo Testamento.
150
Podemos entender e chamar de ofertas o
que foi praticado no pequeno período que denomino de Escatologia de Pedro, entretanto, com as devidas restrições que lhe
cabem e procurarei demonstrar, conforme Atos 4. 32-37 e Atos 5. 1-16 ─ Mas um certo homem chamado Ananias, com
Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o
também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, por que
mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o
possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois,
formastes este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
Para isto, usarei parte de livro que pretendo sobre escatologia, quanto ao qual
faço pequena menção no Blog, endereço ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com . Início da transcrição:
151
O que chamo de Escatologia de
Pedro foi o entendimento inicial dos discípulos (excetuando Paulo, ainda
não convertido), a partir da interpretação errada que tiveram de uma pergunta
de Pedro feita a Jesus, no último momento em que o Senhor esteve junto com eles
antes da sua ascensão aos céus...
152
Jesus, no seu terceiro contato com parte
dos discípulos (sete deles), junto ao mar de Tiberíades, na parte final desse
relato; aconteceram ou foram registradas três interações (se falou sobre eles)
de Jesus para com Pedro e uma para João, que são muito importantes para
entendermos as deformações ou maneiras de fazer inicialmente o que Jesus
ensinara totalmente diferente do mandado pelo Senhor, vejamos primeiro os
relatos de João 21. 18-19 ─ Em
verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo,
e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro
te cingirá, e te levarão para onde não queres.
Ora, isso ele disse, significando com que morte havia Pedro de
glorificar a Deus. E, havendo dito isso, ordenou-lhe: Segue-me. Sobre
essa profecia quanto à forma da sua morte (por velhice), Pedro a registrou no
início da sua segunda carta, conforme II Pedro 1. 13-15 ─ Sabendo que brevemente hei de deixar este
meu tabernáculo, assim como nosso Senhor Jesus Cristo mo revelou. Mas procurarei diligentemente que também em
toda ocasião depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas. Sendo
que esses relatos invalidam de maneira contundente a fantasia da tradição
católica romana da estada de Pedro em Roma e a sua crucificação de cabeça para
baixo ─ inclusive, aceita até por
Seminários evangélicos. Antes dessa informação de Jesus a Pedro sobre a maneira
como morreria, Jesus fizera-lhe três perguntas (João 21. 15-17) e concluiu
pedindo que ele apascentasse as suas ovelhas; que se refere a Pedro ser
constituído como o principal apóstolo aos judeus e não o primeiro Papa, pois o
primeiro Papa que a história conheceu foi Leão I (440-461)... Se a história não
viu Pedro em Roma, se Jesus disse-lhe que ele morreria de velhice, é óbvio que
ele não morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma, porquanto não há prova
histórica quanto a isto... São tristes, pouco compreensíveis e tremendamente lamentáveis
as contradições que atribuíram ao grande apóstolo Pedro no decorrer da
história. Ainda, como você deve estar lembrando o que falei sobre os três
evangelhos chamados sinópticos, escritos esses basicamente de narrativas de
acontecimentos (história), diferentemente, o evangelho de João reúne história e
avaliação teológica por parte dele. Que no caso do relato registrado do
versículo 15 ao 24 (João 21. 15-24), nos quais, do versículo 15 ao de número 18,
o registro é histórico, e no versículo 19, João, na realidade informa um fato
posterior ─ porquanto o seu evangelho foi escrito por
volta do ano 90, quando possivelmente Pedro havia morrido de velhice, pois João
era bem mais jovem que ele na época do ministério de Jesus... O que disse de
forma objetiva, e isto é o exercício da importante e necessária Hermenêutica,
senão constate que os versículos 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22, referem-se ou é
narrativa histórica daquele momento antes da ascensão de Jesus, no entanto, os
versículos 19, 23, 24 e 25 é a avaliação dele dos relatos passados no momento
em que João estava escrevendo o seu evangelho... Concluir isto é estudo
cuidadoso e sério de escritos antigos, textos de Leis e inclusive Literatura,
conforme comentei no parágrafo de número 145.
153
Creio
que essas duas informações de João sobre o diálogo de Pedro com o Senhor Jesus,
tiveram toda a pertinência de estarem contidas nos escritos de João; e quero
evoluir na terceira, que se funde ou foi parte importante da vida de João, de
Pedro, dos demais apóstolos e de todos os primeiros crentes (que eram todos
judeus), que participaram infantilmente daquela espécie comunismo cristão,
identificado por mim como Escatologia de
Pedro. Prossigamos com a leitura de João 21. 20-23 ─ (...) Ora, vendo Pedro a este, perguntou a
Jesus: Senhor e deste, que será? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero quiser que
ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Divulgou-se,
pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer.
Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quero que fique até que eu
venha, que tens tu com isso? Este é
o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro.
154
Se esquecermos do vício da maioria de
nós, de buscarmos na Bíblia textos isolados para fundamentar pretensiosos
estudos que alardeamos estar fazendo, e com seriedade considerarmos de forma
diligente os textos com os seus contextos e principalmente a sua seqüência
histórica; ver-se-á ou se vislumbrará para nós encadeamentos e conseqüências de
fatos anteriormente narrados, que obviamente se interligam; e o mais
interessante ─ que não podem de maneira nenhuma ser
desconsiderados ─, que é o seguimento de
um determinado assunto ter o seu continuar ou conseqüência, na narrativa feita
por intermédio de outro escritor servo de Deus, sendo isso feito às vezes de
forma intencional (que via de regra identifiquei), e de forma natural como é
mais comum, pois acontecimentos, história de um determinado universo de
pessoas, estão necessariamente sempre interligados... Entender isso, saber
identificar e trabalhar essas informações consiste na mais elementar;
entretanto, também a maior e melhor vertente da habilidade e arte dessa coisa que
é a importante e necessária hermenêutica.
155
Após
essa pequena avaliação sobre hermenêutica e a necessidade de um estudo mais
aprofundado do que chamaria de causa e efeito; creio que podemos agora melhor
entender o que denominei de Escatologia
de Pedro, referendando-a a explicar o momento atípico ─ que denominei de Comunismo cristão ─,
inconseqüente e totalmente improcedente como referencial a ser seguido, conforme
o ide e pregai estabelecidos por Jesus.
156
No
texto acima do Evangelho de João 21. 20-23 foi informado por ele, que a partir
do Jesus ter dito: “Se eu quero que ele
fique até que eu venha, que tens tu com isto?”, se criou a idéia ou os
discípulos e os crentes entenderam e divulgavam que ele, João, não morreria ou
mais precisamente, Jesus voltaria estando ele ainda vivo... A conseqüência
disso foi, primeiro (esquecendo o ide de Jesus), a pregação ostensivamente
judaica de Pedro com o componente fortemente escatológico ─ sendo esse o
ponto maravilhoso, se fosse aos dias de hoje; o que aconteceu naquele
momento atípico e cheio de deformações
─; quando os atos dos discípulos, naquela fase inicial da Igreja foram
norteados por esse entendimento da volta iminente do Senhor Jesus, pois ele
voltaria antes de João morrer de velhice.
157
Se Deus agisse e estendesse o seu poder
somente àqueles que entendem e fazem tudo exatamente como ele determinou;
fatalmente não haveria a atuação do seu Santo Espírito em muitos eventos
bíblicos... Estou dizendo isso porque é muito claro nos relatos de Atos
capítulo dois ao capítulo seis mostrarem uma atitude de ignorar o ide de Jesus
por parte dos discípulos; tendo estacionado ali em Jerusalém para aguardar essa
pretensa volta iminente de Jesus analisada a partir do possível tempo de vida
de João; que gerou o momento, que denomino de Comunismo cristão, quando coisa parecida com essa só veio acontecer
em 1525 na Alemanha e pelo mesmo erro. Apud:
Harald Schaly, Breve História da
Escatologia cristã. 2a edição; JUERP
RJ 1992 ─ Havia um pastor em Lochal e Holandorf, no
condado de Wittenberg, cujo nome era Stiefel, que também, por conta própria,
calculou e chegou à conclusão que o dilúvio estava para chegar e que o mundo
desapareceria. (...). Com isto pararam todas as
atividades. O arado enferrujava no campo, o gado pastava no roçado e
ninguém se importava e com razão. Que adiantava acumular posses, quando o
mundo estava para se acabar? Os mendigos que passavam por Lochal
experimentavam tempos áureos, pois dali saiam rindo por terem enchido seus
bolsos e sacolas. Os visinhos que não acreditavam nas profecias nas profecias
de Stiefel também se loclupretavam, quando negociavam e regateavam com os
moradores dessas duas vilas. Os porões e dispensa se esvaziavam, e as mesas
fumegavam com gostosos, de manhã, ao meio dia e à noite... Pois tudo devia ser
consumido, porque quem levaria chouriços, presentes, etc., para a eternidade? (...).
