sábado, 7 de julho de 2012


O DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA
COMPLEMENTO PARA TRADUÇÃO TOTAL DO ESTUDO

Blog de complementação para a tradução total (final) do texto do endereço www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com , que só foi possível até o parágrafo de número 108... Traduza para o idioma dos 108 parágrafos lidos no Blog anterior.
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Também nesse processo e maneira de fazer há três nichos de procedimento que são indevidamente usados, que são: o tratamento psicológico, aí está o erro teológico; junto a problemas familiares, também quanto ao uso de drogas; quando fazem literalmente procedimentos de psicólogos e psicanalistas,  e alguns até o são; num claro exercício ilegal da profissão, se avaliado o que realmente se pode fazer do ponto de vista evangélico. Que confesso serem esses como evangelistas, ótimos psicólogos e psicanalistas, sem o ônus do perigo de erro profissional, que é remetido para Deus no motivo da falta de fé do crédulo inocente útil. De igual modo, os casos que deveriam ser tratados por psiquiatras; são remetidos para ser tratado como possessão demoníaca, quando qualquer sintoma com essa semelhança    entendendo que existem casos verdadeiros de possessão  ─, o racional, inteligente e correto é e seria remeter primeiramente essa pessoa a um profissional da psiquiatria, o qual, não sendo o caso da pessoa problema patológico irá identificar isto, porque Deus não é Deus de confusão... Diferentemente, quando de fato existe ação diabólica, sabemos que Jesus e seus apóstolos trataram isto de maneira sumária, com um simples de Jesus, saia! Ou por parte dos apóstolos, saia em nome de Jesus! Entretanto, as entrevistas e o mandar façam isto ou aquilo ─ numa analise inteligente de conivência  ─, é perfeitamente conveniente àquele que é pai da mentira, Satanás; porquanto a ele convém esse joguinho de projetar como semideus o líder exorcista e ao mesmo tempo iludir os crédulos inocentes úteis... E se você não sabe como tratar com Satanás, primeiro tome ciência do que foi dito por Paulo em Romanos 16. 20    E o Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés... O problema quanto ao estudo e interpretação do que se lê é muito sério    tanto que se identificou e se classificou desde a terceira década do século passado (século XIX) o entendimento do chamado analfabetismo funcional  ─; ou seja, muitos de nós temos lido vários livros e outras obras escritas, e não as temos entendido. Quando isto acontece com relação à Bíblia, a coisa se torna muito séria, porquanto envolve fé e assertivas ou não quanto a procedimentos e a nossa relação com Deus; que no caso de Satanás, essa fala de Paulo e o que se tem concluído sobre ela, num determinado cântico, inclusive de melodia péssima, isto é até repugnante; e o lamentável e perigoso é interpretar e entender que nós podemos pisar em Satanás, quando o texto diz de forma objetiva: Deus esmagará, tempo futuro, que ainda não aconteceu, passados quase dois mil anos, conforme Apocalipse 20. 7-15, do qual transcrevo somente o versículo 10    e o Diabo (Satanás), que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos... Quanto ao adjetivo breve (com a idéia de curto tempo), isto foi exatamente o desejo e expectativa de Paulo, aqui externada. Após a explicação acima é fácil concluir não haver a mínima possibilidade de seres humanos brincarem com Satanás, como parece fazer os exorcistas de plantão na Mídia, conforme Zacarias 3. 2  Mas o anjo do Senhor disse a Satanás: Que o Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor que escolheu Jerusalém, te repreenda! Também na carta II Pedro 2. 11    enquanto que os anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciaram contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. E na epístola de Judas 1. 9    Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda. Esses três textos concluem de maneira decisiva não ser correto e possível o teatrinho que se faz nessas ditas igrejas de líderes exorcistas, cujo objetivo é validar o líder caça-níquel, com a plena concordância do pai da mentira, Satanás.

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Do exposto, se pode explicar com toda racionalidade e de forma didática o quanto é perigoso e ao mesmo tempo ridículo, quando, nós inocentes úteis, nos deixamos levar por essas coisas... Se entendermos que só por Deus, o Pai e em nome do Senhor Jesus se poderá contrapor a Satanás, então se faz necessário analisar o que de fato acontece ou está acontecendo no momento que alguém num pretenso trabalho de libertação (exorcismo); quando aquele liderzão se dirige ao dito possesso de demônio, lhe cobrando entrevista, mandando que faça isso ou aquilo (até coisas degradantes para o indivíduo) e depois, como que num passe de mágica, ele ordena que o demônio vá embora. Você e eu, nós os crédulos inocentes úteis; fatalmente ficaremos amedrontados e sem a mínima condição de dizer não a esse líder, ainda que ele nos peça para lhe dar até a nossa roupa do corpo, coisa essa que está acontecendo, quando pessoas retiram poupança, transferem propriedade de veículos e de imóveis para dar às igrejas desses.

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Se eu estou denunciando isto é pelo elementar fato de que realmente está acontecendo e pessoas têm reclamado sobre esse tipo de coisa; preciso também explicar como é possível que esses líderes possam dar a entender que têm e tenham esse poder; se há centenas, senão milhares de relatos, nos quais, parece que Satanás foi vencido. Isto acontece, pelo fato de que quem não tem discernimento espiritual e até pouca inteligência acaba sendo enredado por Satanás; que segundo Paulo, se transfigura em anjo luz (II Coríntios 11.13-15) quando lhe interessa e é ardilosamente sagaz para interagir em eventos cuja conclusão seja contrária ao que a Bíblia ensina e  conseqüente vontade de Deus. Não sei se você esta se lembrando de eventos na TV, em algumas igrejas e em algumas casas, nas quais, o líder ungidão (indevido esse status de unção, como vou explicar em trabalho posterior) brinca com a pessoa possessa, inclusive numa ação ilegal e constrangedora para a pessoa possessa; manda que o demônio faça isso ou aquilo buscando mostrar-se “o poderoso servo de Deus” que faz quer do Diabo e seus demônios, também quando mandam usar isso ou aquilo para que o demônio saia, inclusive, ungindo-o com óleo. Expedientes estes que não têm nenhum poder sobre os demônios, entretanto, na maioria dos casos que se conhece são os que aparentemente dão certo; porque a maioria das pessoas acredita nisto e os espertos da fé sabem que Satanás adora este tipo de cumplicidade. Porquanto o espertalhão fica importante como quem manda no Diabo, e o Diabo fica com a implantação da nova heresia, que acontece também no caso do dito servo de Deus inocente útil, aquele que crê naquilo que viu e entendeu errado e não no ensinado pela Bíblia.

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Caminhando um pouco mais neste ponto específico, como você já deve ter visto em filmes e nos noticiários na Mídia. Há muitos casos de lutadores que são subornados para perder a luta, ou seja, recebem dinheiro daquele com quem vai lutar, para que perca e aquele seu opositor seja vencedor... É algo mais ou menos parecido com isto que acontece com essa espécie de show; nos quais, os exorcistas espertos de plantão    que sabem não ser  Deus  mesquinho, e de outro modo    plenamente misericordioso, que só pedirá contas do que fazemos de errado no juízo final  ; sabem da possibilidade de  fazer este tipo de teatro para  conseguir fama e dinheiro, também agrada a Satanás, fazer com esses uma espécie de cumplicidade (como comparei com o suborno aos lutadores); em que, com total facilidade, zombaria e prepotência. Esses ditos ungidãos mandam e desmandam (em cumplicidade) nos demônios que estão perturbando alguma pessoa; entretanto, sendo isto muito comum acontecer aqui e ali, deveria servir de alerta para querer saber o que está por traz de tanta facilidade, porquanto, quando, de fato um verdadeiro servo de Deus expulsa um demônio, sempre o demônio resiste por algum tempo. Justamente na tentativa de desacreditar a pessoa séria que o está expulsando, diferentemente, quando se trata de alguém que usa métodos não bíblicos, ensina heresias aos fiéis e não é espiritual. Como que, numa espécie de passe de mágica, em cumplicidade o Diabo e seus demônios agem de forma dócil e obediente para dar credibilidade a este, pois lhe interessa o ter como aliado na divulgação de heresias. Devemos ter todo o cuidado com estes pretensos grandes líderes que zombam do Diabo (quando os anjos de Deus assim não fazem e ensinam não fazê-lo, senão veja Zacarias 3. 1-2 e Judas 1. 8-13), derrubam pessoas com paletós, com sopro e usam uma série de coisas que já enumerei, inclusive, óleo para unção. O expulsar demônios é pura e simplesmente dizer: Saia em nome de Jesus! O que passar disto deve ser encarado com todas as restrições e exame, segundo o discernimento que Deus nos dá para tal. 

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Você que esta lendo este estudo, considere tudo o que eu disse até agora, estude a Bíblia, seja mais contestador como os crentes de Beréia (Atos 17. 11), não permitindo que lhe enfiem por goela abaixo toda e qualquer heresia, e comece a lembrar, não para temer o poder de Satanás e dos demônios, porquanto eles estarão sempre subordinados ao poder maior de Deus como estão todos os anjos e nós que somos humanos.  Ninguém se deixe levar por informações erradas de pregoeiros da feitiçaria e até de religiões que se dizem evangélicas; entretanto difundem todas essas coisas sem base bíblica, e se dizem preparados para lutar contra elas, sendo esta causa de Satanás cada vez mais dispor de meios para agir dentro desse mar de heresias.

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         A partir daí (nos casos de cura); eu ou você, inocentes úteis, que estamos ouvindo e/ou vendo este show-man da fé; usamos a fé que o Espírito Santo de Deus nos deu, e é por este motivo que a cura acontece, senão veja-se o que Jesus disse sobre isto: A TUA FÉ TE SALVOU! Do que podemos listar alguns casos que mostram isto no Novo Testamento: A cura da mulher que tinha fluxo de sangue: Mateus 9. 22, Marcos 5. 34, Lucas 8. 48. O cego de Jericó: Marcos 10. 52, Lucas 18. 42. A mulher Cananéia: Mateus 15. 28, Marcos 7. 29.  O cego de Betesda: Marcos 22-26, nos quais relatos é claro por parte de Jesus a construção da conseqüência psicossomática naquele homem cego.  

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         Aproveito aqui, para com todo respeito, reconhecimento e apreço agradecer de todo meu coração, como ser humano e cidadão, aos chamados Doutores do riso pelo brilhante e importante trabalho, feito aqui e ali na visão de solidariedade humana; quando agregam a essa nobre coisa o conhecimento científico, no uso do que chamo, me permitam: Terapia psicossomática concomitante do riso; trabalho esse que tem se mostrado reconhecidamente eficaz do ponto de vista médico, e maravilhoso na sua conseqüência lúdica, que gera felicidade e vontade de viver nos pacientes, inclusive, evolução eficaz no tratamento, e quiçá, a cura... No que, esses homens e mulheres ─ seres humanos como cada um nós  ─, dedicam tempo de suas vidas e habilidades cognitivas a gerar esta coisa, digo novamente, maravilhosa, que já se constitui em patrimônio doado por todos eles (as) a nós seres humanos.    

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         Dando seguimento ao que parei para a justa menção e agradecimento aos Doutores do Riso. Lamentavelmente o que acontece é que eu e você e muitas outras pessoas endeusamos esses que usurpam a glória de Deus, nos tornando seus fiéis contribuintes, inclusive, financiando a construção de templos da religião que estes são uma espécie de Papas    coisa essa que dizemos repudiar com relação à Igreja Católica... Ainda, há milagres que valeria a pena serem investigados e alguns testemunhos também; e com relação a isto bom seria que você que está lendo este estudo procurasse nas locadoras ou na internet o filme que aborda de maneira satírica este assunto; estrelado pelo grande ator de comédias, Stive Martin, o filme, Leap of Faith (título original e inglês), similar (copiado) ao livro de James Randi, The Faith Herlers, cujo título em português (do filme) é: FÉ DEMAIS NÃO CHEIRA BEM, que satiriza essa prática abjeta muito usada nos Estados Unidos que veio para o Brasil com força total... E quanto ao orar pela cura ou solução de algum problema, melhor é seguir o conselho do Senhor Jesus; pelo simples fato de não ser necessário    não estou dizendo que alguém sério não possa orar por outra pessoa. Porquanto, sendo repetitivo, eu, você ou outra pessoa podemos orar por nós mesmos ou por outrem; no entanto, tenho a preocupação de lhe informar não haver, de maneira nenhuma, a necessária dependência do dito iluminado servo de Deus, arrecadador de dízimos e ofertas, e sim, preferencialmente, como Jesus ensinou, conforme Mateus 6. 5-6 E, quando orardes não sejais como os hipócritas que gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que te vê em secreto, te recompensará.                