Às 7 horas, nuvens escuras vinham em direção do rio Elba, e, às 8, começou a
chuviscar, mas ficou nisso, o vento levou as nuvens, o sol saiu. Ai, então
ergueram a cabeça, um após outro, olhando para o pastor, que se havia levantado
e esfregou as mãos e as ergueu para o céu. Esperai, queridos filhos ─ disse
ele com voz rouca ─ talvez eu tenha me
enganado quanto à hora. Mas já eram 9 horas, depois 10, e as nuvens não mais
voltaram e o sol era de escaldar... Creio bastar por aqui; voltemos ao
início da era cristã... Que aquele posicionamento atípico lá no início da
Igreja, acabou até prejudicando ao casal Ananias e Safira, que em função do
gerado naquele momento mentiram ao Espírito Santo; quando informaram estar praticando
a comunhão total de bens, conforme Atos 4. 34. 35 ─ Pois não havia entre eles necessitado
algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o
preço do que vendiam o depositavam aos
pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade. Esse procedimento totalmente atípico,
porquanto não era fruto de um verdadeiro sentimento de generosidade, como a
maioria dos que estudam a Bíblia superficialmente entendem; e também é usado
indevidamente para fundamentar a infeliz estratégia de igrejas em células, foi
sim, o entender, que sendo a volta de Jesus iminente (se fosse verdade), seria
até falta de inteligência reter propriedades e riquezas que não poderiam levar;
não houve ali naquela época e momento histórico, nenhuma ação de desprendimento
e grandeza cristã e sim, a pseudo simples avaliação racional, que até acabou
complicando a visão gananciosa de Ananias e Safira, e também não tem nada,
absolutamente nada, a ver com dízimos ─
bi-dízimos, tri-dízimos com toalhas sujas de suor ou outras coisas que eles
inventam para tomar dinheiro dos incautos
─, e nem com ofertas, o que nortearia a vida da igreja em relação aos
pobres e àqueles em dificuldades, que diferentemente devem receber e não doar.
158
A
conseqüência desastrosa desse proceder foi a de não haver o início e consolidar
do evangelismo exigido por Jesus na grande comissão, cuja ordem era e é: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura”; que eles não praticaram inicialmente, se tornando
necessário Deus agir de alguma forma para acabar com aquela deformação, e o
Evangelho começar a ser pregado a todas as pessoas... Coisa que só aconteceu
com a perseguição de Saulo, conforme os relatos de Atos 8. 1 e 4 ─ Naquele dia levantou-se grande perseguição
contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos,
foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria. (...) No entanto os
que foram dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. A
partir daí o ide do Senhor Jesus começou a ser cumprido ou praticado como Ele
ordenara, e aquela espécie de Comunismo
cristão acabou e não mais aconteceu no período apostólico. Também se faz
necessário, um melhor estudo por parte dos estrategistas dos Gs 12 e das
células em constatar que não há a mínima possibilidade de associar essa dita
estratégia àquele momento atípico que denominei de Comunismo cristão, pois o que se praticou ali, naquele momento, foi
exatamente o contrário do que Jesus ordenara a eles que fizessem... Para que
você tenha uma melhor idéia sobre isso leia com a máxima atenção os oito
primeiros capítulos do livro de Atos e dê uma atenção especial aos discursos de
Pedro, nos quais se vê claramente a atitude racista (pregando unicamente na
direção dos judeus, Atos 2. 14 e 3. 12), com uma mensagem plenamente
escatológica iminente, que começou a perder o seu componente racista na visão
que o mandou pregar a Cornélio (Atos 10. 9-23) e a idéia da volta iminente de
Jesus ele foi perdendo aos poucos, principalmente em função da zombaria ─ que
mereceram, porquanto o Senhor Jesus mandou que se pregasse o Evangelho e não a
sua volta iminente. Que motivou a mea-culpa
(justificar-se) que consta em II Pedro 3. 3-14 e, inclusive, nos versículos 15
e 16, de alguma forma confessar ter feito confusão com que Paulo dissera,
conforme comentei no subtítulo O pretenso
anticristo... A questão substantiva quanto àquele momento de Atos dos
apóstolos, a da Alemanha em 1525, a previsão dos Adventistas para o ano de 1844
e das Testemunhas de Jeová para o ano de 1914; foram exatamente inconseqüentes,
justamente pelo fato do Senhor Jesus e posteriormente os apóstolos terem
informado de maneira grave que a sua vinda seria à semelhança do agir do ladrão
(que não avisa), como aparece de Mateus a Apocalipse 16. 15 ─ Eis
que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia, e guarda as suas
vestes para que não ande nu, e se veja a sua nudez. Advertência grave quanto à conduta, justamente por
não haver data para a volta de Jesus, e sim profecias que se cumpririam
antes ─
a maioria delas (as principais) já se cumpriram.
159
O
outro ponto importante e lamentável foi o fato de que esse Comunismo cristão capitaneado por Pedro, mesmo depois da
perseguição de Saulo, e a sua posterior conversão; a idéia da volta iminente de
Jesus ainda persistiu por muito tempo, chegando inclusive ao final do primeiro
século quando da feitura das cartas de João como comentei no subtítulo O pretenso anticristo (que João
ironizou)... Leia novamente esse subtítulo e estude este livro sem preconceito,
mas com atenção e carinho, como deve ser a maneira de fazer daqueles que amam a
verdade.
160
Ainda,
com relação ao estudo e entendimento bíblico; no decorrer da história esse tem
sido o grande problema de todos que nos julgamos aptos e entendedores das
coisas de Deus (nós, hoje e aqueles nossos irmãos do passado), daí, vejo até
como profética, a pergunta de Filipe ao eunuco etíope (Atos 8. 30), que tem, de
alguma forma, cabido a cada um de nós no decorrer da história, pois, temos
tido, grande dificuldade no trato com o texto sagrado e a sua correta
interpretação, como a dificuldade de Pedro, dos demais apóstolos e crentes do passado.
Erro esse, elementar; que está presente em muito do se escreve e se verbaliza
sobre a Bíblia; quando ignora liminarmente que os evangelhos e o livro de Atos
dos apóstolos são essencialmente relatos históricos ─
excetuando o evangelho de João, que também mescla narrativa histórica
com avaliação plenamente teológica de Jesus e também e de João, como no caso do
final do capítulo 21, que agora estamos estudando. No final desse capítulo, até
o versículo dezoito, tem-se o seguimento da narrativa histórica; no entanto, a
parte “a” do versículo dezenove é uma constatação contemporânea ao momento que
João estava escrevendo o seu evangelho (final do primeiro século); indicando o
cumprimento da profecia sobre a morte de Pedro por velhice ─ que
certamente já havia acontecido, conforme o informado aqui ─, e segue a narrativa até o versículo vinte
e três, e nos dois versículos finais as suas considerações contemporâneas.
161
O que procurei informar e motivar aqui é
o fato passado e presente que precisa ser mudado, que consiste no vício de
fazer doutrina e até estabelecer princípios a partir de qualquer coisa que
esteja escrita na Bíblia; que por leviana inferência legitimaria, de fato
dizer: isso é bíblico! Esse vício, lamentavelmente ─ e
esse é o grande perigo ─, tem por traz
de si a motivação da nossa idéia pronta que busca desesperadamente base
bíblica; e quando encontra alguma coisa parecida, não interessa avaliar melhor
com toda ferramenta hermenêutica. Se o encontrado encaixar plenamente no que
nós pretendemos... Do exposto, concluo, que ainda que o Senhor Jesus tivesse
explicado plenamente: o “se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens
tu com isso?” Creio que pouco adiantaria, porque eles (os nossos irmãos do
passado) queriam crer na volta iminente do Senhor Jesus. Daí, para melhor ficar
entendido o que ali aconteceu e o que significou do ponto de vista plenamente
escatológico, vou construir e reproduzir uma paráfrase do que o Senhor disse
exatamente a Pedro.
162
Se,
está sendo lembrado, como insisti no fato de que a regra básica para
fundamentar escatologia tem que prioritariamente vir do livro de Daniel e o de
Apocalipse. Que ao dizer isso, você pode concluir ser esse o principal motivo
pelo qual o Senhor Jesus foi todo o tempo evasivo e aleatório quanto a fatos
escatológicos, sendo preciso (objetivo, claro) tão-somente quando falou sobre a
destruição de Jerusalém, que, esse evento, sim, era iminente, como de fato
aconteceu. Leia a paráfrase que faço de
João 21. 22 ─ Se eu
quero que ele fique até que eu venha. Que tens tu com isso, Pedro? Faça, e continue sem interrupção a obra de
evangelismo que vou ordenar a ti e a todos que me receberem como salvador (Atos
1. 8), e não esqueças também o que já te ordenei: apascenta as minhas ovelhas,
os judeus. Não te intrometas, Pedro; com essas questões de ordem escatológica,
porque, como já te disse: que tens tu com isso, se é a João que darei a
incumbência de falar sobre esse assunto? Sei que tu és cabeça dura, como
todos seres humanos, e vais se intrometer nisso
─ que vai fazer com que tenhas que se explicar quando escrever tua
segunda epístola (II Pedro capítulo 3) a judeus dispersos, como também o
será a eles, a primeira ─, nisso, sei que tu aprenderás; que embora
eu tenha vindo para salvar toda humanidade, o teu ensinamento prioritário é aos
judeus. Paulo também vai ajudar nessa questão escatologia, mas a complicação já
estará feita por ti, e Paulo, de igual modo, se complicará, como tu dirás nessa
tua carta com relação a ele: serem essas coisas difíceis de entender (II
Pedro 3 15-16)... Não, a questão é que vós não consultastes a Daniel, aquele que
estabelece todo o roteiro dos eventos escatológicos; e o pior, não esperastes
João escrever sobre esse assunto, que veio a ser a complementação do que
escreveu Daniel. Fique tranqüilo Pedro, tu também Paulo e os demais; porque
como vou dizer a Paulo (II Coríntios 12. 8), a minha graça basta a todos vos e como
o próprio Paulo dirá (Romanos 8.
28): mesmo
que tenha havido em vós a precipitação bem intencionada, quanto a tudo isto,
esse vosso agir, como tudo, contribuiu, contribui e continuará contribuindo
para o bem daqueles que me amam.
163
Seria
algo semelhante a isso que Jesus poderia ter dito a Pedro e aqueles irmãos que
difundiram que João não morreria antes dele, Jesus, voltar para arrebatar a
Igreja (João 21. 22-23). Sim! É mais ou menos isso que significaria, aqueles
irmãos terem divulgado que João não morreria. Se não foi isso que você concluiu
ao ler essa informação nesse texto do evangelho de João; procure ficar mais
atento a tudo o que lê na Bíblia, senão as suas conclusões estarão longe do que
o texto sagrado realmente diz e ensina. Fim
da transcrição... A transcrição concluída agora sobre o que chamei de Escatologia de Pedro foi para que você
naturalmente concluir que tudo acontecido no período apostólico ─ o trabalhado
no estudo ─, não houve a prática e não
se considerou absolutamente a questão dízimo.
164
Segue
agora os textos que evidenciam não ter havido no período do início da Igreja qualquer
tipo de coleta ou arrecadação que não fosse de ofertas voluntárias ─ o
dízimo fora devido e compulsório na era da lei, e na era da graça ele não
apareceu ─; inclusive a partir do motivo
da ajuda a irmãos pobres que passavam dificuldades. E o primeiro relato bíblico
a seguir se deu dentro do período do ano 41 ao ano 54 (tempo de Cláudio como
imperador), quando foi envenenado por Agripina, mãe de Nero, que assumiu o
poder após isto neste mesmo ano (54)... Vale à pena, rapidamente informar a chegada
de Cláudio ao poder, porquanto sua ascensão marcou o início da intervenção
militar ─ que foi de profecia citada por
mim no final desse parágrafo ─, na secessão do poder em Roma: O assassinato de
Calígula (antecessor de Cláudio), que embora não tenha gerado revolta pela sua
perda, fez abrir uma séria crise sucessória, pois não havia nada determinado
quanto a quem o sucederia... Enquanto o Senado estava avaliando essa questão; a
guarda pretoriana (segurança pessoal dos imperadores, que até então era de
Calígula) resolveu proclamar Cláudio como imperador; que considerando a
característica pessoal simplória de Cláudio, para o Senado convinha alguém
assim; no entanto entende-se que esse perfil de assim agir era uma espécie de
auto-proteção de sua vida num possível conflito sucessório; também, esse evento
marcou o efetivo início do “golpe militar” na sucessão do poder no Império
romano; como aconteceu novamente na sucessão de Nero ─ o ano dos quatro imperadores ─, que alguns historiadores identificam
somente três, no entanto foram de fato quatro como vou mostrar. Com a morte de
Nero em 9 de julho de 68, assumiu o poder o general Galba, governando até 15 de
janeiro de 69; sendo sucedido pelo general Oton (que só se manteve no poder por
três meses), que quando vencido pelo general Vitélio, se suicidou em 17 de
abril de 69. Vitélio assumiu o poder e posteriormente foi morto (degolado)
pelos partidários do general Vespasiano em
19 de dezembro de 69 ─ aquele que invadiu a Judéia no ano 66 a mando de
Nero ─, que tendo deixado o seu filho Tito
no cerco à Jerusalém, invadida e destruída no ano 70; assumiu o poder em Roma
em 20 de dezembro de 69, quando foi aclamado como imperador, portanto quatro
imperadores no ano 69: Galba, Oton, Vitélio e Vespasiano. Posteriormente, a
partir da morte do imperador Domiciano em 96 ─ 2º filho de Vespasiano; aquele
que exilou o apóstolo João em Patmos ─,
começou o que a história chamou de Pax
Romana, que se consolidou de Nerva (96-98) até o imperador filósofo Marco
Aurélio (161-180), sucedido pelo obsceno e injusto Cômodo (180-192), morto pela
guarda pretoriana; aquele do ótimo filme, O
Gladiador (o herói general Maximus do filme não pertence à história); a
partir de quem findou a Pax Romana, quando
império foi leiloado pela guarda pretoriana, e comprado pelo Senador Dídio Juliano,
em seguida deposto pelo general Septímio Severo (193 - 211), em quem iniciou a
conturbada ascensão dessa dinastia, e em Alexandre Severo (222 - 235) findou no
ano 235 a dinastia dos Severos; quando até a ascensão de Diocleciano e seu
co-imperador no ano 284, se cumpriu o período profetizado em Apocalipse 6.
4 ─
o cavalo vermelho, que mostra a luta constante pelo poder em Roma
(se matassem uns aos outros), e no
versículo 5 o cavalo preto (inflação, um queniz de trigo por denário), que corresponde ao período de
Diocleciano e Maximiano da Trácia (284-305). Isto e muito mais está plenamente
detalhado no livro sobre escatologia que pretendo editar... Identificado o
período cronológico em Cláudio e eventos subseqüentes prossigamos com o texto
de Atos dos apóstolos.
165
Lê-se em Atos 11. 27-29 ─ Naqueles
dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia: e levantou-se um deles, de
nome Ágabo dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo
mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. E os discípulos resolveram
mandar, cada um conforme suas posses, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia.
Os textos que serão analisados no seguimento, como este, estão todos ligados
basicamente às dificuldades pelas quais passaram os irmãos (os cristãos) da
igreja da Judéia, que foram socorridos por meio de coleta de ofertas pelos seus
iguais de diversas outras igrejas.
166
Gálatas
2. 9-10 ─ e
quando reconheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas, e João, que
pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para
que nós fossemos aos gentios, e eles à circuncisão. Recomendando-nos somente
que nos lembrássemos dos pobres; que procurei fazer com diligência. Este
texto de carta de Paulo aos gálatas (no ano 53) é a síntese do que se decidiu
sobre ajuda aos pobres, que ele naquela carta estava informando o que
acontecera em Jerusalém quando daquela conclusão e preocupação a ser levada em
conta. Coisa essa, que se fora normal e praticada a entrega do dízimo pelos
primeiros cristãos, aqui, neste relato de Paulo, ele informaria que a decisão
dos apóstolos teria sido a de, conforme está em Deuteronômio 14. 27-29 e Deuteronômio
26. 12-13, que retivessem parte dos dízimos arrecadados para doar aos
necessitados. Após essas primeiras considerações sobre ofertas e a sua
destinação creio já estar perfeitamente claro não ter havido de modo nenhum a
presença do dízimo nas igrejas do Novo Testamento. Senão, você que está lendo
esse estudo, procure lembrar ou reveja os dois textos do Antigo Testamento
transcritos no início, os endereços citados acima.