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         Com relação a verdadeiros milagres e curas feitas pela ação de alguém e não pela fé daquele que recebeu a ação de cura, como são os ditos milagres que estão acontecendo: o da fé da pessoa que o recebeu (a tua fé te salvou) que na maioria das vezes, é pura e exatamente cura psicossomática (ação mental sobre o corpo). As de fato curas milagrosas, que têm componentes e características que estão além do que é tecnicamente possível, os anticristos não fazem ─ não estranhe eu chamar os líderes donos de religiões de anticristos, e quanto a isto leia o Blog, endereço: www.igrejamilmembros.blogspot.com ─, porquanto essa prerrogativa de curas e milagres é muito difícil, e só aconteceu basicamente no início da Igreja. Que foram curas como a ressurreição de Lázaro ─  ressucitação seria o termo correto, porquanto Lázaro morreu posteriormente e aguarda como todos nós a definitiva ressurreição... Vou listar quatro curas (milagres) com essa característica, as quais aconteceram por ação do próprio Jesus, e atentem para o fato, que quando de forma diferente, os realmente milagres nunca acontecerão por mérito de quem quer que seja, senão em nome do Senhor Jesus. As três citações são: A Ressurreição de Lázaro (já citada acima), conforme João 11. 1-44. A ressurreição do filho da viúva de Naim, Lucas 7. 11-17. A cura do homem que tinha a mão mirrada (atrofiada), Mateus 12. 9-13, Marcos 3. 1-5 e Lucas 6. 6-11. O paralítico do tanque de Betesda João 5. 1-16... Essas ações milagrosas por parte do Senhor Jesus aqui identificadas foram plenamente de milagre, como as chamou o grande cientista Sir. Isaac Newton (1643 ─ 1727) quanto à física, matemática, astronomia e as ciências no geral e até lhe devemos respeito quanto à Teologia, que disse ser milagre aquilo que quebra as leis da Natureza, ou seja, não poderiam acontecer por efeito psicossomático para serem usadas por espertos de plantão.  

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         Precisamos, todos nós, da maturidade de fé, grande conhecimento e sensibilidade dos expedientes humanos existentes aqui e ali para nos enredar como inocentes úteis; inclusive, quando argumentam que devemos simplesmente crer na obrigatoriedade dos pagamentos dos dízimos, sistemáticas ofertas e as ofertas votivas parceladas (as campanhas e correntes)    que insistem deva ser entendido como entrega no pressuposto de ser devido  ─;  na tranqüila irresponsabilidade nossa de não nos cabe questionar o uso ou apropriação desses recursos por nós pagos. Quando, diferentemente, o judaísmo entende que depois da destruição do templo, e Jerusalém ter sido arrasada no ano setenta, tendo com isto, feito findar o ministério levítico, o que restou do dízimo foi o princípio de ajuda aos pobres, muito bem praticado pelo Judaísmo no Maasser Ani (os 10% para caridade), que é de responsabilidade do indivíduo, inclusive, no acompanhar o sério uso dos recursos doados. Assim age hoje o Judaísmo, de quem é oriunda a prática do dízimo; e o Islamismo pratica o seu Zacat (2,5% para caridade) que tem a mesma raiz do dízimo do Judaísmo; ambos entendem que o dízimo ser devido aos levitas e ao templo é passado desde o ano 70; e o mantêm tão-somente com princípio de ajuda aos pobres, na qual, aquele que entrega  ─ não à sinagoga ou a mesquita e sim diretamente à pessoa necessitada ou à instituição beneficente, buscando responsavelmente investigar o correto uso desses recursos; coisa essa, obrigação sine qua non daquele que fez e faz a oferta. Têm-se também neste rol as Testemunhas de Jeová que não cobram dízimos dos fiéis para nenhum objetivo.   

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         No caso dos cristãos, mais especificamente os ditos evangélicos, que praticam com plenitude voraz o cobrar dízimos. Não há absolutamente legitimação para essa pratica no Novo Testamento, sendo ela ilegal do ponto de vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início da era cristã até o sexto século não entregava dízimos; e no caso da Igreja Católica Romana   que começou de fato no seu primeiro Papa Leão I (440-461)  ─; posteriormente (final do VI século) iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa Idade Média   teria a seu favor a estrutura de Estado-religião semelhante ao Judaísmo na era da lei; porquanto, como já comentei  o Vaticano é um Estado político ─, entretanto o Catolicismo não age hoje com a  voracidade dos ramos ditos evangélicos na busca desses indevidos recursos financeiros, embora busque  recebê-los... Do que se conclui não ter havido de forma alguma cobrança de dízimos por parte das igrejas apostólicas... Para efeito de informação, Idade Média começou no ano 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e terminou em 1453 (queda do Império Romano do Oriente). O período que compreende ou marca o final da Alta e início da Baixa Idade Média, entendo como parâmetro as oito Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu conjunto três sérios eventos: a ascensão política do Islamismo, o Cisma Católico em 1079 e o início da falência do sistema feudal.        

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         Quando digo que não há no Novo Testamento legitimação para cobrança de dízimos; isto, esta afirmação, decorre ou está baseada em não haver em nenhum relato, quer dos evangelhos, o livro de Atos dos apóstolos (que é uma espécie de rastreamento histórico das igrejas), nas epístolas de Pedro, Tiago, Judas. Paulo, no caso da epístola aos hebreus (que entendo ser dele escrevendo de forma anônima), como escritor, de forma objetiva discorre sobre o sacerdócio judaico, a findada função sacerdotal dos levitas e o conseqüente fim do dízimo    por isto não fora praticado pelas igrejas do período do Novo Testamento.

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         O escritor aos hebreus do que escreveu dedicou ─ daquilo que foi posteriormente identificado como capítulo, isto em toda Bíblia. A divisão em capítulos, por Hugo de Sancto-Caro em 1250, e em versículos por Robert Stevens em 1445 (A. T.) e em 1551 (N. T), do capítulo cinco ao capítulo nove, quando minuciosamente estudou à luz do Antigo Testamento: O ministério exercido pelos levitas, o sacerdócio judaico, o seu final no ministério do Senhor Jesus e o total final do antigo pacto (lei), no qual estava também o dízimo, que nunca existiu como prática cristã e não mais existe para nenhuma igreja que se diga cristã e com seriedade pratique os ensinamentos de Jesus e dos seus apóstolos.


O DÍZIMO E O NOVO TESTAMENTO

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         No Novo Testamento há a inserção da palavra dízimo dez (10) vezes, e a partir disto os arrecadadores de plantão buscam legitimar esta forma de arrecadação indevida... Vejamos agora com carinho e realidade o que de fato a Bíblia (o Novo Testamento) ensina e registrou na sua parte histórica a sua prática ou não pelos primeiros cristãos, como consta nos relatos do evangelho de Mateus e no evangelho de Lucas.

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         Estando eu falando agora especificamente dos evangelhos, e de um modo mais ainda específico dos chamados sinópticos; é bom também falar de particularidades que envolvem o estudo desses escritos para se ter maiores informações sobre como a Bíblia foi escrita, como é entendida por essa ou aquela corrente teológica e o quanto é necessário sabermos essas coisas para que se cumpra em nós o que disse Jesus: E conhecereis a verdade e a verdade vos (também, nos) libertará.   

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         O conteúdo dos três evangelhos sinópticos (vistos pelo mesmo ângulo) é exatamente a narrativa da história embrionária Igreja nascente, que passou a existir de fato pós o evento relatado em Atos capítulo 2 (já disse isto); pela instrumentalidade dos apóstolos, que a partir daquele momento tiveram a plena ação do Espírito Santo capacitando-os para aquele importante e árduo trabalho, conforme os relatos desse mesmo livro dos Atos dos apóstolos. Que tendo sido escritos no período da Igreja já existente; alguns relatos foram influenciados por fatos posteriores, como comentarei de maneira objetiva em livro sobre Escatologia a ser editado... Aguardo de quem queira fazê-lo ─  veja partes dele no Blog, endereço    www.igrejamilmembros.blogspot.com .     
   
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No prefácio do evangelho de Lucas, precisamente no primeiro versículo, ele nos dá a idéia da feitura do seu evangelho ser concomitante a outros relatos, e não cópia de algo existente... No segundo versículo, ele fala da sua preocupação em ter como fonte de informação, pessoas que foram testemunhas oculares dos fatos; que a priori afasta a possibilidade de cópia, pois Marcos não foi testemunha ocular. Também por que o Evangelho de Lucas, e de igual modo o de Mateus, começam as suas narrativas efetivamente desde o princípio da era cristã: Mateus, com nascimento de Jesus, e Lucas, com nascimento de João Batista; também não teria nenhum sentido, que Mateus sendo testemunha ocular de todos os fatos, pois fora um dos discípulos, fosse recorrer a João Marcos que foi informado por outro, possivelmente Pedro; também há a impossibilidade de Lucas ter copiado a Marcos, pois isto o tornaria verdadeiro e mentiroso ao mesmo tempo, porquanto Lucas diz que a sua base de informação foi a de pessoas que testemunharam os acontecimentos, do versículo dois e a parte “a” do versículo três, no qual ele diz ter feito isto de maneira cuidadosa, que contrasta com o Evangelho de Marcos, que é resumido em relação aos outros; todavia, se o absurdo copiar é verdade!? O prefácio do evangelista Dr. Lucas é mentiroso, pois ele não informa que copiou e diferentemente diz que a sua fonte foi a de testemunhas oculares; nas quais decididamente não poderia estar João Marcos, que não viu os acontecimentos.

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            Junte a essas ponderações anteriores, mais esses dados: Dos eventos, parábolas, ou efetivos registros nos três sinópticos, que nas nossas Bíblias recebem subtítulos do editor. Tem-se no de Lucas, que não foi testemunha ocular, entretanto fez um trabalho sério de pesquisa, conforme seu prefácio. Identificando 124 subtítulos ou assuntos... No de Mateus, que foi testemunha ocular, lemos 117 assuntos, e para Marcos, que não foi testemunha ocular como Lucas, tem-se 77 subtítulos ou assuntos.   

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         Nos 124 subtítulos de Lucas, nos 117 de Mateus e nos 77 de Marcos; encontramos nesses três sinópticos, dentre esses assuntos; 53 deles são comuns aos três Evangelhos. Numa comparação entre Lucas e Mateus vemos que eles registraram 64 assuntos presentes nos relatos de um e do outro. A comparação entre Lucas e Marcos está contemplada na comparação entre os três, quando identifiquei 53 registros que aparecem nos três. Agora comparando Mateus e Marcos, tem-se 13 assuntos, que são comuns aos dois, e que Lucas não registrou.

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         Nos 53 assuntos comuns aos registros dos três, tem-se o da parábola do semeador, que está em Mateus 13. 10-17, Marcos 4. 10-12 e Lucas 8.  9-10, na qual, o Senhor Jesus explica o significado dessa parábola e ressalta o valor, a pertinência e o efetivo objetivo delas (as parábolas)... Mateus entendeu essa ponderação do Senhor Jesus, pois registrou 14 parábolas no seu Evangelho... Lucas levou a “sério mesmo” essa ponderação, pois no seu evangelho, tem-se o registro de 24 parábolas no total, sendo 21 tituladas, e mais três outras sem estar titulada pelo editor das Bíblias: Lucas 6. 39-44, Lucas 7. 40-43, Lucas 14. 31-33; já no Evangelho de Marcos, tem-se o registro de somente 5 parábolas... Creio que todas essas ponderações e as anteriores inviabilizam o especular na direção daquilo que denominaram Proto-Marcos (o primeiro que serviu de base para os outros), algo nada racional como foi visto até agora.   

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         Vale a pena ainda analisar e ponderar  numa visão da possível construção paulatina dos escritos sinópticos... Quando João Marcos, que possivelmente foi informado dos fatos por Pedro, como o ponderado acima por mim    também considerando a dificuldade de escrever certo volume a partir de uma única fonte que não possa a todo tempo estar disponível para informar, é fácil concluir, pelo menos duas condicionantes importantes: Pedro foi informando a Marcos aos poucos, à medida que lhe era possível com ele estar   também, certamente Marcos, por Pedro lhe ser muito próximo e uma importante liderança, acabou tornando-se a sua principal fonte de informação ─; daí pode-se perfeitamente entender a pequena extensão do evangelho de Marcos.

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         Mateus, tendo sido testemunha ocular dos fatos, lhe foi possível ir paulatina e ordenadamente construindo um evangelho extenso, se comparado com o de Marcos, o qual é mais detalhado e resgata (mostra) o  perfil judaizante do seu autor... Que não foi maior ainda, talvez por ter Mateus somente levado em conta o que a sua memória lhe permitiu reproduzir    no que, uma evidência para isso seria o fato de que embora Lucas não tenha sido testemunha ocular dos fatos  ─, conseguiu escrever nos 24 capítulos do seu relato, mais do que Mateus, pois se tem na reprodução do seu evangelho 1.151 versículos (para 124 assuntos), contra os 1.067 versículos dos 28 capítulos do Mateus (para 117 assuntos), também em função da maior habilidade dialética da escrita de Lucas.

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         Lucas, como mostrado anteriormente    da maneira relatada no prefácio do seu evangelho, conforme Lucas 1. 1-4 ─; informou que a feitura desse seu escrito, teve o pressuposto de primeiramente informar-se quanto aos fatos e as suas ordenações cronológicas; o que infere que ele inicialmente reuniu as informações conseguidas aqui e ali    buscando juntamente identificar, se as testemunhas foram oculares ou não e se verídica as suas informações (Lucas 1. 3)  ─; posteriormente, já com as informações em seu poder, construiu, com ordenação cronológica a narrativa dos fatos que lhe foram relatados por várias fontes oculares, 124 assuntos, contra 117 de Mateus e 77 de João Marcos... Se você está também cuidadosamente avaliando essa minha segunda construção exegética plenamente alicerçada na hermenêutica, certamente constatará que é sem a menor procedência a idéia de Lucas ter copiado a Marcos... Verá de igual modo, que tendo Lucas construído a sua versão a partir de informações de muitas pessoas; isso lhe permitiu uma construção mais isenta, até de si mesmo e melhor explicada, facilitando isso a sua interpretação, como podemos constatar nas três versões da chamada A grande tribulação (titulação indevida), que misturam juízo final com a destruição de Jerusalém, grafadas em Mateus 24. 15-28, Marcos 13. 14-23 e Lucas 21. 20-24, que no texto do Evangelho de Lucas é claro se tratar da destruição de Jerusalém no ano 70. Isso mostra o pouco que entendemos sobre muitas coisas com relação à Bíblia, e não só não entender; mas também, o sermos mal informados, e o pior e lamentável, é que essa má informação tem se tornado senso comum e usado para nos alienar, não para sermos conduzidos biblicamente como ovelhas (metáfora bíblica) e sim como “gado marcado” da crítica poética da canção do nosso Zé Ramalho.
 