167
A
citação feita por Paulo, em carta ditada por ele e escrita por Tércio no ano 57
(em Corinto), antes de Paulo ir a Roma, conforme Romanos 15. 25-27 ─ Mas agora vou para Jerusalém a ministrar
aos santos. Porque pareceu bem à
Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os
santos que estão em Jerusalém. Isto, pois, lhes pareceu bem, como devedores que
são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos
espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais. Esta
carta, que Paulo ditou quando estava com os irmãos de Corinto; e nesta carta
entre vários assuntos, Paulo, também faz aos irmãos de Roma apelo no sentido
deles, como os de Antioquia, da Galácia, da Macedônia, da Acaia e os de
Corinto, de igual modo recolhessem ofertas de ajuda aos irmãos da Judéia.
168
II Coríntios 8. 1-4 ─ Também, irmãos, vos fazemos conhecer a
graça de Deus que foi dada às igrejas da Macedônia; como, em muita prova de
tribulação, a abundância do seu gozo e de sua profunda pobreza abundaram em
riquezas da sua generosidade. Porque, dou-lhe testemunho de que, segundo as
suas posses, deram voluntariamente; pedindo-nos encarecidamente, o privilégio
de participarem desse serviço a favor dos santos. Aqui nesta segunda carta
de Paulo aos de Corinto, escrita no ano 56 ─ primeira inserção do assunto ajuda
aos pobres da Judéia ─, ele inicialmente
aproveitou para elogiar os membros das igrejas da Macedônia, os quais, segundo
Paulo, reivindicaram como privilégio, participarem das ofertas aos irmãos
pobres da Judéia, diferentemente, hoje, certas igrejas buscam tomar de maneira
voraz o dinheiro do pobre. Coisa que se
assemelha ao que diz Aristóteles na obra Ética a Nicômado, diz Ao
contrário, a avareza é ao mesmo tempo incurável (pois considera-se que a idade
e as diversas manifestações da decrepitude tornam os homens avarentos) e mais
inerente à natureza humana do que a prodigalidade, pois a maioria dos homens
gosta mais de ganhar dinheiro do que dá-lo, e esse vício é também muito difundido
e se apresenta sob diversas formas, visto que parece haver muitas espécies de
avareza. (...) um enfrenta os maiores perigos por amor ao
produto do roubo, enquanto o outro tira dinheiro dos seus amigos, aos quais,
devia, em vez disso, dar. Os dois, então, como de bom grado auferem ganhos
de fontes erradas, são sórdidos amantes do ganho, portanto todas essas formas
de tomar incluem-se no vício da avareza...
169
II Coríntios 9. 1-2 ─ Pois, quanto à ministração que se faz a favor
dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela
qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta
desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Este texto do
capítulo nove na sua totalidade é usado para fundamentar o chamam de Lei da semeadura e colheita; quando na
realidade este texto refere-se simples e exatamente a ofertas a favor dos
pobres da Judéia, os quais foram tremendamente prejudicados pela fome havida
naquela região por algum tempo, conforme o registro anterior de Atos 11.
27-29... Agora vejamos como este texto da carta aos coríntios é usado de
maneira indevida:
170
O ensinamento
didático e comparativo, como o Senhor Jesus fez usando as parábolas, que ainda
continuam ─ por esse motivo assim ensinou, pelo componente atemporal delas ─, com
toda sua força didática e de facilitação para o melhor entendimento. A partir
dessa lógica ponderação; estou, convidando você, leitor, a uma determinada comparação
que, inclusive, vez outra, nos remete para “nos colocarmos no lugar do outro”
para à partir daí entendermos com mais facilidade o ensinamento proposto aqui
por mim numa elementar comparação.
171
O que estou de
forma objetiva dizendo e propondo, é que façamos num dado momento a comparação
entre nós e Deus, ou nos coloquemos no lugar Dele; quando pressupomos e
exercemos a atitude de considerá-Lo, pura e simplesmente como nosso ente
provedor de todas as coisas. Na comparação de nos colocarmos na condição de
sermos nós Deus, isto fatalmente nos remeterá para a conclusão de que sendo eu
(ou você) Deus aquele que tem o pleno direito sobre todos os
seres humanos, os anjos fiéis e também os demônios. Será que eu (ou você)
aceitaria a leviana abordagem de ditos crentes fiéis que dizem gostar deste
Deus (que seria eu ou você) porque entendem prioritariamente que Ele, este
Deus
que seríamos nós , é por deveras
bonzinho e pronto a atendê-los imediatamente em todos os seus desejos? Será que
você (ou eu) veria com bons olhos e aceitaria esse tipo de relacionamento entenda,
que guardada as devidas proporções. Deus (é fácil e elementar concluir assim)
certamente não gosta nem aceita esse tipo de relacionamento, que nesta
comparação concluímos e temos ciência que não, porquanto nos colocamos no lugar
Dele (eu, nem você aceitaríamos); que no Antigo Testamento nos manda amá-Lo
(primeiro mandamento) de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento, sem
nenhuma contrapartida. E no Novo Testamento nos manda, conforme Mateus 6.
33 “buscar o seu reino em primeiro
lugar”. A essa comparação agregue a conjectura do como você (ou eu) se
sentiria, do ponto de vista do amor e da adoração, quando aqueles seus ditos
adoradores; têm o pressuposto de amá-lo e adorá-lo porque receberão riquezas e
toda sorte de bênçãos? Receberia você (ou eu), com alegria e compreenderia
pessoas com esse perfil de intenções utilitaristas mesquinhas?
172
O sério e ruim,
quanto a esse posicionamento (da maioria dos ditos crentes de hoje) é que temos
na Mídia e em vários lugares (igrejas) ensinamentos que colidem com essa
didática conclusão. E um dado interessante quanto a isto é que nesta mesma
Mídia (na TV) há um importante pastor, dentre outros que
é uma espécie de Ícone evangélico, o qual respeito tão-somente pela sua
capacidade intelectual que é aceito e
seguido por crentes de inúmeras denominações ; quando nesta sua projeção e
aceitação, tem feito em suas mensagens o
uso indevido do que ele chama de “lei da
semeadura e colheita” (como muitos outros também fazem); quando, de fato,
essa pretensa lei existiria exatamente
não em II Coríntios capítulo
nove
que vou explicar com detalhes o porquê não , e sim, no que fazemos em toda a nossa
vida.
173
Tanto que, por todo
o tempo do seu ministério o Senhor Jesus associou a colheita ao juízo final,
conforme Mateus 9. 35-37, Mateus 13. 1-30 (as parábolas do semeador e do joio,
que também estão presentes em Marcos e Lucas), Marcos 4. 26-29 (a parábola da
semente), João 4. 31-42 (A ceifa e os ceifeiros), em Apocalipse 14. 14-20 (A
ceifa e vindima). E se devemos valorar essa idéia de semeadura e colheita como
lei, isto, esta lei, teria os contornos que Jesus lhe dera, e os apóstolos
seguiram, inclusive Paulo, que a sistematizou exatamente nesta outra direção,
que não é a deste pastor, quando escreveu aos Gálatas 6. 7-8 Não
vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear,
isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne ceifará
corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida
eterna. E não em II Coríntios
capítulo nove (já citado acima), no qual, semeadura e colheita têm uma
aplicação didática diferente; que nos remete para ele próprio que
ostensivamente diz na Mídia: “texto fora do contexto é pretexto para heresia”;
porque o texto em apreço é sobre
beneficência ou ajuda aos irmãos pobres, senão vejamos: No versículo nove
(deste capítulo nove de II Coríntios), Paulo faz referência ou transcreve parte
do Salmo 112. 9 (II Coríntios 9. 9)
Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o
seu poder será exaltado em honra. No seguimento também Isaías 55. 10 Porque, assim como a chuva e a neve descem
dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e fazem produzir e brotar,
para que dê semente ao semeador, e pão ao que come. Na mesma idéia e
entendimento de Paulo sobre o assunto, Oséias 10. 12 Semeai
para vós em justiça, colhei segundo a misericórdia; lavrai o campo alqueivado (fértil,
preservado em toda a sua força, para o novo plantio); porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça
sobre vós. Ainda, o Salmo 126. 5-6
(que foi escrito na volta do povo judeu do cativeiro babilônico) Os que semeiam com lágrimas, com cânticos
de jubilo cegarão. Aquele que vai chorando, levando a semente para semear,
voltará com cânticos de jubilo trazendo consigo os molhos. É essa a visão e entendimento de Paulo
sobre semeadura e colheita; que não tem nada a ver com o vou dar uma boa
quantia em dinheiro a este “procurador de Deus” (semeadura) e tenho certeza que
Deus vai me dar muitas vezes mais do que eu dei (colheita), quando isso é na
verdade a dita Doutrina da Prosperidade;
sofismada de forma leviana ou mais precisamente uma espécie de cassino, onde
jogamos uma determinada quantia na expectativa de ganhar muito mais,
entretanto, seja bereano (aquele que quer realmente saber a verdade, Atos 17.
11-12) e constate que Paulo em momento algum caminhou nessa direção de
entendimento. Veja os textos de suas epístolas que aparecerão no decorrer do
estudo, e leia novamente o que ele diz objetivamente sobre bênçãos em Efésios
1. 3.
174
Ainda, sobre
semeadura como alegoria totalmente diferente de riquezas, em I Coríntios 15.
36-37 (falando sobre ressurreição), ele diz
Insensato! O que tu semeias não é
vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que
há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer
semente. Por favor, não tentem colocar na boca de Paulo nada absolutamente
nada que se relacione com a Doutrina da
Prosperidade. Buscando ser o mais abrangente possível, ou não tão-somente
isto; porquanto creio que você pode melhorar e dar maior abrangência a esse
estudo na direção do que é verdadeiramente bíblico. Também dizer não ter eu
exatamente o interesse de denegrir o que este importante pastor tem feito via
Mídia ─ porque alguma coisa do dito por ele se aproveita ─; entretanto é fato
ele sofismar de maneira lamentável o seu alinhamento com a Doutrina da Prosperidade (com a qual diz não concordar, mas seu
amor ao dinheiro o faz agir diferente); e outra coisa a
qual pode ser o seu estilo de pregar, já aceito por aqueles que o seguem , que consiste no uso indevido de excessiva
ironia e do jocoso despropositado, inclusive, com linguajar chulo,
inconveniente ao púlpito de qualquer líder cristão. Não cai bem a alguém que é
uma espécie de referencial evangélico; que pela sua reconhecida capacidade
intelectual poderia ser muito mais útil ao Evangelho do nosso Senhor Jesus
Cristo, principalmente nesta questão, que é hoje o nicho de maior atuação de
Satanás, esta dita doutrina, que é a comercialização da fé. Por este motivo o
Senhor Jesus teve como preocupação desde o início do seu ministério o contestar
isto, que ele sabia que se constituiria na poderosa arma de Satanás nos últimos
tempos; quando compara os lírios do campo a Salomão em toda a sua riqueza e
glória e neste mesmo texto de Mateus 6. 24-33, que será transcrito no todo mais
frente, no versículo 26 ele usa a semeadura e a colheita, mais uma vez,
totalmente diferente do como o defensor dessa pretensa lei as vê Olhai para as aves do céu, que não
semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso pai celestial as
alimenta... Em suma, pratica do dízimo no Novo Testamento de maneira
nenhuma foi ensinado, muito menos praticado; quanto a ofertas, creio ter ficado
bem claro quando e como foi praticada...
175
Se você está
lembrando os dois primeiros versículos do capítulo nove (II Coríntios 9. 1-2),
do conjunto de quinze versículos, que é usado indevidamente, também para
fundamentar o dízimo, quando diversos pastores lêem esse texto no momento
dedicado a esta arrecadação, e como o explicado acima é, de igual modo, usado
para fundamentar o que chamam de Lei da
semeadura e colheita, quando, entretanto, se isto fosse verdade e o dízimo
fosse praticado pela igrejas, como já demonstrei de maneira cabal que não;
todavia vale à pena ser mais incisivo repetindo os dois versículos, acrescido
do texto de Maquias 3. 10, em vermelho como paráfrase; para a qual, assim seria
a construção que segue; se o dízimo fosse verdade para Paulo ─ Pois, quanto à ministração que se faz a favor
dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela
qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta
desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Se fosse verdade para Paulo e prática pelas igrejas, do dízimo, naquela
época; ele agregaria à sua fala esse texto aqui em vermelho: Por este
motivo também vos exorto: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento
na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que vos
advenha maior abastança. Entretanto nada, absolutamente nada se pensou ou
falou sobre dízimos quando se precisou de recursos financeiros na época dos
discípulos.
176
Por fim, estudemos agora ajudados pelo
escritor aos hebreus, quanto ao sacerdócio e por conseqüência sobre o dízimo...
Para tratar desses assuntos, o escritor aos hebreus o fez desde o capítulo sete
até o capítulo dez um detalhado estudo sobre o assunto, quando no capítulo
sete, registrou a palavra dízimo sete vezes, as quais são: Hebreus 7. 2 ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7. 9 (duas
vezes); que foram usadas no explicar a sua relação com o Sacerdócio Levítico,
que incluía todos os levitas. O estudo e considerações sobre o sacerdócio, ele
o começa por Melquisedeque, que estava antes de Jacó (Israel), pai de Levi e
identificou Melquisedeque como sendo alegoria do Senhor Jesus (o sumo sacerdote
de fato)... Creio que não será preciso trabalhar detalhadamente esses três
capítulos da carta do escritor aos hebreus, porquanto o que vou fazer é
transcrever boa parte desse conjunto de textos, de maneira a estimulá-lo a ler a
Bíblia com atenção tudo o que ele buscou informar nesse estudo e informação.
177
Como o informado, o assunto sacerdócio
levítico, que findou no sacrifício do Senhor Jesus, foi plenamente explicado em
três capítulos, o de número sete, titulado pelo tradutor como: O sacerdócio de Melquisedeque era figura do
sacerdócio eterno de Cristo, com 28 versículos, em sete dos quais aparece a
palavra dízimo e serão transcritos sete desses 28, sendo que na leitura desse capítulo
já se entende com clareza ser findo o sacerdócio e ministério levítico e a
plena ausência do dízimo na era da graça; desse capítulo sete transcreverei
sete versículos. O capítulo oito tem 13 versículos, dos quais, transcreverei
três, e foi titulado como: O antigo pacto
era um símbolo transitório: Cristo é
mediador de um pacto melhor e eterno. Do capítulo nove, cujo titulo é: Os sacrifícios do santuário, por causa de
suas imperfeições, repetiam-se, mas o de Cristo é único, porque é perfeito,
transcreverei dois versículos, sendo o total do capítulo 28 versículos. O
capítulo dez segue o título do capítulo nove e tem 18 versículos, dos quais vou
transcrever cinco versículos.
178
Seguindo o roteiro acima quanto às
transcrições, reproduzo, conforme Hebreus 7. 11 ─ 7. 12 ─ 7. 15 ─ 7. 18 ─ 7. 19
─ 7. 24 e 7. 25 ─ De sorte que, se a perfeição fosse pelo
sacerdócio levítico (pois, sob este o povo recebeu a lei), que necessidade
havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque,
que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, mudando-se o sacerdócio,
necessariamente se faz a mudança da lei (versículos 11 e 12). (...). E ainda muito mais manifesto é
isto, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote (versículo
15), (...). Pois, com efeito, o
mandamento anterior é ab-rogado (anulado, suprimido totalmente) por causa da sua fraqueza e inutilidade (versículo
18) (pois a lei nenhuma coisa
aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos
aproximamos de Deus (versículo 19).
(...) mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo.
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,
porquanto vive sempre para interceder por eles (versículos 24 e 25)... A
ordem dos versículos transcritos é a do início do parágrafo, mas leia todo o
capítulo e também a carta aos hebreus na Bíblia.
179
Do capítulo oito vou transcrever,
conforme Hebreus 8. 1 ─ 8. 2 e 8. 13
─ Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo
sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da majestade,
ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não
o homem (versículos 1 e 2). (...). Dizendo:
Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e
envelhece, perto está de desaparecer (versículo 13).
180
Do capítulo nove transcrevo dois,
conforme Hebreus 9. 11 e 9. 24 ─ Mas
Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do
maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta
criação) (versículo 11). (...)
quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para
servirdes ao Deus vivo? (versículo 24).