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            Vou aproveitar essa questão Proto-Marcos  ─ o entender que Mateus e Lucas copiaram a Marcos  ─, para colocar dentro desse trabalho, a sinalização de um futuro estudo sobre o chamado discipulado, que tem vínculo direto com a insinuada relação de dependência entre os sinópticos... Rudolf Bultmann, na sua Teologia do Novo Testamento, que poderia ser chamada de Evolução Cultural, Sociológica e Religiosa do Judaísmo ou ainda o Judaísmo e a sua Helenização Cristã; caminha na direção do Proto-Marcos, e quando vai desenvolvendo citações do Evangelho de Marcos e identifica textos iguais nos outros dois sinópticos ele as denomina de paralelas. É inconseqüente estranhar isto, pois o ideal e perfeitamente normal seria todas as falas de Jesus estarem grafadas nos sinópticos exatamente iguais (por serem o mesmo fato), no entanto cada evangelista registrou as falas na sua própria forma de reproduzir fatos... Tem-se também nesse volumoso trabalho uma acintosa presença de textos grafados em grego, num volume excessivo e sem a devida pertinência quanto ao elucidar problemas de etimologia e muito menos gramatical junto à tradução, no qual, aparecem também textos em hebraico sem a mesma pertinência... Maiores informações sobre a improcedência do chamado Proto-Marcos será feito em estudo futuro.  

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         Quem estuda com seriedade a Bíblia num todo, encontra desconexões cronológicas em muitas narrativas, entretanto, não creio que isto afete a legitimidade da informação. No entanto, vale à pena e é até necessário que se comente que não há como estabelecer o momento de determinada fala do Senhor Jesus em relação a outros eventos, como a intitulada: Jesus censura os fariseus e os escribas, registrada em Lucas 11. 37-54, isto com registro anterior ao da Entrada triunfal em Jerusalém  como parâmetro cronológico para identificar a seqüência de relato dos evangelistas, sem usar datas  ─; no relato de Lucas do capítulo 19, quando a mesma fala foi registrada em Mateus 23. 1-39, informada por Mateus após o registro da Entrada triunfal em Jerusalém... Sendo que, a informação colocada aqui por mim tem o objetivo de também chamar sua atenção para a maneira simplista e mal-intencionada como esses líderes lhe explicam coisas relativas à Bíblia; quando não há, absolutamente, o interesse de lhe ensinar com segurança o que realmente o texto sagrado ensina; não lhe motivando a estudá-lo, e sim, pura e simplesmente querem aliená-lo como crédulo tributário.    

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         A primeira menção, que tem dois textos para a mesma fala de Jesus, conforme Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54, das quais cito o versículo 42    Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e da hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem deixar aquelas. O total desse texto contempla seis ais, entre elas o dízimo, para um conjunto de treze severas repreensões, como se poderá constatar na leitura de ambos os textos.

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         Para esta mesma fala de Jesus do texto acima do evangelho de Lucas, a registrada por Mateus 23. 1-39 (o outro relato), que cito o versículo 23    Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro, e do cuminho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. No total desse texto há oito ais, num conjunto de trinta severas repreensões    afinal, este texto é da mesma fala de Jesus registrada em Lucas 11. 37-54  ─, e no seu todo de trinta repreensões; nos oito ais está à parte relativa ao dízimo, a transcrita acima, que nos dois casos não é o mais importante.

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         A segunda legitimação buscada para o dízimo no Novo Testamento é parte de uma censura indireta (por meio de uma parábola) Lucas 18.  9-14, A parábola do fariseu e do publicano, do qual, transcrevo o versículo 12   Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho... Quando disse censura indireta; isto se prendeu ao fato de Jesus ter usado uma parábola, aqui nesta espécie de alerta; para chamar a atenção para a falta de humildade, que no caso fariseu, a sua maneira de ser como indivíduo reunia práticas, as quais, a juízo deles (a maioria) os credenciavam como melhores que outras pessoas em tudo o que faziam; que a de dar o dízimo era muito importante, inclusive, dar o dízimo e ser circuncidado era aquilo que mais movia a jactância exacerbada de vários fariseus.

137
         O que se conclui dos textos até agora analisados    os quais são os que aqueles interessados nos dízimos dos fiéis usam na busca de legitimá-lo como devido às igrejas  ─, é que de maneira clara, de fato, essas falas do Senhor Jesus não tiveram de forma alguma, como motivo dar a estender a sua legitimação cristã ou transferir o dízimo da era da lei para a era da graça...

138
         Primeiro, pelo fato da citação do dízimo nessas duas falas teve exatamente o motivo e objetivo de ensinar que não se deveria fazer nada do que os fariseus apregoavam como bom e correto e/ou, em algumas questões, as julgasse pelo procedimento deles, e quanto ao dízimo, o não condená-lo estava exatamente em função do ensinado e comentado nessas falas ter como universo o judaísmo e não a igreja (Jesus referiu-se a lideranças do Judaísmo), que só passou a existir após o evento narrado em Atos capítulo 2, o início do ministério do Espírito Santo... Também, se você observar (ler, estudar) os três textos das duas falas de Jesus, verá que na primeira (Lucas 11. 37-54) há seis ais (repreensões mais graves)    advertência quanto à punição  ─, em treze graves repreensões e na segunda (Mateus 23. 1-39) as repreensões são trinta, dentro das quais há oito ais, como o comentado anteriormente por mim.

139
         Segunda, a questão de dar ênfase às coisas visíveis foi sempre presente na visão religiosa dos fariseus e demais líderes do Judaísmo: identificada de maneira contundente nos dois textos, chamado pelo tradutor de: Jesus censura os fariseus e os escribas (sendo eu repetitivo), com duas inserções para a mesma fala de Jesus (Mateus 23. 1-39 e Lucas 11. 37-54), tendo esses dois textos 30 severas críticas do Senhor Jesus quanto a essa deformação de caráter de mostrar-se importante por meio de ações visíveis... De igual modo, a fala de Jesus, produzida por meio de uma parábola: A parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18. 9-14) teve por objetivo mostrar a importância da humildade e ao mesmo tempo censurar de maneira severa a presunção e jactância que muitas das vezes tem-se enrustida ou flagrante, atrás de uma pretensa santidade, como era a daquele fariseu da parábola.  

140
         Se você que está lendo esse estudo tem realmente interesse em entender plenamente essa e outras questões bíblicas; teve a devida preocupação de ler detidamente os três textos que aparecem a palavra dízimo: o da parábola A parábola do fariseu e do publicano, tem, como as duas da censura, um elenco de procedimentos visíveis dos quais os fariseus se vangloriavam de praticar, conforme já comentei... Nas duas censuras, que correspondem à mesma fala de Jesus, no registro de cada um dos evangelistas: Mateus e Lucas, que têm na sua soma total (considerando os dois, os de Lucas estão dentro do de Mateus) de trinta repreensões, nas quais aparecem oito ais ─ estou sendo repetitivo intencionalmente ─, nos quais, fica também evidente que no texto, nem para o Judaísmo Jesus estava legitimando a prática do dízimo. Senão considerem outras evidencias da preocupação dos fariseus com aquilo que era visível e palpável...

141
         No episódio da cura do Paralítico de Cafarnaum têm-se mais uma evidência dessa visão do satisfazer-se ou ter como referencia tão-somente coisas visíveis por parte dos fariseus, conforme Mateus 9. 26, Marcos 2. 5-11 e Lucas 5. 20-24    E vendo-lhes a fé, disse ele: Homem, são-te perdoados os teus pecados. Então os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Jesus, porém percebendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Por que arrazoais nos vossos corações? Qual é mais fácil? Dizer: são-te perdoados teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te toma o teu leito e vai para tua casa. Na realidade qualquer um de nós, também, possivelmente faria conjetura semelhante, entretanto, no caso dos escribas e fariseus havia essa exacerbada valorização do que é visível e palpável; e no caso da fé daqueles que introduziram o paralítico pelo telhado, a fé deles não teve a ver com o perdão e a cura daquele homem, conforme ponderei em outros casos identificando-os como fruto de efeito psicossomático.

142
         Ainda, com relação a gostar de coisas visíveis e que poderia gerar prestígio, como se achar o importante servo de Deus por entregar o dízimo, que é parte do elenco das trinta repreensões contidas nos dois textos: o de Mateus 22. 1-39 e Lucas 11. 37-54; há outra dessas coisas censuráveis, por exemplo, na série de assuntos do sermão do monte, quando Jesus falou sobre a forma correta de jejuar    que foi um dos itens da jactância do fariseu na parábola sobre ele e o publicano. Como todo o conjunto de falas do sermão do monte, foi proferido como ensinamento para uma multidão, e não de forma específica como a fala de censura diretamente aos fariseus; daí, o ensinamento sobre o jejum está no ensinar o procedimento correto àqueles ali reunidos e a menção de quem jejua de maneira errada foi identificado como hipócritas (como Jesus chamava os fariseus), conforme Mateus 6. 16-18 ─  Quando jejuares, não vos mostreis entristecidos como os hipócritas, porque eles desfiguram seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estas jejuando, mas teu Pai, que está em secreto, te recompensará... Creio ter ficado objetivamente claro que a inserção do dízimo nos textos chamados de Jesus censura os escribas e fariseus, com o número de trinta repreensões, e no meio delas a inserção do dízimo, não teve a função de legitimá-lo.  

143
         Nesta parte final de estudo sobre os três textos dos evangelhos; agora objetivando não haver ─ como já informado anteriormente  ─, registros no livro de Atos dos apóstolos e nas epístolas da prática do dízimo; pelo contrário o registro de coletas de ofertas com fins de ajuda a irmãos pobres, que justamente essas coletas identificavam não haver a prática do dízimo (como vou explicar com detalhes); e a veemente contraposição do escritor aos hebreus sobre esse assunto dízimo. Sendo que isto se apóia numa anterior informação de Jesus, já descredenciando qualquer prática do período da lei continuar com vigência na era da graça, quando disse, conforme Mateus 11. 13 e Lucas 16. 16    As leis e os profetas vigoraram até João, desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele.   

144
         Até agora somente trabalhei três textos do Novo Testamento, nos quais aparece a palavra dízimo, quando busquei explicar a finalidade objetiva daqueles textos na relação com a era da graça; quando no detalhamento fiz algumas outras considerações buscando dar ao estudo maior abrangência. E ainda vou caminhar um pouco mais, justamente pelo fato de; às vezes, por ignorância e muitas outras pelo puro e simples interesse de beneficiar-se de interpretações erradas daquilo que é bíblico; como no caso dos líderes religiosos daquela época, quando na sua vangloria de dar o dízimo estariam advogando em causa própria, porquanto, os sacerdotes e os escribas eram levitas (descendentes de Levi), também os saduceus (zadoquitas), descendentes do sacerdote Zodaque (Ezequiel 40. 46) eram, de igual modo, levitas; restando agora identificar os fariseus, que também tinham nos seus quadros descendentes dos levitas e/ou de outras tribos...       

145
         Os fariseus eram uma facção séria de conhecedores da lei e tradições do povo judeu... Fariseu significa: separatista, aqueles que buscavam seguir seriamente (bom se fosse verdade) as leis de Deus, tanto que, Deus quando precisou de alguém para ensinar objetivamente sobre o novo pacto. O Evangelho de Cristo; chamou exatamente um fariseu, Saulo da cidade de Tarso, o nosso Paulo, conforme Gálatas 1. 1, 15-116 e Filipenses 3. 4-6... A hermenêutica (do grego, interpretar) é coisa de muita importante; quem não considerá-la terá tremenda dificuldade em entender corretamente tudo o que se escreve, desde literatura, leis (Direito) até o texto bíblico (Teologia); como explico no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA DA OBRA DOM CASMURRO, endereço    www.verdadedomcasmurro.blospot.com ... Considerando o que é bíblico e a hermenêutica; o que se tem com relação à posição defensiva e de vangloria dos saduceus, sacerdotes, escribas e fariseus    os três primeiros, todos descendestes de Levi  ─, e no caso dos fariseus, nem todos, porquanto, Paulo, fariseu por excelência era da tribo de Benjamim, conforme Filipenses 3. 5    circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus, quanto à lei fui fariseu, como possivelmente outros de outras tribos, inclusive de Levi.  

146
         A avaliação hermenêutica da motivação de defesa e vangloria dos líderes quanto ao dízimo remete exatamente para interesse próprio, no que, o pagar dízimo, decorreria de primeiramente recebê-lo como levita, conforme Levítico 23. 18-26 (transcrito no parágrafo de número 21), dízimo dos dízimos, ou seja, para um levita pagar o dízimo, necessário se fazia recebê-lo antes como levita, ou ainda, no entender deles era preciso fazer propaganda da fonte de renda em causa própria, com toda certeza assim fizeram; daí, a reprovação do Senhor Jesus registrada por Mateus e Lucas nos textos transcritos nos parágrafos desse estudo, números: 134, 135 e 136... Do exposto, não se reocupe com o tamanho que este estudo possa atingir em função das ainda sete inserções da palavra dízimo, que estão dentro de pormenorizado estudo do escritor aos hebreus: do capítulo sete ao de número dez, porquanto o estudo já caminha para a conclusão. Daí, em atenção à promessa feita por mim (comentada no início), anteriormente de maneira objetiva no Blog sobre cânticos, endereço    www.canticosdelouvoreadoracao.blogspot.com , do qual, transcrevo parte sobre o ministério levítico, para marcar a conclusão deste estudo e a sinalização e evidência da promessa feita anteriormente sendo cumprida... Início da transcrição:
 
147
Começarei a fechar esse pequeno comentário com um lembrete que julgo muito importante e oportuno; que é dizer serem levitas (como a maioria indevidamente quer entender) no sentido figurado do Antigo Testamento; não somente aqueles (homens e mulheres) grandes instrumentistas, grandes cantores (gogós de ouro) e grandes compositores, mas, de igual modo o pastor, mesmo não sendo instrumentista ou cantor e também todos os que prestam serviços no templo. Outro lembrete importantíssimo ─ sendo os brilhantes instrumentistas, as vozes maravilhosas e importantes, e os grandes compositores (considerando que esses dons foram dados por Deus) se lembre de que aquele ou aquela, que vocês não têm dado muito valor; seriam também como vocês, ditos levitas (nessa comparação do que já é passada e não existe mais); porquanto pode acontecer que Deus atente mais para este ou aquele levita que faz a limpeza do templo com todo amor, carinho e respeito a Ele, o Pai e ao seu Filho o Senhor Jesus, do que para qualquer outro dito levita seja: pastorzão, cantorzão, instrumentistazão, professorzão, compositorzão ou qualquer outro “zão”. Ainda, considerando o meu aparente aceitar da continuação do chamado ministérios levítico ─ o fiz tão-somente como elemento didático de comparação  ─, entenda, e isto é plenamente bíblico: o não existir desde o início da Igreja de Cristo, esse dito ministério levítico (que vou explicar com todos os detalhes num trabalho futuro sobre dízimos). Não há nenhum levita no sentido da função na era da graça (leia-se na Igreja), inclusive, não é citada nem dada nenhuma ênfase à tribo de Levi no Novo Testamento, ou pior, o escritor aos hebreus diz de maneira pormenorizada que esse ministério era passado. Que não aparece em nenhuma das igrejas do Novo Testamento e é explicado pelo escritor aos hebreus (reiterando, Hebreus capítulo 7) não mais existir todas essas coisas (inclusive ditas promessas específicas dos judeus) pós o início do ministério do Senhor Jesus, traz do Antigo Testamento somente os princípios morais e espirituais, como o Senhor Jesus e os apóstolos informam de maneira clara no Novo Testamento. Tem muitos espertalhões ávidos de projeção pessoal e ganhar dinheiro com o Evangelho, que aí estão se intitulando muitas coisas e prometendo muitas outras na conta de Deus e de forma concomitante se apresentando com tesoureiros de Deus para receber o dinheiro que Ele não os mandou pedir, como Jesus diz em Mateus 10.8    Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí. Fim da transcrição.
148
         Não existe hoje no cristianismo nenhum cantor ou cantora levita    gospel, ou seja: o que se queira rotular, que seja até levita; contudo, até pode ser  ─, na premissa deste ou aquela, sendo judeus, e serem também descendentes da tribo de Levi, entretanto, de maneira nenhuma levitas no sentido Teológico-cristão... O serão tão-somente do ponto de vista histórico e genealógico    se forem judeus da tribo de Levi. Senão, pergunte sobre isto ao escritor aos hebreus, como também sobre o dízimo.  

149
         Dos dez (10) textos que aparece a palavra dízimo ─ três deles nos evangelhos, já foram detalhadamente mostrados por mim  ─, há ainda sete outros na carta do escritor aos hebreus, os quais ou sobre os quais, eu e você que está lendo este estudo caminharemos de maneira tranqüila, séria e detalhada... Isto será feito basicamente nos capítulos sete, oito, nove e dez, e os textos da palavra dízimo que consta da carta aos hebreus são: Hebreus 7. 2  ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7.  9 (duas vezes); mas, antes identifiquemos alguns relatos de ofertas que foram praticadas na era da graça, que é o modelo de contribuição usado pelos crentes no período do Novo Testamento.

150
         Podemos entender e chamar de ofertas o que foi praticado no pequeno período que denomino de Escatologia de Pedro, entretanto, com as devidas restrições que lhe cabem e procurarei demonstrar, conforme Atos 4. 32-37 e Atos 5. 1-16    Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, por que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formastes este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Para isto, usarei parte de livro que pretendo sobre escatologia, quanto ao qual faço pequena menção no Blog, endereço   www.igrejamilmembros.blogspot.com . Início da transcrição:

151
     O que chamo de Escatologia de Pedro foi o entendimento inicial dos discípulos (excetuando Paulo, ainda não convertido), a partir da interpretação errada que tiveram de uma pergunta de Pedro feita a Jesus, no último momento em que o Senhor esteve junto com eles antes da sua ascensão aos céus...

152
     Jesus, no seu terceiro contato com parte dos discípulos (sete deles), junto ao mar de Tiberíades, na parte final desse relato; aconteceram ou foram registradas três interações (se falou sobre eles) de Jesus para com Pedro e uma para João, que são muito importantes para entendermos as deformações ou maneiras de fazer inicialmente o que Jesus ensinara totalmente diferente do mandado pelo Senhor, vejamos primeiro os relatos de João 21. 18-19    Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levarão para onde não queres.  Ora, isso ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isso, ordenou-lhe: Segue-me. Sobre essa profecia quanto à forma da sua morte (por velhice), Pedro a registrou no início da sua segunda carta, conforme II Pedro 1. 13-15    Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, assim como nosso Senhor Jesus Cristo mo revelou. Mas procurarei diligentemente que também em toda ocasião depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas. Sendo que esses relatos invalidam de maneira contundente a fantasia da tradição católica romana da estada de Pedro em Roma e a sua crucificação de cabeça para baixo ─  inclusive, aceita até por Seminários evangélicos. Antes dessa informação de Jesus a Pedro sobre a maneira como morreria, Jesus fizera-lhe três perguntas (João 21. 15-17) e concluiu pedindo que ele apascentasse as suas ovelhas; que se refere a Pedro ser constituído como o principal apóstolo aos judeus e não o primeiro Papa, pois o primeiro Papa que a história conheceu foi Leão I (440-461)... Se a história não viu Pedro em Roma, se Jesus disse-lhe que ele morreria de velhice, é óbvio que ele não morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma, porquanto não há prova histórica quanto a isto... São tristes, pouco compreensíveis e tremendamente lamentáveis as contradições que atribuíram ao grande apóstolo Pedro no decorrer da história. Ainda, como você deve estar lembrando o que falei sobre os três evangelhos chamados sinópticos, escritos esses basicamente de narrativas de acontecimentos (história), diferentemente, o evangelho de João reúne história e avaliação teológica por parte dele. Que no caso do relato registrado do versículo 15 ao 24 (João 21. 15-24), nos quais, do versículo 15 ao de número 18, o registro é histórico, e no versículo 19, João, na realidade informa um fato posterior     porquanto o seu evangelho foi escrito por volta do ano 90, quando possivelmente Pedro havia morrido de velhice, pois João era bem mais jovem que ele na época do ministério de Jesus... O que disse de forma objetiva, e isto é o exercício da importante e necessária Hermenêutica, senão constate que os versículos 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22, referem-se ou é narrativa histórica daquele momento antes da ascensão de Jesus, no entanto, os versículos 19, 23, 24 e 25 é a avaliação dele dos relatos passados no momento em que João estava escrevendo o seu evangelho... Concluir isto é estudo cuidadoso e sério de escritos antigos, textos de Leis e inclusive Literatura, conforme comentei no parágrafo de número 145.                      

153
     Creio que essas duas informações de João sobre o diálogo de Pedro com o Senhor Jesus, tiveram toda a pertinência de estarem contidas nos escritos de João; e quero evoluir na terceira, que se funde ou foi parte importante da vida de João, de Pedro, dos demais apóstolos e de todos os primeiros crentes (que eram todos judeus), que participaram infantilmente daquela espécie comunismo cristão, identificado por mim como Escatologia de Pedro. Prossigamos com a leitura de João 21. 20-23    (...) Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor e deste, que será?  Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quero que fique até que eu venha, que tens tu com isso?  Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 

154
     Se esquecermos do vício da maioria de nós, de buscarmos na Bíblia textos isolados para fundamentar pretensiosos estudos que alardeamos estar fazendo, e com seriedade considerarmos de forma diligente os textos com os seus contextos e principalmente a sua seqüência histórica; ver-se-á ou se vislumbrará para nós encadeamentos e conseqüências de fatos anteriormente narrados, que obviamente se interligam; e o mais interessante    que não podem de maneira nenhuma ser desconsiderados  ─, que é o seguimento de um determinado assunto ter o seu continuar ou conseqüência, na narrativa feita por intermédio de outro escritor servo de Deus, sendo isso feito às vezes de forma intencional (que via de regra identifiquei), e de forma natural como é mais comum, pois acontecimentos, história de um determinado universo de pessoas, estão necessariamente sempre interligados... Entender isso, saber identificar e trabalhar essas informações consiste na mais elementar; entretanto, também a maior e melhor vertente da habilidade e arte dessa coisa que é a importante e necessária hermenêutica.

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     Após essa pequena avaliação sobre hermenêutica e a necessidade de um estudo mais aprofundado do que chamaria de causa e efeito; creio que podemos agora melhor entender o que denominei de Escatologia de Pedro, referendando-a a explicar o momento atípico ─ que denominei de Comunismo cristão ─, inconseqüente e totalmente improcedente como referencial a ser seguido, conforme o ide e pregai estabelecidos por Jesus.

156
     No texto acima do Evangelho de João 21. 20-23 foi informado por ele, que a partir do Jesus ter dito: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isto?”, se criou a idéia ou os discípulos e os crentes entenderam e divulgavam que ele, João, não morreria ou mais precisamente, Jesus voltaria estando ele ainda vivo... A conseqüência disso foi, primeiro (esquecendo o ide de Jesus), a pregação ostensivamente judaica de Pedro com o componente fortemente escatológico ─ sendo esse o ponto maravilhoso, se fosse aos dias de hoje; o que aconteceu naquele momento atípico e cheio de deformações  ─; quando os atos dos discípulos, naquela fase inicial da Igreja foram norteados por esse entendimento da volta iminente do Senhor Jesus, pois ele voltaria antes de João morrer de velhice.

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         Se Deus agisse e estendesse o seu poder somente àqueles que entendem e fazem tudo exatamente como ele determinou; fatalmente não haveria a atuação do seu Santo Espírito em muitos eventos bíblicos... Estou dizendo isso porque é muito claro nos relatos de Atos capítulo dois ao capítulo seis mostrarem uma atitude de ignorar o ide de Jesus por parte dos discípulos; tendo estacionado ali em Jerusalém para aguardar essa pretensa volta iminente de Jesus analisada a partir do possível tempo de vida de João; que gerou o momento, que denomino de Comunismo cristão, quando coisa parecida com essa só veio acontecer em 1525 na Alemanha e pelo mesmo erro. Apud: Harald Schaly, Breve História da Escatologia cristã.  2a  edição; JUERP  RJ 1992    Havia um pastor em Lochal e Holandorf, no condado de Wittenberg, cujo nome era Stiefel, que também, por conta própria, calculou e chegou à conclusão que o dilúvio estava para chegar e que o mundo desapareceria. (...). Com isto pararam todas as  atividades. O arado enferrujava no campo, o gado pastava no roçado e ninguém se importava e com razão. Que adiantava acumular posses, quando o mundo estava para se acabar? Os mendigos que passavam por Lochal experimentavam tempos áureos, pois dali saiam rindo por terem enchido seus bolsos e sacolas. Os visinhos que não acreditavam nas profecias nas profecias de Stiefel também se loclupretavam, quando negociavam e regateavam com os moradores dessas duas vilas. Os porões e dispensa se esvaziavam, e as mesas fumegavam com gostosos, de manhã, ao meio dia e à noite... Pois tudo devia ser consumido, porque quem levaria chouriços, presentes, etc., para a eternidade? (...). Às 7 horas, nuvens escuras vinham em direção do rio Elba, e, às 8, começou a chuviscar, mas ficou nisso, o vento levou as nuvens, o sol saiu. Ai, então ergueram a cabeça, um após outro, olhando para o pastor, que se havia levantado e esfregou as mãos e as ergueu para o céu. Esperai, queridos filhos    disse ele com voz rouca  ─ talvez eu tenha me enganado quanto à hora. Mas já eram 9 horas, depois 10, e as nuvens não mais voltaram e o sol era de escaldar... Creio bastar por aqui; voltemos ao início da era cristã... Que aquele posicionamento atípico lá no início da Igreja, acabou até prejudicando ao casal Ananias e Safira, que em função do gerado naquele momento mentiram ao Espírito Santo; quando informaram estar praticando a comunhão total de bens, conforme Atos 4. 34. 35    Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam  o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.  Esse procedimento totalmente atípico, porquanto não era fruto de um verdadeiro sentimento de generosidade, como a maioria dos que estudam a Bíblia superficialmente entendem; e também é usado indevidamente para fundamentar a infeliz estratégia de igrejas em células, foi sim, o entender, que sendo a volta de Jesus iminente (se fosse verdade), seria até falta de inteligência reter propriedades e riquezas que não poderiam levar; não houve ali naquela época e momento histórico, nenhuma ação de desprendimento e grandeza cristã e sim, a pseudo simples avaliação racional, que até acabou complicando a visão gananciosa de Ananias e Safira, e também não tem nada, absolutamente nada, a ver com dízimos    bi-dízimos, tri-dízimos com toalhas sujas de suor ou outras coisas que eles inventam para tomar dinheiro dos incautos  ─, e nem com ofertas, o que nortearia a vida da igreja em relação aos pobres e àqueles em dificuldades, que diferentemente devem receber e não doar.