181
O capítulo dez
tem 18 versículos e desses transcreverei somente cinco, que segue o nove no
desenvolver do assunto, até porque, o tradutor lhe atribuiu o mesmo título, dos
quais cito Hebreus 10. 1 ─ 10. 14
─ 10. 15 ─ 10.
16 ─ 10. 17 ─ Porque a lei, tendo a sombra dos bens
futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos
sacrifícios que continuamente se oferecem de ano a ano, aperfeiçoar os que
chegam a Deus (versículo 1). (...). Pois
com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.
E o Espírito Santo também no-lo testifica, porque depois de haver dito: Este é
o pacto que farei com eles depois daquele dias, diz o Senhor: Porei minhas leis
em seus corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta: E não me
lembrarei mais de seus pecados e de suas eqüidades (versículos 1, 14, 15,
15, 15, 16 e 17). A referência que o
escritor aos hebreus faz aqui é de uma profecia de Jeremias 31. 31-34, (629 ─
585 a. C.) que é exatamente sobre o novo pacto da era da graça e o
envelhecimento e nulidade da lei.
182
Para que se
tenha a plena idéia da importância da epístola aos hebreus e como eu, que
estudo com seriedade a Bíblia: primeiro não tenho dúvidas sobre a autoria desta
carta. Ela foi escrita por Paulo quando esteve preso em Roma até o ano 62, que
tendo sido absolvido, nesta primeira vez que foi preso e julgado, retornou a
Jerusalém. E na direção de provar isto, não há ninguém no período apostólico
que tenha currículo como o de Paulo, e que corresponda ao conteúdo do pleno conhecimento
do Judaísmo na questão lei e tradição judaica desta epístola... O motivo do anonimato
está em ser Paulo apóstolo aos gentios e a carta ter sido dirigida a hebreus
(judeus). Também que se veja a informação que termina esta carta (Hebreus 13.
23-24), que claramente é uma dica intencional para identificar o autor
da carta e o lugar de onde veio.
183
Paulo a começa
com uma sinopse de todo o plano de Deus para a humanidade, quando diz ─ Havendo Deus antigamente falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, e aos profetas, nestes últimos dias a
nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por
quem também fez o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa
imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade nas alturas. Ainda, nesse primeiro, no segundo e terceiro
capítulo, inclusive, em forma de midrash,
a contextura, na sua maior plenitude, pois na aglutinação de textos de 9 Salmos
e dois do profeta Isaías, que nos faz ver plenamente um Jesus de fato eterno, e
não uma simples manifestação do Pai, como quer a doutrina da trindade...
Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto ao
assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira
objetiva por meio do escritor aos Hebreus 1. 1-3 (transcrito acima), Heb. 1.
12-13, e Heb. 12. 2... Os demais textos usados são: Heb. 1. 5 ((Salmo 2.7),
Heb. 1.7 (Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61. 1),
Heb. 1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1 . 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6
(Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13
(Salmo 18 . 2 e Isaías 8. 18)... Daí, até o capítulo dez (10) o assunto foi
Moisés e a lei, e o sacerdócio dos levitas; o onze (11) e doze (12) sobre o
tema fé, cujo referencial é a base de toda teologia de Paulo, o texto de
Habacuque 2. 4, que em Hebreus 10. 38, ele agrava o que Habacuque dissera
─ esse texto é o que encerrará este
estudo... O capítulo treze (13) consiste basicamente em considerações finais;
leia toda a epístola aos hebreus, porque ela é uma espécie de plano de estudo
de toda a Bíblia.
IMPLICAÇÕES
MACROECONÔMICAS DO DÍZIMO
184
Agora nessa parte final pretendo abordar
a questão dízimo na sua importante vertente, que é o conseqüente pleno efeito
para o bem das pessoas ou não ─ sua implicação macroeconômica, útil ou não para
sociedade ─, e para isto me permito analisar até onde possa fazê-lo, ou melhor,
sinalizar o assunto numa pequena comparação
─ que não terei como fazer por
falta da disponibilidade de informações confiáveis sobre essa enorme massa de
recursos tiradas de maneira não bíblica da economia ─, que tem e terá como
objetivo remeter à economistas e sociólogos a oportunidade de fazer tese
de doutorado sobre este importante assunto, até por necessidade de
transparência e conhecermos o útil efeito macroeconômico ou não desse
grande volume de recursos recolhido na economia da maneira compulsória e com
indevida coerção, confrontando II Coríntios 9. 7, quando não se tem
absolutamente nenhum respaldo bíblico para tal.
185
Como já foi visto no decorrer desse
estudo. O dízimo e ofertas com características compulsórias, inclusive, as com
o componente de parcelamento, para se atingir quantias maiores ─ as
chamadas campanhas e/ou correntes e
também os famigerados carnês e boletos bancários ─; cujo problema bíblico, como foi visto até
agora, foi e é o não haver respaldo, validação cristã por parte de Jesus e seus
apóstolos para essa prática. Que agora quero analisar do ponto de vista macroeconômico...
186
Atualmente o Governo do nosso país
pratica uma forma de distribuir renda na direção dos mais pobres, chamado: Bolsa família, que segundo o informado
pela ministra que administra essa área; serão destinados a esse programa de distribuição
de renda no ano de 2012, recursos da ordem de 16 bilhões de reais; agora com
uma espécie de gatilho muito interessante, que é: dar o peixe junto com a vara de pescar (perdoe o coloquial), ou
seja, a família cadastrada que recebe o benefício poderá pedir que o benefício
cesse, se num dado momento entendê-lo desnecessário, sem que com isto perca o
cadastro; que havendo necessidade poderá
solicitá-lo novamente...
187
Nesta mesma direção tem-se atualmente o Empréstimo consignado, com recursos de
2.29 bilhões de reais ─ que pela sua inadimplência zero, permite
juros humanos e morais. Também se tem o Micro-crédito,
com recursos de 3 bilhões de reais a estimular o empreender por parte dos mais
pobres... Enfim, o que estou querendo trazer para o nosso foco de visão é que
essas medidas; de alguma forma, têm distribuído renda, ou seja; essa massa
considerável de recursos injetada na economia está comprovadamente tendo sua
função social, e se parece com o que o Judaísmo faz com o Maasser Ani (o dízimo remetido diretamente aos pobres) e o Zacat (idem) do Islamismo; não sendo
exatamente assim no catolicismo e muitíssimo e menos no caso das ditas igrejas
evangélicas; quando não se pode precisar se tem ou não função social a grande
massa de recursos arrecadados ─ tirados da economia e justamente daqueles que
mais precisam desse dinheiro para a sua subsistência ─, por meio de dízimos e
ofertas compulsórias, as das espoliativas correntes e campanhas.
188
Se nos reportarmos aos dois textos que
transcrevi do Antigo Testamento no início, ver-se-á a preocupação do nosso Deus
com os mais pobres (isto é regra bíblica), conforme Deuteronômio 14. 27-29 ─ Mas não desampararás o levita que está
dentro das tuas portas, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada
terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os
depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem
herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro de
tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para
Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem. Também
o texto de Deuteronômio 26. 12-13 ─ Quando
acabardes de separar todos dos dízimos de tua colheita do terceiro ano, que é o
ano dos dízimos, dá-los-ás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva,
para que comam dentro de tuas portas, e se fartem. E dirás perante o Senhor
teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas, e as dei ao levita, ao
estrangeiro, ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens
ordenado; não transgredi nenhum dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.
189
Como foi visto desde o princípio do
estudo; dos 10% correspondentes ao pagamento dos que administravam a
Nação-religião Israel, parte dos recursos eram destinados especificamente à
ajuda dos mais pobres (beneficência no geral) e isto estava presente em outros
textos, como o de Levítico 19. 9-10 ─ Quando fizeres a colheita da tua terra, não
segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da
tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos
caídos da tua vinha, deixá-los-ás para o pobre e para o estrangeiro. Eu sou
o Senhor teu Deus. Coisa essa, que como foi visto no estudo; tendo
cessado o ministério dos levitas; o Judaísmo e o Islamismo ─ que tem a mesma origem ─, mantiveram esse tipo de ensinamento na
direção única de ajuda aos necessitados, isto, com a severa observação de que
essa prática seja de indivíduo para indivíduo, ou seja, aquele que dá o dízimo,
no Judaísmo e no Islamismo, não o faz à Religião ─
sinagoga ou mesquita e sim àquele que precisa ou a alguma instituição, a
qual, precisam investigar a sua seriedade. Isto, de forma elementar remete para
a exata idéia de distribuir renda aos necessitados, quando, embora nós os
cristãos, também tenhamos a mesma raiz (origem) do Judaísmo; o nosso
procedimento quanto a dízimos é totalmente incorreto, até pelo fato óbvio de
não existir legalmente esse direito ─ do ponto de vista bíblico ─, o dízimo cristão. E o pior, a forma como é
recolhido, pela religião, e não diretamente ao pobre.