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     A conseqüência desastrosa desse proceder foi a de não haver o início e consolidar do evangelismo exigido por Jesus na grande comissão, cuja ordem era e é: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”; que eles não praticaram inicialmente, se tornando necessário Deus agir de alguma forma para acabar com aquela deformação, e o Evangelho começar a ser pregado a todas as pessoas... Coisa que só aconteceu com a perseguição de Saulo, conforme os relatos de Atos 8. 1 e 4    Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria. (...) No entanto os que foram dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. A partir daí o ide do Senhor Jesus começou a ser cumprido ou praticado como Ele ordenara, e aquela espécie de Comunismo cristão acabou e não mais aconteceu no período apostólico. Também se faz necessário, um melhor estudo por parte dos estrategistas dos Gs 12 e das células em constatar que não há a mínima possibilidade de associar essa dita estratégia àquele momento atípico que denominei de Comunismo cristão, pois o que se praticou ali, naquele momento, foi exatamente o contrário do que Jesus ordenara a eles que fizessem... Para que você tenha uma melhor idéia sobre isso leia com a máxima atenção os oito primeiros capítulos do livro de Atos e dê uma atenção especial aos discursos de Pedro, nos quais se vê claramente a atitude racista (pregando unicamente na direção dos judeus, Atos 2. 14 e 3. 12), com uma mensagem plenamente escatológica iminente, que começou a perder o seu componente racista na visão que o mandou pregar a Cornélio (Atos 10. 9-23) e a idéia da volta iminente de Jesus ele foi perdendo aos poucos, principalmente em função da zombaria    que mereceram, porquanto o Senhor Jesus mandou que se pregasse o Evangelho e não a sua volta iminente. Que motivou a mea-culpa (justificar-se) que consta em II Pedro 3. 3-14 e, inclusive, nos versículos 15 e 16, de alguma forma confessar ter feito confusão com que Paulo dissera, conforme comentei no subtítulo O pretenso anticristo... A questão substantiva quanto àquele momento de Atos dos apóstolos, a da Alemanha em 1525, a previsão dos Adventistas para o ano de 1844 e das Testemunhas de Jeová para o ano de 1914; foram exatamente inconseqüentes, justamente pelo fato do Senhor Jesus e posteriormente os apóstolos terem informado de maneira grave que a sua vinda seria à semelhança do agir do ladrão (que não avisa), como aparece de Mateus a Apocalipse 16. 15  Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes para que não ande nu, e se veja a sua nudez. Advertência grave quanto à conduta, justamente por não haver data para a volta de Jesus, e sim profecias que se cumpririam antes    a maioria delas (as principais) já se cumpriram.               

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     O outro ponto importante e lamentável foi o fato de que esse Comunismo cristão capitaneado por Pedro, mesmo depois da perseguição de Saulo, e a sua posterior conversão; a idéia da volta iminente de Jesus ainda persistiu por muito tempo, chegando inclusive ao final do primeiro século quando da feitura das cartas de João como comentei no subtítulo O pretenso anticristo (que João ironizou)... Leia novamente esse subtítulo e estude este livro sem preconceito, mas com atenção e carinho, como deve ser a maneira de fazer daqueles que amam a verdade.   

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     Ainda, com relação ao estudo e entendimento bíblico; no decorrer da história esse tem sido o grande problema de todos que nos julgamos aptos e entendedores das coisas de Deus (nós, hoje e aqueles nossos irmãos do passado), daí, vejo até como profética, a pergunta de Filipe ao eunuco etíope (Atos 8. 30), que tem, de alguma forma, cabido a cada um de nós no decorrer da história, pois, temos tido, grande dificuldade no trato com o texto sagrado e a sua correta interpretação, como a dificuldade de Pedro, dos demais apóstolos e crentes do passado. Erro esse, elementar; que está presente em muito do se escreve e se verbaliza sobre a Bíblia; quando ignora liminarmente que os evangelhos e o livro de Atos dos apóstolos são essencialmente relatos históricos    excetuando o evangelho de João, que também mescla narrativa histórica com avaliação plenamente teológica de Jesus e também e de João, como no caso do final do capítulo 21, que agora estamos estudando. No final desse capítulo, até o versículo dezoito, tem-se o seguimento da narrativa histórica; no entanto, a parte “a” do versículo dezenove é uma constatação contemporânea ao momento que João estava escrevendo o seu evangelho (final do primeiro século); indicando o cumprimento da profecia sobre a morte de Pedro por velhice    que certamente já havia acontecido, conforme o informado aqui  ─, e segue a narrativa até o versículo vinte e três, e nos dois versículos finais as suas considerações contemporâneas.    

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     O que procurei informar e motivar aqui é o fato passado e presente que precisa ser mudado, que consiste no vício de fazer doutrina e até estabelecer princípios a partir de qualquer coisa que esteja escrita na Bíblia; que por leviana inferência legitimaria, de fato dizer: isso é bíblico! Esse vício, lamentavelmente    e esse é o grande perigo  ─, tem por traz de si a motivação da nossa idéia pronta que busca desesperadamente base bíblica; e quando encontra alguma coisa parecida, não interessa avaliar melhor com toda ferramenta hermenêutica. Se o encontrado encaixar plenamente no que nós pretendemos... Do exposto, concluo, que ainda que o Senhor Jesus tivesse explicado plenamente: o “se eu quero que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?” Creio que pouco adiantaria, porque eles (os nossos irmãos do passado) queriam crer na volta iminente do Senhor Jesus. Daí, para melhor ficar entendido o que ali aconteceu e o que significou do ponto de vista plenamente escatológico, vou construir e reproduzir uma paráfrase do que o Senhor disse exatamente a Pedro.

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     Se, está sendo lembrado, como insisti no fato de que a regra básica para fundamentar escatologia tem que prioritariamente vir do livro de Daniel e o de Apocalipse. Que ao dizer isso, você pode concluir ser esse o principal motivo pelo qual o Senhor Jesus foi todo o tempo evasivo e aleatório quanto a fatos escatológicos, sendo preciso (objetivo, claro) tão-somente quando falou sobre a destruição de Jerusalém, que, esse evento, sim, era iminente, como de fato aconteceu. Leia a paráfrase que  faço de João 21. 22    Se eu quero que ele fique até que eu venha. Que tens tu com isso, Pedro? Faça, e continue sem interrupção a obra de evangelismo que vou ordenar a ti e a todos que me receberem como salvador (Atos 1. 8), e não esqueças também o que já te ordenei: apascenta as minhas ovelhas, os judeus. Não te intrometas, Pedro; com essas questões de ordem escatológica, porque, como já te disse: que tens tu com isso, se é a João que darei a incumbência de falar sobre esse assunto? Sei que tu és cabeça dura, como todos seres humanos, e vais se intrometer nisso    que vai fazer com que  tenhas que se explicar quando escrever tua segunda epístola (II Pedro capítulo 3) a judeus dispersos, como também o será a eles, a  primeira  ─, nisso, sei que tu aprenderás; que embora eu tenha vindo para salvar toda humanidade, o teu ensinamento prioritário é aos judeus. Paulo também vai ajudar nessa questão escatologia, mas a complicação já estará feita por ti, e Paulo, de igual modo, se complicará, como tu dirás nessa tua carta com relação a ele: serem essas coisas difíceis de entender (II Pedro 3 15-16)... Não, a questão é que vós não consultastes a Daniel, aquele que estabelece todo o roteiro dos eventos escatológicos; e o pior, não esperastes João escrever sobre esse assunto, que veio a ser a complementação do que escreveu Daniel. Fique tranqüilo Pedro, tu também Paulo e os demais; porque como vou dizer a Paulo (II Coríntios 12. 8),  a minha graça basta a todos vos e como o próprio Paulo dirá  (Romanos 8. 28): mesmo que tenha havido em vós a precipitação bem intencionada, quanto a tudo isto, esse vosso agir, como tudo, contribuiu, contribui e continuará contribuindo para o bem daqueles que me amam.

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     Seria algo semelhante a isso que Jesus poderia ter dito a Pedro e aqueles irmãos que difundiram que João não morreria antes dele, Jesus, voltar para arrebatar a Igreja (João 21. 22-23). Sim! É mais ou menos isso que significaria, aqueles irmãos terem divulgado que João não morreria. Se não foi isso que você concluiu ao ler essa informação nesse texto do evangelho de João; procure ficar mais atento a tudo o que lê na Bíblia, senão as suas conclusões estarão longe do que o texto sagrado realmente diz e ensina. Fim da transcrição... A transcrição concluída agora sobre o que chamei de Escatologia de Pedro foi para que você naturalmente concluir que tudo acontecido no período apostólico ─ o trabalhado no estudo  ─, não houve a prática e não se considerou absolutamente a questão dízimo. 

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     Segue agora os textos que evidenciam não ter havido no período do início da Igreja qualquer tipo de coleta ou arrecadação que não fosse de ofertas voluntárias    o dízimo fora devido e compulsório na era da lei, e na era da graça ele não apareceu  ─; inclusive a partir do motivo da ajuda a irmãos pobres que passavam dificuldades. E o primeiro relato bíblico a seguir se deu dentro do período do ano 41 ao ano 54 (tempo de Cláudio como imperador), quando foi envenenado por Agripina, mãe de Nero, que assumiu o poder após isto neste mesmo ano (54)... Vale à pena, rapidamente informar a chegada de Cláudio ao poder, porquanto sua ascensão marcou o início da intervenção militar ─  que foi de profecia citada por mim no final desse parágrafo ─, na secessão do poder em Roma: O assassinato de Calígula (antecessor de Cláudio), que embora não tenha gerado revolta pela sua perda, fez abrir uma séria crise sucessória, pois não havia nada determinado quanto a quem o sucederia... Enquanto o Senado estava avaliando essa questão; a guarda pretoriana (segurança pessoal dos imperadores, que até então era de Calígula) resolveu proclamar Cláudio como imperador; que considerando a característica pessoal simplória de Cláudio, para o Senado convinha alguém assim; no entanto entende-se que esse perfil de assim agir era uma espécie de auto-proteção de sua vida num possível conflito sucessório; também, esse evento marcou o efetivo início do “golpe militar” na sucessão do poder no Império romano; como aconteceu novamente na sucessão de Nero ─ o ano dos quatro imperadores  ─, que alguns historiadores identificam somente três, no entanto foram de fato quatro como vou mostrar. Com a morte de Nero em 9 de julho de 68, assumiu o poder o general Galba, governando até 15 de janeiro de 69; sendo sucedido pelo general Oton (que só se manteve no poder por três meses), que quando vencido pelo general Vitélio, se suicidou em 17 de abril de 69. Vitélio assumiu o poder e posteriormente foi morto (degolado) pelos partidários do general Vespasiano  em 19 de dezembro de 69 ─ aquele que invadiu a Judéia no ano 66 a mando de Nero  ─, que tendo deixado o seu filho Tito no cerco à Jerusalém, invadida e destruída no ano 70; assumiu o poder em Roma em 20 de dezembro de 69, quando foi aclamado como imperador, portanto quatro imperadores no ano 69: Galba, Oton, Vitélio e Vespasiano. Posteriormente, a partir da morte do imperador Domiciano em 96 ─ 2º filho de Vespasiano; aquele que exilou o apóstolo João em Patmos  ─, começou o que a história chamou de Pax Romana, que se consolidou de Nerva (96-98) até o imperador filósofo Marco Aurélio (161-180), sucedido pelo obsceno e injusto Cômodo (180-192), morto pela guarda pretoriana; aquele do ótimo filme, O Gladiador (o herói general Maximus do filme não pertence à história); a partir de quem findou a Pax Romana, quando império foi leiloado pela guarda pretoriana, e comprado pelo Senador Dídio Juliano, em seguida deposto pelo general Septímio Severo (193 - 211), em quem iniciou a conturbada ascensão dessa dinastia, e em Alexandre Severo (222 - 235) findou no ano 235 a dinastia dos Severos; quando até a ascensão de Diocleciano e seu co-imperador no ano 284, se cumpriu o período profetizado em Apocalipse 6. 4    o cavalo vermelho, que mostra a luta constante pelo poder em Roma (se matassem uns aos outros), e no versículo 5 o cavalo preto (inflação, um queniz de trigo por denário), que corresponde ao período de Diocleciano e Maximiano da Trácia (284-305). Isto e muito mais está plenamente detalhado no livro sobre escatologia que pretendo editar... Identificado o período cronológico em Cláudio e eventos subseqüentes prossigamos com o texto de Atos dos apóstolos.       