190
Se esquecida ou colocada de lado essa
irregularidade bíblica; restará a pergunta e conseqüente análise, comprovação
ou não; se esses recursos cumprem sua função bíblica e social estabelecida
desde o Antigo Testamento? Do que, vale à pena e é até necessário que se faça
um estudo sério sobre isto, porquanto o texto sagrado deixa bem claro para
qualquer um de nós: ser a beneficência
de competência exclusiva da prática da igreja indivíduos (os fiéis)
─ as pessoas, aquelas que doam e
fiscalizam quem recebem a doação ─, e
não no templo ou na religião, reiterando, igreja são as pessoas ( grego εκκλησία,
assembléia)... Sendo repetitivo, o ensinamento bíblico e o seu conseqüente
entendimento é que igreja (grego, εκκλησία) significa exatamente Assembléia,
grupo de pessoas, e é nesse principal entendimento que aparece (foi escrito,
grafado) no Novo Testamento; embora apareça de maneira decorrente com
entendimento semântico de instituição: como é usado hoje de forma cultural
inadequadamente prejudicial, inclusive já dicionarizaram o templo como igreja.
191
Sendo repetitivo maia uma vez, nenhuma
religião cristã ou dita cristã TEM O DIREITO BÍBLICO DE COBRAR E RECEBER
DÍZIMOS, porquanto, as igreja (como instituição) do Novo Testamento assim não
fizeram, Jesus não ensinou a fazê-lo e os apóstolos também não validaram essa
prática. Isto, pelo fato de igreja (grego, ’εκκλησία) significar exatamente
assembléia ─ grupo ou reunião de pessoas ─, que do ponto de vista bíblico,
lingüístico, etimológico e semântico, igreja nunca será ou significará templo
ou religião; por que na verdade templo é o local onde a igreja se reúne e
religião, a instituição, a qual a igreja pertence (melhor, faz parte); isto é a
informação bíblica e teológica correta, entretanto, o mais importante é o que
foi visto neste estudo: não há absolutamente nenhuma menção da prática pelos
primeiros cristãos do pagamento e recebimento de dízimos... E às igrejas (as
pessoas) cabe hoje pregar o Evangelho e cada uma dessas pessoas (que são as
igrejas no conjunto de cada grupo) na medida do possível ajudarem aos menos
favorecidos, conforme também já estabelecia o Antigo Testamento em Deuteronômio
15. 11 ─
Pois nunca deixará de haver
pobres na terra; pelo que eu te ordeno dizendo: Livremente abrirás a mão para o
teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra. Esta
ordenança lá no passado fora dirigida à pessoa, o indivíduo, e isto continuou
na era da graça, inclusive para nós hoje, como já foi visto no decorrer do
estudo... Na Igreja nascente (os primeiros cristãos) não se recolheu dízimos,
somente ofertas; e em nenhum momento foi remetida à Religião (a instituição) e
sim àqueles que necessitavam da ajuda. Tanto que, o Senhor Jesus quando diante
de um jovem que se dizia grande servo de Deus ─ identificando o seu amor às
riquezas, como os caçadores das bênçãos de hoje
─, lhe disse, conforme Mateus 19. 16-30, Marcos 10. 17-31 e Lucas 18.
21-22 ─
Replicou o homem: Tudo isto tenho
guardado desde a minha juventude. Quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te
falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um
tesouro no céu; e vem, segue-me. Com certeza os caça-níqueis de plantão
gostariam que Jesus tivesse dito: Entrega tudo o que você conseguiu com a venda
dos seus bens ao primeiro pastorzão e/ou a qualquer outro zão que aparecer ou
procure aquele que você acha mais famoso e da dita igreja mais poderosa...
Graças a Deus (o Pai), o Senhor Jesus não disse isto.
192
Você, que tem me acompanhado nesse
estudo, está? Ou não está?! Se perguntando como é que uma igreja ─ entenda como
igreja um grupo pequeno de pessoas, cuja referencial bíblico é sinagoga (120
pessoas, Atos 1. 15) ─, irá sustentar-se
sem o dízimo? E me lembrará também que os textos que citei neste estudo
referem-se somente a ofertas para os pobres. Sim, é somente isto que o Novo
Testamento ensina sobre dinheiro... Deus, o seu Filho, o Senhor Jesus e o
Espírito Santo, que habita em nós e nos capacita a agir corretamente; fez, faz
e fará sua obra acontecer ─ como prova a sua trajetória, no agir daqueles
homens simples e perseguidos pelo sistema
─ fizeram o Evangelho chegar até
nós ─, não tendo eu, você ou ninguém que cobrar dízimos para fazer esse
maravilhoso trabalho, como estou fazendo ao levar este estudo até você; que
comprou o seu PC e está doando parte de tempo de sua vida para ler este estudo.
Uma coisa que a maioria de nós não sabe é que esse grande volume de dinheiro
que compra empresas de Comunicação, constrói macro e suntuosos templos para a
honra de seus líderes; a improcedência disto hoje, explicado pelo diácono Estevão,
conforme Atos 7. 47-50 ─ Entretanto foi
Salomão quem lhe edificou uma casa (o templo, destruído duas vezes); mas o Altíssimo não habita em templos
feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é meu trono, e a terra
escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar
do meu repouso? Esta é a verdade a partir do ministério de Jesus, que antes
não era entendida; como também pagar milhões de reais por horários nobres a
essas mesmas empresas é oriundo de dízimos e ofertas compulsórias (campanhas e
correntes), não de ricos tributários e sim de crédulos sinceros de pouca renda
(escala de muitos), que torna possível arrecadar milhões de reais... Conclua
agora com toda calma que pequenas ofertas voluntárias ─ sem
lhe meter medo, sem lhe prometer bênção ou lhe iludindo com pretensa
necessidade. Fará o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, voltar a ser
poderoso em nós (em si ele sempre foi e será) na sua forma simples, que não
dependa dos líderes show men dos milhões de reais... Se alguém quer insistir em
ter como base o Antigo Testamento; que o faça na sua figuração e referencial de
princípio.
193
Paulo, nas suas epístolas usa como
referencial básico para todo seu estudo teológico um texto do profeta Habacuque
2. 4, que na carta aos hebreus é usado ostensivamente, no que o tradutor
titulou de Exortação a perseverar na fé e O que é a fé: exemplos de fé tirados do
Antigo Testamento, conforme expliquei no parágrafo de número 182; sendo a
fé o fator (elemento) principal da relação do ser humano com Deus, e é ela (a
fé) o mote ou instrumento de manipulação dos líderes caça-níqueis para enredar
os incautos e tomar dinheiro deles; entretanto é a fé a base (desculpe a
reiteração) do Evangelho do Senhor Jesus, tanto que, este estudo desde o início
caminhou por ela, como não poderia ser diferente... Daí, este estudo terminar
com o uso de Habacuque 2. 4, num agravamento feito pelo escritor aos hebreus.
194
Para os que gostam de aferir-se pelo
Antigo Testamento (a lei) considerem este texto, mas, levando em conta o que é espiritual
na obra de Deus e a provisão Dele para mantê-la; que para tal comparação e referendar,
o caso da viúva visitada por Eliseu é e será uma ótima referência para os que
são sérios (II Reis 4. 1-7), quando ali, enquanto era necessário e havia vasos
a serem enchidos do azeite para honrar dividas e compromissos, ele não faltou;
de igual modo ─ sem a arrecadação do indevido dízimo, que não
é da era graça ─, não faltará recursos
financeiros para as religiões sérias que
confiam no Senhor, dono da obra; que proverá tudo na exata medida e segundo a
regra estabelecida por Ele, quando diz por intermédio do escritor aos Hebreus
11. 6 ─
Ora, sem fé é impossível
agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11. 8 ─
Pela fé Abraão, sendo chamado,
obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu sem
saber para onde ia. E Hebreus 10. 35-38 ─ Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande
recompensa. Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes
feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo
aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá pela fé; e
se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Lembrando o grande
teólogo Paulo na sua carta aos Romanos 12. 1-2: Com toda racionalidade
cognitiva, com plena fé (que contempla perfeita cognição), humanidade e a
concomitante espiritualidade; afirmo com tristeza e decepção como não se tem
levado em conta os ensinamentos do Senhor Jesus, e lamentavelmente estão usando
o Evangelho para ganhar dinheiro.