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Lê-se em Atos 11. 27-29  Naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia: e levantou-se um deles, de nome Ágabo dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. E os discípulos resolveram mandar, cada um conforme suas posses, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. Os textos que serão analisados no seguimento, como este, estão todos ligados basicamente às dificuldades pelas quais passaram os irmãos (os cristãos) da igreja da Judéia, que foram socorridos por meio de coleta de ofertas pelos seus iguais de diversas outras igrejas.     

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     Gálatas 2. 9-10   e quando reconheceram a graça que me fora dada, Tiago, Cefas, e João, que pareciam ser as colunas, deram a mim e a Barnabé as destras de comunhão, para que nós fossemos aos gentios, e eles à circuncisão. Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; que procurei fazer com diligência. Este texto de carta de Paulo aos gálatas (no ano 53) é a síntese do que se decidiu sobre ajuda aos pobres, que ele naquela carta estava informando o que acontecera em Jerusalém quando daquela conclusão e preocupação a ser levada em conta. Coisa essa, que se fora normal e praticada a entrega do dízimo pelos primeiros cristãos, aqui, neste relato de Paulo, ele informaria que a decisão dos apóstolos teria sido a de, conforme está em Deuteronômio 14. 27-29 e Deuteronômio 26. 12-13, que retivessem parte dos dízimos arrecadados para doar aos necessitados. Após essas primeiras considerações sobre ofertas e a sua destinação creio já estar perfeitamente claro não ter havido de modo nenhum a presença do dízimo nas igrejas do Novo Testamento. Senão, você que está lendo esse estudo, procure lembrar ou reveja os dois textos do Antigo Testamento transcritos no início, os endereços citados acima.

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     A citação feita por Paulo, em carta ditada por ele e escrita por Tércio no ano 57 (em Corinto), antes de Paulo ir a Roma, conforme Romanos 15. 25-27    Mas agora vou para Jerusalém a ministrar aos santos.  Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto, pois, lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais. Esta carta, que Paulo ditou quando estava com os irmãos de Corinto; e nesta carta entre vários assuntos, Paulo, também faz aos irmãos de Roma apelo no sentido deles, como os de Antioquia, da Galácia, da Macedônia, da Acaia e os de Corinto, de igual modo recolhessem ofertas de ajuda aos irmãos da Judéia.  

168
II Coríntios 8. 1-4 ─ Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus que foi dada às igrejas da Macedônia; como, em muita prova de tribulação, a abundância do seu gozo e de sua profunda pobreza abundaram em riquezas da sua generosidade. Porque, dou-lhe testemunho de que, segundo as suas posses, deram voluntariamente; pedindo-nos encarecidamente, o privilégio de participarem desse serviço a favor dos santos. Aqui nesta segunda carta de Paulo aos de Corinto, escrita no ano 56 ─ primeira inserção do assunto ajuda aos pobres da Judéia  ─, ele inicialmente aproveitou para elogiar os membros das igrejas da Macedônia, os quais, segundo Paulo, reivindicaram como privilégio, participarem das ofertas aos irmãos pobres da Judéia, diferentemente, hoje, certas igrejas buscam tomar de maneira voraz o dinheiro do pobre.  Coisa que se assemelha ao que diz Aristóteles na obra Ética a Nicômado, diz  Ao contrário, a avareza é ao mesmo tempo incurável (pois considera-se que a idade e as diversas manifestações da decrepitude tornam os homens avarentos) e mais inerente à natureza humana do que a prodigalidade, pois a maioria dos homens gosta mais de ganhar dinheiro do que dá-lo, e esse vício é também muito difundido e se apresenta sob diversas formas, visto que parece haver muitas espécies de avareza. (...)    um enfrenta os maiores perigos por amor ao produto do roubo, enquanto o outro tira dinheiro dos seus amigos, aos quais, devia, em vez disso, dar. Os dois, então, como de bom grado auferem ganhos de fontes erradas, são sórdidos amantes do ganho, portanto todas essas formas de tomar incluem-se no vício da avareza...

169
II Coríntios 9. 1-2    Pois, quanto à ministração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Este texto do capítulo nove na sua totalidade é usado para fundamentar o chamam de Lei da semeadura e colheita; quando na realidade este texto refere-se simples e exatamente a ofertas a favor dos pobres da Judéia, os quais foram tremendamente prejudicados pela fome havida naquela região por algum tempo, conforme o registro anterior de Atos 11. 27-29... Agora vejamos como este texto da carta aos coríntios é usado de maneira indevida:     

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O ensinamento didático e comparativo, como o Senhor Jesus fez usando as parábolas, que ainda continuam ─ por esse motivo assim ensinou, pelo componente atemporal delas ─, com toda sua força didática e de facilitação para o melhor entendimento. A partir dessa lógica ponderação; estou, convidando você, leitor, a uma determinada comparação  que, inclusive, vez outra, nos remete para “nos colocarmos no lugar do outro”  para à partir daí entendermos com mais facilidade o ensinamento proposto aqui por mim numa elementar comparação.

171
O que estou de forma objetiva dizendo e propondo, é que façamos num dado momento a comparação entre nós e Deus, ou nos coloquemos no lugar Dele; quando pressupomos e exercemos a atitude de considerá-Lo, pura e simplesmente como nosso ente provedor de todas as coisas. Na comparação de nos colocarmos na condição de sermos nós Deus, isto fatalmente nos remeterá para a conclusão de que sendo eu (ou você) Deus    aquele que tem o pleno direito sobre todos os seres humanos, os anjos fiéis e também os demônios. Será que eu (ou você) aceitaria a leviana abordagem de ditos crentes fiéis que dizem gostar deste Deus (que seria eu ou você) porque entendem prioritariamente que Ele, este Deus    que seríamos nós  , é por deveras bonzinho e pronto a atendê-los imediatamente em todos os seus desejos? Será que você (ou eu) veria com bons olhos e aceitaria esse tipo de relacionamento  entenda, que guardada as devidas proporções. Deus (é fácil e elementar concluir assim) certamente não gosta nem aceita esse tipo de relacionamento, que nesta comparação concluímos e temos ciência que não, porquanto nos colocamos no lugar Dele (eu, nem você aceitaríamos); que no Antigo Testamento nos manda amá-Lo (primeiro mandamento) de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento, sem nenhuma contrapartida. E no Novo Testamento nos manda, conforme Mateus 6. 33   “buscar o seu reino em primeiro lugar”. A essa comparação agregue a conjectura do como você (ou eu) se sentiria, do ponto de vista do amor e da adoração, quando aqueles seus ditos adoradores; têm o pressuposto de amá-lo e adorá-lo porque receberão riquezas e toda sorte de bênçãos? Receberia você (ou eu), com alegria e compreenderia pessoas com esse perfil de intenções utilitaristas mesquinhas?

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O sério e ruim, quanto a esse posicionamento (da maioria dos ditos crentes de hoje) é que temos na Mídia e em vários lugares (igrejas) ensinamentos que colidem com essa didática conclusão. E um dado interessante quanto a isto é que nesta mesma Mídia (na TV) há um importante pastor, dentre outros    que é uma espécie de Ícone evangélico, o qual respeito tão-somente pela sua capacidade intelectual   que é aceito e seguido por crentes de inúmeras denominações ; quando nesta sua projeção e aceitação, tem feito em suas  mensagens o uso indevido do que ele chama de “lei da semeadura e colheita” (como muitos outros também fazem); quando, de fato, essa pretensa lei existiria exatamente    não em II Coríntios capítulo nove    que vou explicar com detalhes o porquê não  , e sim, no que fazemos em toda a nossa vida.

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Tanto que, por todo o tempo do seu ministério o Senhor Jesus associou a colheita ao juízo final, conforme Mateus 9. 35-37, Mateus 13. 1-30 (as parábolas do semeador e do joio, que também estão presentes em Marcos e Lucas), Marcos 4. 26-29 (a parábola da semente), João 4. 31-42 (A ceifa e os ceifeiros), em Apocalipse 14. 14-20 (A ceifa e vindima). E se devemos valorar essa idéia de semeadura e colheita como lei, isto, esta lei, teria os contornos que Jesus lhe dera, e os apóstolos seguiram, inclusive Paulo, que a sistematizou exatamente nesta outra direção, que não é a deste pastor, quando escreveu aos Gálatas 6. 7-8  Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não em  II Coríntios capítulo nove (já citado acima), no qual, semeadura e colheita têm uma aplicação didática diferente; que nos remete para ele próprio que ostensivamente diz na Mídia: “texto fora do contexto é pretexto para heresia”; porque o texto em apreço é  sobre beneficência ou ajuda aos irmãos pobres, senão vejamos: No versículo nove (deste capítulo nove de II Coríntios), Paulo faz referência ou transcreve parte do Salmo 112. 9 (II Coríntios 9. 9)    Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o seu poder será exaltado em honra. No seguimento também Isaías 55. 10    Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e fazem produzir e brotar, para que dê semente ao semeador, e pão ao que come. Na mesma idéia e entendimento de Paulo sobre o assunto, Oséias 10. 12  Semeai para vós em justiça, colhei segundo a misericórdia; lavrai o campo alqueivado (fértil, preservado em toda a sua força, para o novo plantio); porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós.  Ainda, o Salmo 126. 5-6 (que foi escrito na volta do povo judeu do cativeiro babilônico)    Os que semeiam com lágrimas, com cânticos de jubilo cegarão. Aquele que vai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de jubilo trazendo consigo os molhos.  É essa a visão e entendimento de Paulo sobre semeadura e colheita; que não tem nada a ver com o vou dar uma boa quantia em dinheiro a este “procurador de Deus” (semeadura) e tenho certeza que Deus vai me dar muitas vezes mais do que eu dei (colheita), quando isso é na verdade a dita Doutrina da Prosperidade; sofismada de forma leviana ou mais precisamente uma espécie de cassino, onde jogamos uma determinada quantia na expectativa de ganhar muito mais, entretanto, seja bereano (aquele que quer realmente saber a verdade, Atos 17. 11-12) e constate que Paulo em momento algum caminhou nessa direção de entendimento. Veja os textos de suas epístolas que aparecerão no decorrer do estudo, e leia novamente o que ele diz objetivamente sobre bênçãos em Efésios 1. 3.

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Ainda, sobre semeadura como alegoria totalmente diferente de riquezas, em I Coríntios 15. 36-37 (falando sobre ressurreição), ele diz   Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. Por favor, não tentem colocar na boca de Paulo nada absolutamente nada que se relacione com a Doutrina da Prosperidade. Buscando ser o mais abrangente possível, ou não tão-somente isto; porquanto creio que você pode melhorar e dar maior abrangência a esse estudo na direção do que é verdadeiramente bíblico. Também dizer não ter eu exatamente o interesse de denegrir o que este importante pastor tem feito via Mídia ─ porque alguma coisa do dito por ele se aproveita ─; entretanto é fato ele sofismar de maneira lamentável o seu alinhamento com a Doutrina da Prosperidade (com a qual diz não concordar, mas seu amor ao dinheiro o faz agir diferente); e outra coisa    a qual pode ser o seu estilo de pregar, já aceito por aqueles que o seguem  , que consiste no uso indevido de excessiva ironia e do jocoso despropositado, inclusive, com linguajar chulo, inconveniente ao púlpito de qualquer líder cristão. Não cai bem a alguém que é uma espécie de referencial evangélico; que pela sua reconhecida capacidade intelectual poderia ser muito mais útil ao Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente nesta questão, que é hoje o nicho de maior atuação de Satanás, esta dita doutrina, que é a comercialização da fé. Por este motivo o Senhor Jesus teve como preocupação desde o início do seu ministério o contestar isto, que ele sabia que se constituiria na poderosa arma de Satanás nos últimos tempos; quando compara os lírios do campo a Salomão em toda a sua riqueza e glória e neste mesmo texto de Mateus 6. 24-33, que será transcrito no todo mais frente, no versículo 26 ele usa a semeadura e a colheita, mais uma vez, totalmente diferente do como o defensor dessa pretensa lei as vê  Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso pai celestial as alimenta... Em suma, pratica do dízimo no Novo Testamento de maneira nenhuma foi ensinado, muito menos praticado; quanto a ofertas, creio ter ficado bem claro quando e como foi praticada...

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Se você está lembrando os dois primeiros versículos do capítulo nove (II Coríntios 9. 1-2), do conjunto de quinze versículos, que é usado indevidamente, também para fundamentar o dízimo, quando diversos pastores lêem esse texto no momento dedicado a esta arrecadação, e como o explicado acima é, de igual modo, usado para fundamentar o que chamam de Lei da semeadura e colheita, quando, entretanto, se isto fosse verdade e o dízimo fosse praticado pela igrejas, como já demonstrei de maneira cabal que não; todavia vale à pena ser mais incisivo repetindo os dois versículos, acrescido do texto de Maquias 3. 10, em vermelho como paráfrase; para a qual, assim seria a construção que segue; se o dízimo fosse verdade para Paulo    Pois, quanto à ministração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, porque sei da vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muito. Se fosse verdade para Paulo e prática pelas igrejas, do dízimo, naquela época; ele agregaria à sua fala esse texto aqui em vermelho: Por este motivo também vos exorto: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que vos advenha maior abastança. Entretanto nada, absolutamente nada se pensou ou falou sobre dízimos quando se precisou de recursos financeiros na época dos discípulos.   

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Por fim, estudemos agora ajudados pelo escritor aos hebreus, quanto ao sacerdócio e por conseqüência sobre o dízimo... Para tratar desses assuntos, o escritor aos hebreus o fez desde o capítulo sete até o capítulo dez um detalhado estudo sobre o assunto, quando no capítulo sete, registrou a palavra dízimo sete vezes, as quais são: Hebreus 7. 2  ─ 7. 4 ─ 7. 5 ─ 7. 6 ─ 7. 8 e 7. 9 (duas vezes); que foram usadas no explicar a sua relação com o Sacerdócio Levítico, que incluía todos os levitas. O estudo e considerações sobre o sacerdócio, ele o começa por Melquisedeque, que estava antes de Jacó (Israel), pai de Levi e identificou Melquisedeque como sendo alegoria do Senhor Jesus (o sumo sacerdote de fato)... Creio que não será preciso trabalhar detalhadamente esses três capítulos da carta do escritor aos hebreus, porquanto o que vou fazer é transcrever boa parte desse conjunto de textos, de maneira a estimulá-lo a ler a Bíblia com atenção tudo o que ele buscou informar nesse estudo e informação.

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Como o informado, o assunto sacerdócio levítico, que findou no sacrifício do Senhor Jesus, foi plenamente explicado em três capítulos, o de número sete, titulado pelo tradutor como: O sacerdócio de Melquisedeque era figura do sacerdócio eterno de Cristo, com 28 versículos, em sete dos quais aparece a palavra dízimo e serão transcritos sete desses 28, sendo que na leitura desse capítulo já se entende com clareza ser findo o sacerdócio e ministério levítico e a plena ausência do dízimo na era da graça; desse capítulo sete transcreverei sete versículos. O capítulo oito tem 13 versículos, dos quais, transcreverei três, e foi titulado como: O antigo pacto era um símbolo transitório: Cristo é mediador de um pacto melhor e eterno. Do capítulo nove, cujo titulo é: Os sacrifícios do santuário, por causa de suas imperfeições, repetiam-se, mas o de Cristo é único, porque é perfeito, transcreverei dois versículos, sendo o total do capítulo 28 versículos. O capítulo dez segue o título do capítulo nove e tem 18 versículos, dos quais vou transcrever cinco versículos.

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Seguindo o roteiro acima quanto às transcrições, reproduzo, conforme Hebreus 7. 11 ─  7. 12 ─ 7. 15 ─ 7. 18  ─ 7. 19    7. 24 e 7. 25   De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois, sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz a mudança da lei (versículos 11 e 12). (...). E ainda muito mais manifesto é isto, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote (versículo 15), (...). Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado (anulado, suprimido totalmente) por causa da sua fraqueza e inutilidade (versículo 18) (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus (versículo 19). (...) mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles (versículos 24 e 25)... A ordem dos versículos transcritos é a do início do parágrafo, mas leia todo o capítulo e também a carta aos hebreus na Bíblia.

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Do capítulo oito vou transcrever, conforme Hebreus 8. 1 ─ 8. 2 e 8. 13    Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem (versículos 1 e 2). (...). Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer (versículo 13).

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Do capítulo nove transcrevo dois, conforme Hebreus 9. 11 e 9. 24    Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação) (versículo 11). (...) quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? (versículo 24).
                                                     
181
         O capítulo dez tem 18 versículos e desses transcreverei somente cinco, que segue o nove no desenvolver do assunto, até porque, o tradutor lhe atribuiu o mesmo título, dos quais cito Hebreus 10. 1    10. 14    10. 15    10. 16  ─ 10. 17    Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano a ano, aperfeiçoar os que chegam a Deus (versículo 1). (...). Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados. E o Espírito Santo também no-lo testifica, porque depois de haver dito: Este é o pacto que farei com eles depois daquele dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em seus corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta: E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas eqüidades (versículos 1, 14, 15, 15, 15, 16 e 17). A referência que o escritor aos hebreus faz aqui é de uma profecia de Jeremias 31. 31-34, (629 ─ 585 a. C.) que é exatamente sobre o novo pacto da era da graça e o envelhecimento e nulidade da lei.

182
         Para que se tenha a plena idéia da importância da epístola aos hebreus e como eu, que estudo com seriedade a Bíblia: primeiro não tenho dúvidas sobre a autoria desta carta. Ela foi escrita por Paulo quando esteve preso em Roma até o ano 62, que tendo sido absolvido, nesta primeira vez que foi preso e julgado, retornou a Jerusalém. E na direção de provar isto, não há ninguém no período apostólico que tenha currículo como o de Paulo, e que corresponda ao conteúdo do pleno conhecimento do Judaísmo na questão lei e tradição judaica desta epístola... O motivo do anonimato está em ser Paulo apóstolo aos gentios e a carta ter sido dirigida a hebreus (judeus). Também que se veja a informação que termina esta carta (Hebreus 13. 23-24), que claramente é uma dica intencional para identificar o autor da carta e o lugar de onde veio.

183
         Paulo a começa com uma sinopse de todo o plano de Deus para a humanidade, quando diz    Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, e aos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem também fez o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas. Ainda, nesse primeiro, no segundo e terceiro capítulo, inclusive, em forma de midrash, a contextura, na sua maior plenitude, pois na aglutinação de textos de 9 Salmos e dois do profeta Isaías, que nos faz ver plenamente um Jesus de fato eterno, e não uma simples manifestação do Pai, como quer a doutrina da trindade... Primeiramente, antes de identificar os Salmos, quero lembrar quanto ao assentar-se do Senhor Jesus à direita do Pai, que é feito também de maneira objetiva por meio do escritor aos Hebreus 1. 1-3 (transcrito acima), Heb. 1. 12-13, e Heb. 12. 2... Os demais textos usados são: Heb. 1. 5 ((Salmo 2.7), Heb. 1.7 (Salmo 104. 4), Heb. 1. 8 (Salmo 45. 6-7), Heb. 1. 9 (Isaías 61. 1), Heb. 1. 10 (Salmo 102. 26), Heb. 1 . 14 (paráfrase do Salmo 103. 20), Heb. 2. 6 (Salmo 8. 4), Heb. 2. 7 (Salmo 8. 5), Heb. 2. 12 (Salmo 22. 22-23), Heb. 2. 13 (Salmo 18 . 2 e Isaías 8. 18)... Daí, até o capítulo dez (10) o assunto foi Moisés e a lei, e o sacerdócio dos levitas; o onze (11) e doze (12) sobre o tema fé, cujo referencial é a base de toda teologia de Paulo, o texto de Habacuque 2. 4, que em Hebreus 10. 38, ele agrava o que Habacuque dissera ─  esse texto é o que encerrará este estudo... O capítulo treze (13) consiste basicamente em considerações finais; leia toda a epístola aos hebreus, porque ela é uma espécie de plano de estudo de toda a Bíblia.                              


IMPLICAÇÕES MACROECONÔMICAS DO DÍZIMO

184
Agora nessa parte final pretendo abordar a questão dízimo na sua importante vertente, que é o conseqüente pleno efeito para o bem das pessoas ou não ─ sua implicação macroeconômica, útil ou não para sociedade ─, e para isto me permito analisar até onde possa fazê-lo, ou melhor, sinalizar o assunto numa pequena comparação    que não terei como fazer por falta da disponibilidade de informações confiáveis sobre essa enorme massa de recursos tiradas de maneira não bíblica da economia ─, que tem e terá como objetivo remeter à economistas e sociólogos a oportunidade de fazer tese de doutorado sobre este importante assunto, até por necessidade de transparência e conhecermos o útil efeito macroeconômico ou não desse grande volume de recursos recolhido na economia da maneira compulsória e com indevida coerção, confrontando II Coríntios 9. 7, quando não se tem absolutamente nenhum respaldo bíblico para tal.

185
         Como já foi visto no decorrer desse estudo. O dízimo e ofertas com características compulsórias, inclusive, as com o componente de parcelamento, para se atingir quantias maiores    as chamadas campanhas e/ou correntes  e também os famigerados carnês e boletos bancários  ─; cujo problema bíblico, como foi visto até agora, foi e é o não haver respaldo, validação cristã por parte de Jesus e seus apóstolos para essa prática. Que agora quero analisar do ponto de vista macroeconômico...

186
Atualmente o Governo do nosso país pratica uma forma de distribuir renda na direção dos mais pobres, chamado: Bolsa família, que segundo o informado pela ministra que administra essa área; serão destinados a esse programa de distribuição de renda no ano de 2012, recursos da ordem de 16 bilhões de reais; agora com uma espécie de gatilho muito interessante, que é: dar o peixe junto com a vara de pescar (perdoe o coloquial), ou seja, a família cadastrada que recebe o benefício poderá pedir que o benefício cesse, se num dado momento entendê-lo desnecessário, sem que com isto perca o cadastro; que havendo  necessidade poderá solicitá-lo novamente...

187
Nesta mesma direção tem-se atualmente o Empréstimo consignado, com recursos de 2.29 bilhões de reais    que pela sua inadimplência zero, permite juros humanos e morais. Também se tem o Micro-crédito, com recursos de 3 bilhões de reais a estimular o empreender por parte dos mais pobres... Enfim, o que estou querendo trazer para o nosso foco de visão é que essas medidas; de alguma forma, têm distribuído renda, ou seja; essa massa considerável de recursos injetada na economia está comprovadamente tendo sua função social, e se parece com o que o Judaísmo faz com o Maasser Ani (o dízimo remetido diretamente aos pobres) e o Zacat (idem) do Islamismo; não sendo exatamente assim no catolicismo e muitíssimo e menos no caso das ditas igrejas evangélicas; quando não se pode precisar se tem ou não função social a grande massa de recursos arrecadados ─ tirados da economia e justamente daqueles que mais precisam desse dinheiro para a sua subsistência ─, por meio de dízimos e ofertas compulsórias, as das espoliativas correntes e campanhas.

188
Se nos reportarmos aos dois textos que transcrevi do Antigo Testamento no início, ver-se-á a preocupação do nosso Deus com os mais pobres (isto é regra bíblica), conforme Deuteronômio 14. 27-29     Mas não desampararás o levita que está dentro das tuas portas, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro de tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para  Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem. Também o texto de Deuteronômio 26. 12-13    Quando acabardes de separar todos dos dízimos de tua colheita do terceiro ano, que é o ano dos dízimos, dá-los-ás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro de tuas portas, e se fartem. E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas, e as dei ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi nenhum dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.

189
Como foi visto desde o princípio do estudo; dos 10% correspondentes ao pagamento dos que administravam a Nação-religião Israel, parte dos recursos eram destinados especificamente à ajuda dos mais pobres (beneficência no geral) e isto estava presente em outros textos, como o de Levítico 19. 9-10 ─  Quando fizeres a colheita da tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha, deixá-los-ás para o pobre e para o estrangeiro. Eu sou o Senhor teu Deus. Coisa essa, que como foi visto no estudo; tendo cessado o ministério dos levitas; o Judaísmo e o Islamismo ─  que tem a mesma origem  ─, mantiveram esse tipo de ensinamento na direção única de ajuda aos necessitados, isto, com a severa observação de que essa prática seja de indivíduo para indivíduo, ou seja, aquele que dá o dízimo, no Judaísmo e no Islamismo, não o faz à Religião    sinagoga ou mesquita e sim àquele que precisa ou a alguma instituição, a qual, precisam investigar a sua seriedade. Isto, de forma elementar remete para a exata idéia de distribuir renda aos necessitados, quando, embora nós os cristãos, também tenhamos a mesma raiz (origem) do Judaísmo; o nosso procedimento quanto a dízimos é totalmente incorreto, até pelo fato óbvio de não existir legalmente esse direito ─ do ponto de vista bíblico  ─, o dízimo cristão. E o pior, a forma como é recolhido, pela religião, e não diretamente ao pobre.

190
Se esquecida ou colocada de lado essa irregularidade bíblica; restará a pergunta e conseqüente análise, comprovação ou não; se esses recursos cumprem sua função bíblica e social estabelecida desde o Antigo Testamento? Do que, vale à pena e é até necessário que se faça um estudo sério sobre isto, porquanto o texto sagrado deixa bem claro para qualquer um de nós: ser a  beneficência de competência exclusiva da prática da igreja indivíduos  (os fiéis)    as pessoas, aquelas que doam e fiscalizam quem recebem a doação  ─, e não no templo ou na religião, reiterando, igreja são as pessoas ( grego εκκλησία, assembléia)... Sendo repetitivo, o ensinamento bíblico e o seu conseqüente entendimento é que igreja (grego, εκκλησία) significa exatamente Assembléia, grupo de pessoas, e é nesse principal entendimento que aparece (foi escrito, grafado) no Novo Testamento; embora apareça de maneira decorrente com entendimento semântico de instituição: como é usado hoje de forma cultural inadequadamente prejudicial, inclusive já dicionarizaram o templo como igreja.          