195
Eu sendo cristão e cidadão brasileiro,
tenho toda autoridade para fazer crítica de valor sobre o universo evangélico;
todavia, não estou aqui representando nenhuma denominação evangélica e o seu
conjunto de doutrinas, todavia, por ser servo de nosso Senhor Jesus Cristo e
buscando pautar-me e remeter aos outros, como é determinado no texto sagrado,
os seus ensinamentos e dos seus apóstolos. Nisso permito-me evocar dados pós o
início da Reforma Protestante, a qual
teve o seu de fato início em wycliffe. Dito isso, convido-o (a) a entrar em
contato com a história sobre a Reforma,
quando lá encontrará a plena identificação de João Wycliffe (1320 ─ 1384), como sendo o primeiro a romper
a barreira católica romana da Bíblia do latim para o idioma inglês, quando foi
fazendo aos poucos, e à medida que ia traduzindo, copiava e distribuía essas
cópias para os seus alunos e o povo em geral; que pelos seus atos, ficou
conhecido na história como a Estrela
Matutina da Reforma... Falarei sobre isto com detalhes num livro sobre o
Tema Escatologia. Ler meu Blog, endereço
─ www.igrejamilmembros.blogspot.com .
196
Quando
faço essa referencia a historia versus
o Evangelho é pelo fato de um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo,
quarenta e dois meses, e mil duzentos e sessentas dias (cada um dos três
exatamente iguais 1260 anos), com o início da contagem em Diocleciano (284─305,
início e final de governo) e término em Calvino (1509─1564, nascimento e morte). Tempo
e profecias estas que têm seus endereços em Daniel 7. 25, Daniel 12. 7, Daniel
12. 11 e Daniel 12. 12; Apoc. 11. 2, Apoc. 11. 3, Apoc. 12. 6, Apoc. 12. 14 e
Apoc. 13. 5. Disso se conclui de maneira objetiva serem os mil duzentos e
sessenta dias (que são anos, como já conclui) começaram na tetrarquia nos dois
imperadores romanos: Diocleciano e seu co-imperador Maximiniano da Trácia e
seus dois Césares (284 a 305, anos de governo) e terminaram em João Calvino
(1509 a 1564); em quem se completam o um tempo, mais dois tempos e metade de um
tempo ou mil duzentos e sessenta dias ou ainda quarenta e dois meses, ou
exatamente mil duzentos e sessenta anos... Perdoe o ser repetitivo e me
alongar, porquanto no seguimento vou explicar o motivo.
197
Conforme os dois parágrafos imediatamente
anteriores. A partir do início da Reforma
Protestante: em todos os lugares onde o evangelho era pregado e aceito pelo
povo houve comoção, redução da imoralidade, abandono de diversos vícios e total
redução nos índices de violência, como no caso da Suíça sob o comando de
Calvino. Diferentemente no Brasil à medida que cresce (incha) o dito ramo
evangélico... A violência cresce e tem crescido em número exatamente igual ou
até maior do que o crescimento desse evangelho mercantilista. Coisa que torna
tremendamente frágil e duvidosa a qualidade desse dito crescimento do
“evangelho” no Brasil, conforme já comentei no parágrafo de número 76 sobre a
compatibilidade do atual dito crescimento do evangelho e dos índices de
violência ─ quando o desejável e normal seria (incompatibilidade) o “Evangelho”
crescer e a violência diminuir.
198
Sendo repetitivo; é criminoso do ponto
de vista da Bíblia (heresia) sacralizar dízimos e ofertas compulsórias, como se
fora algo divino e de obrigação de todo cristão, que caiba apelação coerciva,
quando diferente do que Jesus e seus apóstolos ensinaram; esses dizem precisar
de milhões de reais para evangelizar, e há alguém bem mais sutil e habilidoso dentre
eles que diz ser imperioso receber essa grande massa de recursos o mais rápido
possível, porquanto, segundo ele, o evangelho será suprimido brevemente (não
haverá mais escritos bíblicos); isto, usando a profecia de Amós (787 a. C.),
capítulo 8. 11-12 ─ Eis
que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não
fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão
errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte,
buscando a palavra do Senhor, e não a acharão. Profecia essa que já se
cumpriu no período dos 1260 anos, informado nos parágrafos 195 e 196 (acima) ─
quando, inclusive neste período ainda não havia impressão tipográfica ─, como a
maioria das profecias bíblicas já se cumpriu antes do fim da Reforma Protestante e nela... Hoje não
há como suprimir informações bíblicas em literatura (livros) e no amplo
universo da Mídia eletrônica ─ como aconteceu na Alta e Baixa Idade Média e
na Inquisição ─, hoje, isto é algo
impossível; o que torna quem diz coisa semelhante isto ter pouquíssimo
conhecimento bíblico ou estar com má intenção nessa informação nada verossímil,
porquanto profecia e seu cumprimento é coisa muito séria e não pode ser
elemento de manobra para iludir incautos,
dos quais se quer tomar dinheiro de forma ilegal apelativa.
199
Para concluir, de forma provocativa
estou repetindo o parágrafo de número 119 em azul, numa espécie de fazer
lembrar que somente a partir do final do sexto século; dízimos começaram a ser cobrados
pela Igreja Católica Romana e antes disso nenhuma religião ligada ao
cristianismo cobrou e recebeu dízimos, conforme tudo que já foi explicado no
estudo e a repetição desse parágrafo, que é o de número 119: No caso dos cristãos, mais especificamente os ditos
evangélicos, que praticam com plenitude o cobrar dízimos. Não há absolutamente
legitimação para essa pratica no Novo Testamento, sendo ela ilegal do ponto de
vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início da era cristã até o sexto
século não entregava dízimos; e no caso da Igreja Católica Romana ─ que
começou de fato no seu primeiro papa Leão I (440-461) ─; posteriormente (final do VI século)
iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa Idade
Média ─
teria a seu favor a estrutura de Estado-religião semelhante ao judaísmo
na era da lei; porquanto, como já comentei
o Vaticano é um Estado político ─, entretanto o catolicismo não age hoje
com a voracidade dos ramos ditos
evangélicos na busca desses indevidos recursos financeiros, embora busque recebê-los... Do que se conclui não ter
havido de forma alguma cobrança de dízimos por parte das igrejas apostólicas...
Para efeito de informação, Idade Média começou no ano 476 (queda do Império
Romano do Ocidente) e terminou em 1453 (queda do Império Romano do Oriente).
Quanto ao período que compreende ou marca o final da Alta e o início da Baixa
Idade Média, entendo como parâmetro as oito Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no
seu conjunto três sérios eventos: a ascensão política e bélica do Islamismo, o
Cisma Católico Romano em 1079 e o início da falência do sistema feudal.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este estudo estava prometido por mim há
algum tempo e agora o tendo colocado para leitura e avaliação; entenda que o
aqui reproduzido corresponde exatamente a um trabalho sério de estudo e pesquisa. Também entenda,
assim como este estudo, tudo o que tenho postado na Internet é fruto do estado
de consciência como indivíduo e cristão de que cabe a cada um de nós o
expressar o que entendemos e sentimos sobre aquilo que irá, de alguma forma,
influir ou ter conseqüência na nossa vida. Daí, o estar presente novamente diante
de você, leitor, em mais um estudo para sua leitura e avaliação, até porque, o
Senhor Jesus nos adverte quanto ao ter que fazer isto, conforme ─
Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre repreende os
teus discípulos. Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se esses (eu me calar)
se calarem, as pedras clamarão.
FINAL I
Esse é o meu décimo terceiro Blog, conforme expliquei no
início nas Considerações Iniciais, de
uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o
seguinte a ser postado (o décimo quarto), cujo Tema ainda não defini, se sobre
a TRINDADE ─ entendida e estudada no decorrer da história
como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro
Tema antes desses. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando
forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em
qualquer um deles; com um clique no link perfil
geral do autor (abaixo do meu
retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um
clicar no título correspondente.
FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e
dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe,
usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não tão-somente
em função do direito autoral, mas, para
que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam
divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei.
Jorge Vidal Escritor autodidata
Email egrojladiv@yahoo.com.br