191
Sendo repetitivo maia uma vez, nenhuma religião cristã ou dita cristã TEM O DIREITO BÍBLICO DE COBRAR E RECEBER DÍZIMOS, porquanto, as igreja (como instituição) do Novo Testamento assim não fizeram, Jesus não ensinou a fazê-lo e os apóstolos também não validaram essa prática. Isto, pelo fato de igreja (grego, ’εκκλησία) significar exatamente assembléia    grupo ou reunião de pessoas  ─, que do ponto de vista bíblico, lingüístico, etimológico e semântico, igreja nunca será ou significará templo ou religião; por que na verdade templo é o local onde a igreja se reúne e religião, a instituição, a qual a igreja pertence (melhor, faz parte); isto é a informação bíblica e teológica correta, entretanto, o mais importante é o que foi visto neste estudo: não há absolutamente nenhuma menção da prática pelos primeiros cristãos do pagamento e recebimento de dízimos... E às igrejas (as pessoas) cabe hoje pregar o Evangelho e cada uma dessas pessoas (que são as igrejas no conjunto de cada grupo) na medida do possível ajudarem aos menos favorecidos, conforme também já estabelecia o Antigo Testamento em Deuteronômio 15. 11    Pois nunca deixará de haver pobres na terra; pelo que eu te ordeno dizendo: Livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra. Esta ordenança lá no passado fora dirigida à pessoa, o indivíduo, e isto continuou na era da graça, inclusive para nós hoje, como já foi visto no decorrer do estudo... Na Igreja nascente (os primeiros cristãos) não se recolheu dízimos, somente ofertas; e em nenhum momento foi remetida à Religião (a instituição) e sim àqueles que necessitavam da ajuda. Tanto que, o Senhor Jesus quando diante de um jovem que se dizia grande servo de Deus ─ identificando o seu amor às riquezas, como os caçadores das bênçãos de hoje  ─, lhe disse, conforme Mateus 19. 16-30, Marcos 10. 17-31 e Lucas 18. 21-22    Replicou o homem: Tudo isto tenho guardado desde a minha juventude. Quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Com certeza os caça-níqueis de plantão gostariam que Jesus tivesse dito: Entrega tudo o que você conseguiu com a venda dos seus bens ao primeiro pastorzão e/ou a qualquer outro zão que aparecer ou procure aquele que você acha mais famoso e da dita igreja mais poderosa... Graças a Deus (o Pai), o Senhor Jesus não disse isto.               

192
Você, que tem me acompanhado nesse estudo, está? Ou não está?! Se perguntando como é que uma igreja ─ entenda como igreja um grupo pequeno de pessoas, cuja referencial bíblico é sinagoga (120 pessoas, Atos 1. 15)  ─, irá sustentar-se sem o dízimo? E me lembrará também que os textos que citei neste estudo referem-se somente a ofertas para os pobres. Sim, é somente isto que o Novo Testamento ensina sobre dinheiro... Deus, o seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo, que habita em nós e nos capacita a agir corretamente; fez, faz e fará sua obra acontecer   como prova a sua trajetória, no agir daqueles homens simples e perseguidos pelo sistema    fizeram o Evangelho chegar até nós ─, não tendo eu, você ou ninguém que cobrar dízimos para fazer esse maravilhoso trabalho, como estou fazendo ao levar este estudo até você; que comprou o seu PC e está doando parte de tempo de sua vida para ler este estudo. Uma coisa que a maioria de nós não sabe é que esse grande volume de dinheiro que compra empresas de Comunicação, constrói macro e suntuosos templos para a honra de seus líderes; a improcedência disto hoje, explicado pelo diácono Estevão, conforme Atos 7. 47-50 ─ Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa (o templo, destruído duas vezes); mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é meu trono, e a terra escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso? Esta é a verdade a partir do ministério de Jesus, que antes não era entendida; como também pagar milhões de reais por horários nobres a essas mesmas empresas é oriundo de dízimos e ofertas compulsórias (campanhas e correntes), não de ricos tributários e sim de crédulos sinceros de pouca renda (escala de muitos), que torna possível arrecadar milhões de reais... Conclua agora com toda calma que pequenas ofertas voluntárias    sem lhe meter medo, sem lhe prometer bênção ou lhe iludindo com pretensa necessidade. Fará o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, voltar a ser poderoso em nós (em si ele sempre foi e será) na sua forma simples, que não dependa dos líderes show men dos milhões de reais... Se alguém quer insistir em ter como base o Antigo Testamento; que o faça na sua figuração e referencial de princípio.
  
193
Paulo, nas suas epístolas usa como referencial básico para todo seu estudo teológico um texto do profeta Habacuque 2. 4, que na carta aos hebreus é usado ostensivamente, no que o tradutor titulou de Exortação a perseverar na fé e O que é a fé: exemplos de fé tirados do Antigo Testamento, conforme expliquei no parágrafo de número 182; sendo a fé o fator (elemento) principal da relação do ser humano com Deus, e é ela (a fé) o mote ou instrumento de manipulação dos líderes caça-níqueis para enredar os incautos e tomar dinheiro deles; entretanto é a fé a base (desculpe a reiteração) do Evangelho do Senhor Jesus, tanto que, este estudo desde o início caminhou por ela, como não poderia ser diferente... Daí, este estudo terminar com o uso de Habacuque 2. 4, num agravamento feito pelo escritor aos hebreus.

194
Para os que gostam de aferir-se pelo Antigo Testamento (a lei) considerem este texto, mas, levando em conta o que é espiritual na obra de Deus e a provisão Dele para mantê-la; que para tal comparação e referendar, o caso da viúva visitada por Eliseu é e será uma ótima referência para os que são sérios (II Reis 4. 1-7), quando ali, enquanto era necessário e havia vasos a serem enchidos do azeite para honrar dividas e compromissos, ele não faltou; de igual modo    sem a arrecadação do indevido dízimo, que não é da era graça  ─, não faltará recursos financeiros para as religiões  sérias que confiam no Senhor, dono da obra; que proverá tudo na exata medida e segundo a regra estabelecida por Ele, quando diz por intermédio do escritor aos Hebreus 11. 6    Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11. 8 ─ Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu sem saber para onde ia. E Hebreus 10. 35-38 ─ Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá pela fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Lembrando o grande teólogo Paulo na sua carta aos Romanos 12. 1-2: Com toda racionalidade cognitiva, com plena fé (que contempla perfeita cognição), humanidade e a concomitante espiritualidade; afirmo com tristeza e decepção como não se tem levado em conta os ensinamentos do Senhor Jesus, e lamentavelmente estão usando o Evangelho para ganhar dinheiro.  
   
195
Eu sendo cristão e cidadão brasileiro, tenho toda autoridade para fazer crítica de valor sobre o universo evangélico; todavia, não estou aqui representando nenhuma denominação evangélica e o seu conjunto de doutrinas, todavia, por ser servo de nosso Senhor Jesus Cristo e buscando pautar-me e remeter aos outros, como é determinado no texto sagrado, os seus ensinamentos e dos seus apóstolos. Nisso permito-me evocar dados pós o início da Reforma Protestante, a qual teve o seu de fato início em wycliffe. Dito isso, convido-o (a) a entrar em contato com a história sobre a Reforma, quando lá encontrará a plena identificação de João Wycliffe  (1320 ─ 1384), como sendo o primeiro a romper a barreira católica romana da Bíblia do latim para o idioma inglês, quando foi fazendo aos poucos, e à medida que ia traduzindo, copiava e distribuía essas cópias para os seus alunos e o povo em geral; que pelos seus atos, ficou conhecido na história como a Estrela Matutina da Reforma... Falarei sobre isto com detalhes num livro sobre o Tema Escatologia. Ler meu Blog, endereço    www.igrejamilmembros.blogspot.com  . 

196
Quando faço essa referencia a historia versus o Evangelho é pelo fato de um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo, quarenta e dois meses, e mil duzentos e sessentas dias (cada um dos três exatamente iguais 1260 anos), com o início da contagem em Diocleciano (284─305, início e final de governo) e término em Calvino (1509─1564, nascimento e morte). Tempo e profecias estas que têm seus endereços em Daniel 7. 25, Daniel 12. 7, Daniel 12. 11 e Daniel 12. 12; Apoc. 11. 2, Apoc. 11. 3, Apoc. 12. 6, Apoc. 12. 14 e Apoc. 13. 5. Disso se conclui de maneira objetiva serem os mil duzentos e sessenta dias (que são anos, como já conclui) começaram na tetrarquia nos dois imperadores romanos: Diocleciano e seu co-imperador Maximiniano da Trácia e seus dois Césares (284 a 305, anos de governo) e terminaram em João Calvino (1509 a 1564); em quem se completam o um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo ou mil duzentos e sessenta dias ou ainda quarenta e dois meses, ou exatamente mil duzentos e sessenta anos... Perdoe o ser repetitivo e me alongar, porquanto no seguimento vou explicar o motivo.             
197
Conforme os dois parágrafos imediatamente anteriores. A partir do início da Reforma Protestante: em todos os lugares onde o evangelho era pregado e aceito pelo povo houve comoção, redução da imoralidade, abandono de diversos vícios e total redução nos índices de violência, como no caso da Suíça sob o comando de Calvino. Diferentemente no Brasil à medida que cresce (incha) o dito ramo evangélico... A violência cresce e tem crescido em número exatamente igual ou até maior do que o crescimento desse evangelho mercantilista. Coisa que torna tremendamente frágil e duvidosa a qualidade desse dito crescimento do “evangelho” no Brasil, conforme já comentei no parágrafo de número 76 sobre a compatibilidade do atual dito crescimento do evangelho e dos índices de violência ─ quando o desejável e normal seria (incompatibilidade) o “Evangelho” crescer e a violência diminuir.

198
Sendo repetitivo; é criminoso do ponto de vista da Bíblia (heresia) sacralizar dízimos e ofertas compulsórias, como se fora algo divino e de obrigação de todo cristão, que caiba apelação coerciva, quando diferente do que Jesus e seus apóstolos ensinaram; esses dizem precisar de milhões de reais para evangelizar, e há alguém bem mais sutil e habilidoso dentre eles que diz ser imperioso receber essa grande massa de recursos o mais rápido possível, porquanto, segundo ele, o evangelho será suprimido brevemente (não haverá mais escritos bíblicos); isto, usando a profecia de Amós (787 a. C.), capítulo 8. 11-12    Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão. Profecia essa que já se cumpriu no período dos 1260 anos, informado nos parágrafos 195 e 196 (acima) ─ quando, inclusive neste período ainda não havia impressão tipográfica ─, como a maioria das profecias bíblicas já se cumpriu antes do fim da Reforma Protestante e nela... Hoje não há como suprimir informações bíblicas em literatura (livros) e no amplo universo da Mídia eletrônica ─ como aconteceu na Alta e Baixa Idade Média e na Inquisição ─, hoje, isto é algo impossível; o que torna quem diz coisa semelhante isto ter pouquíssimo conhecimento bíblico ou estar com má intenção nessa informação nada verossímil, porquanto profecia e seu cumprimento é coisa muito séria e não pode ser elemento de  manobra para iludir incautos, dos quais se quer tomar dinheiro de forma ilegal apelativa.

199
Para concluir, de forma provocativa estou repetindo o parágrafo de número 119 em azul, numa espécie de fazer lembrar que somente a partir do final do sexto século; dízimos começaram a ser cobrados pela Igreja Católica Romana e antes disso nenhuma religião ligada ao cristianismo cobrou e recebeu dízimos, conforme tudo que já foi explicado no estudo e a repetição desse parágrafo, que é o de número 119: No caso dos cristãos, mais especificamente os ditos evangélicos, que praticam com plenitude o cobrar dízimos. Não há absolutamente legitimação para essa pratica no Novo Testamento, sendo ela ilegal do ponto de vista bíblico, porquanto nenhuma igreja do início da era cristã até o sexto século não entregava dízimos; e no caso da Igreja Católica Romana    que começou de fato no seu primeiro papa Leão I (440-461)  ─; posteriormente (final do VI século) iniciou a cobrança do dízimo, que foi agravado no decorrer da Baixa Idade Média    teria a seu favor a estrutura de Estado-religião semelhante ao judaísmo na era da lei; porquanto, como já comentei  o Vaticano é um Estado político ─, entretanto o catolicismo não age hoje com a  voracidade dos ramos ditos evangélicos na busca desses indevidos recursos financeiros, embora busque  recebê-los... Do que se conclui não ter havido de forma alguma cobrança de dízimos por parte das igrejas apostólicas... Para efeito de informação, Idade Média começou no ano 476 (queda do Império Romano do Ocidente) e terminou em 1453 (queda do Império Romano do Oriente). Quanto ao período que compreende ou marca o final da Alta e o início da Baixa Idade Média, entendo como parâmetro as oito Cruzadas (1095 ─ 1227), que teve no seu conjunto três sérios eventos: a ascensão política e bélica do Islamismo, o Cisma Católico Romano em 1079 e o início da falência do sistema feudal.       


CONSIDERAÇÕES FINAIS
         Este estudo estava prometido por mim há algum tempo e agora o tendo colocado para leitura e avaliação; entenda que o aqui reproduzido corresponde exatamente a um trabalho sério de estudo e pesquisa. Também entenda, assim como este estudo, tudo o que tenho postado na Internet é fruto do estado de consciência como indivíduo e cristão de que cabe a cada um de nós o expressar o que entendemos e sentimos sobre aquilo que irá, de alguma forma, influir ou ter conseqüência na nossa vida. Daí, o estar presente novamente diante de você, leitor, em mais um estudo para sua leitura e avaliação, até porque, o Senhor Jesus nos adverte quanto ao ter que fazer isto, conforme  Nisso, disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Mestre repreende os teus discípulos. Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se esses (eu me calar) se calarem, as pedras clamarão.

           
          
                                                  FINAL I
Esse é o meu décimo terceiro Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o seguinte a ser postado (o décimo quarto), cujo Tema ainda não defini, se sobre a TRINDADE    entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor  (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 

FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado    não tão-somente em função do direito autoral, mas, para  que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 

                    Jorge Vidal  Escritor autodidata        
                                    
                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br